Diário Nº 06 - São Paulo, Encontros e Reencontros - 16 a 22 de Janeiro de 2011.

Elbert Hubbard, filósofo americano, escreveu: “Amigo: Alguém que sabe de tudo a seu respeito e gosta de ti assim mesmo.”

Assim são os amigos... Assim são os verdadeiros amigos. Eu fico muito admirado, como que apesar de mim mesmo, o Senhor me tem agraciado com tantos amigos que vale muito a pena estar juntos. Esses, como diz Michael W. Smith em sua canção “Friends” (amigos): “Uma vida inteira não é longa o suficiente para que vivamos como amigos.” Às vezes sinto isso por aqueles que Deus me tem dado nessa caminhada

Cada encontro se torna mais que especial. Cada despedida deixa um sentimento de que aproveitei pouco. Faltam as palavras pra dizer o quanto sou agradecido por cada um deles. Em minhas viagens, os amigos que chegam, os amigos que vão e os que não retornam por um período sempre deixa claro que em minha vida, pensamentos e coração, cada um tem o lugar que é só dele. O que fazer senão agradecer a Cristo por esses que Ele mesmo tem me dado? Esses, em suas nuances, são gotas de orvalho que expressam a Real Natureza do Maior e Melhor Amigo: Jesus Cristo.

Dia 16 estava eu, pensando e repensando: 30 anos! Rosto de 35 (na melhor das hipóteses) e coração de 15! (risos). Estava com meus amigos na missão num dia tranqüilo e chuvoso.

Ao mesmo tempo em que o dia anterior me revelava a alegria por meu aniversario, as noticias de meus amigos da Região Serrana do Rio de Janeiro me deixavam triste diante dos acontecimentos e dos fatos. Uma de minhas amigas e irmã em Cristo, falava pelo MSN como sua cidade fora destruída pela força do rio. Isso me deixou mais triste por ter conhecido a cidade de qual falava. Outros amigos partiam para ajudar como voluntários para as cidades atingidas.

Passei o domingo com a família de Mark e foi bom estar com eles. Minha segunda começou bem cedo e assim foi o restante da semana. Acordando as 5 da madrugada nos meus devocionais diários e exercícios físicos com meu amigo Marco Leandro após preparar o café da manhã para meus irmãos na base.

Os trabalhos na base continuaram no escritório e em contatos com pessoas de todo o Brasil em prol de um projeto do Líder da missão. Além disso, coloquei no papel os planejamentos para esse ano e compartilhei os desafios com o pessoal que tenho contacto através do email. Isso inclui minha carteira de motorista, minha convalidação do curso teológico pelo MEC e a ida definitiva para o Campo Transcultural no final do Ano. Foi bom receber noticias dos irmãos e palavras de incentivo por muitos daqueles que receberam minha carta.

Na quarta (19/01) dormi na casa de André para na quinta ir pra São Paulo pra encontrar com meus amigos Pablo e Patrícia. Novamente acordei bem cedo e fui pra Sampa. Enquanto o esperava chegar de uma viagem vi um filme no cinema. (na verdade um desenho – “Enrolados”.) Contando que eu era o único adulto que não estava com um filho, foi bem interessante e engraçado. Eu acho que eu ria mais que todos no cinema...

Reencontrei um missionário amigo meu que não via há alguns anos. Este acabara de chegar do Oriente Médio dois dias antes. Foi bom estar com ele e ir ao Aeroporto encontrar outras três que também chegavam do campo transcultural. Compartilhar, refletir sobre o trabalho e sobre o futuro em missões foi bom demais. Como é bom ver missionários que foram frutíferos e sinceros nos seus trabalhos e desejam estar no campo outra vez.

Sábado, meus amigos Rafael (líder de missões da minha igreja) e Rodrigo (um grande missionário no Complexo do Alemão) vieram passar o dia comigo, Pablo e Patrícia. Conversamos, oramos, teologizamos e compartilhamos sobre muitos planos, anseios e desejos sobre a obra missionária. É bom estar com amigos que podemos falar, expressar o que sentimos e sermos nós mesmos e que mesmo sabendo dos nossos defeitos e limitações, não mudam! Isso é de Deus (meio que um clichê gospel essa expressão, mas é a verdade!). Creio que vem dEle e é impressionante como podemos ser abertos um com os outros e mesmo diante de discordância de vários pontos, sermos sempre nós, respeitando-nos e amando-nos.

Eu havia buscado Rafael e Rodrigo de madrugada na rodoviária e após o dia todo juntos, os levei perto das 22 horas de volta ao Tietê para eles voltarem ao Rio. Uma mulher me pediu um dinheiro na estação do metro e dessa vez não pensei em nada daquilo que havia escrito no meu diário anterior. Como minhas meditações desses dias estiveram entre Genesis 01-24, Mateus 01-08 e Salmos 01-12, um versículo me chamou a atenção diante de toda minha maneira de pensar. Mateus 05:42 “Dá a quem te pedir, e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes.” Pensando nisso, não pestanejei dessa vez.

Outra coisa marcante nesses dias pra mim foi ler o capítulo 07 de II Macabeus ao falar sobre os mártires no período “Inter-Bíblico”. Aquilo mexeu profundamente comigo pelo seu valor histórico e pelo que dizia o texto!

Despedi-me de Rafael e Rodrigo e voltei pra casa de Pablo e Patrícia. Fui dormir pensando em muitas de nossas conversas e crendo que o Pai tem muita coisa pra fazer durante todo esse ano ainda... Deus seja Louvado!

“O homem de muitos amigos deve mostrar-se amigável, mas há amigo mais chegado que um irmão!” Provérbios 18:24

Diário Nº 05 - Chuvas - 09 a 15 de Janeiro de 2011

Quando as chuvas vêm, nós não sabemos o que elas vãos nos trazer. Na antiga canção de Guilherme Arantes, “planeta água”, ele já fazia esse paradoxo entre aquelas que trazem alegria ao agricultor na plantação e a tristeza na inundação.

Perto ou longe temos visto amigos e mesmo desconhecidos sofrerem nas últimas inundações, desabamentos, deslizamentos... Pessoas têm perdido seus pertences, suas casas, amigos, parentes, suas vidas. Assistimos na TV, sensibilizados, e, para os que conhecem alguém nesses lugares, esperamos notícias.

Tudo isso me fez pensar mais uma vez que não somos donos de nós mesmos e o poder da natureza, sempre de uma forma ou outra tem uma influência muito grande em nossas vidas, seja ela positiva, negativa ou ambas. Desde estar preso no trânsito de São Paulo, ou impedido de sair de casa, ou ter o carro atolado na lama de Monte Verde, ou a triste realidade da Região Serrana do Rio de Janeiro...

Cheguei à base missionária no domingo depois de ficar preso em Camanducaia pela falta de ônibus. Nas ruas de Monte Verde a lama, evidência das chuvas nessa época do ano. Reencontrei os amigos. Os poucos que estavam aqui na base da Missão. Na segunda um reencontro abençoado de um dos caras que mais me inspiraram às missões. Marco Leandro, filho do David Botelho. Nos conhecemos em 2001 e desde então estive apenas mais duas vezes com ele, mas sempre me foi inspiração para a Obra missionária. Foi bom estar com ele.

Passei essa semana tentando voltar minha agradável rotina de levantar-me as 5:30 da manhã para meus devocionais. Somei a isso a tentativa da prática de fazer exercícios físicos junto a esse meu amigo. Minhas meditações estiveram em I e II Timóteo nesses dias. Minhas mensagens, anotadas em meu caderno azul, data-se dessas passagens que muito tem me ensinado!

Trabalhos no escritório da Missão esses dias não faltou. Desde correção de textos de alunos de missões até reavaliação do curso de Missões Transculturais e suas respectivas provas. Num desses dias pela manhã, a notícia então das catástrofes ocorridas no Rio. Além da preocupação com os amigos, a preocupação com os parentes em Petrópolis. Ao ligar pra minha mãe, soube que minha tia estava em Juiz de Fora nessa época. Se alívio por um lado, a tristeza de saber que muitos não estão tendo a mesma “sorte”.

A rua que liga até a missão estava cheio de lama, então minha líder pediu para que com o carrinho de mão, pusesse entulhos para que os carros não derrapassem na lama. Fiz isso junto a um dos pedreiros que trabalham na missão. Ele, um amigo do evangelho. Sua família toda cristã, mas não ele. Depois de havermos colocado bastante entulho nos buracos, uma chuva forte começou a cair, e então nos “escondemos” debaixo de uma árvore. Claro que a tempestade que caía venceu nossa protetora.

Usei então o exemplo da chuva para fazê-lo entender um pouco do Evangelho naquele instante. Eu lhe disse que uma coisa é saber que a chuva cai lá fora. Outra coisa é molhar-se entrando de cabeça nela. Disse que conhecer a Deus é estar no meio da chuva e não apenas vê-la caindo do lado de fora. Claro que o sermão durou o tempo que a tempestade caía e que agora, já nos molhava. Agora, me resta orar por ele. E que o Senhor, através de Seu Espírito atue em seu coração.

A noite da sexta fiquei com meus amigos na missão e vimos um filme e quando deu Meia noite me deram os parabéns! Assim como meu amigo Josimar pelo telefone ao ligar exatamente à meia-noite pra me dar os parabéns.

Dizem que aos 30 o homem passa pela “Crise dos 30”. Demoraria explicá-la toda, mas esta, no meu caso, veio aos 27! Então acho que já to “calejado” com os 30 anos reais! No dia seguinte quis ficar no meu quarto. Nem entrei na Internet, mas sabia que meus amigos haviam postado recados no Orkut e Facebook e me enviado email.

Minha amiga Angelina também tentou ligar para mim! Mas o Sinal da Tim nos impediu de fazê-lo, mas Angel! Obrigado mesmo assim!

Margareth, Mark e Paulinha me levaram ao restaurante que mais gosto de todos os lugares que já fui como presente de aniversário. À noite revi meu amigo André e sua Família. E quando cheguei à base, Letícia, Aurélio, Nilton, Adriellen e Gaílton haviam feito um bolo de chocolate e com três palitos de fósforos comemoramos meus 30 anos! Minhas 3 décadas!

Voltei à casa do André onde tentei ver um filme... Mas dormi! Durante essa semana tanto o Marco como o André me ajudaram a dar algumas voltas de carro. Comecei a por a mão na massa daquilo que havia planejado nesse ano e um desses planejamentos é tirar minha carta de motorista. Foi bom andar de carro. Consegui inclusive a dar minha primeira ré em um carro. Isso me remeteu em 2002 quando meu amigo Marcelo tentava me ensinar a dirigir...

A chuva retornou... E com ela a lembrança que apesar do nosso dia a dia, apesar dos nossos afazeres e de alguns sorrisos por cumprir mais um ano de vida, muitos choram nesse momento! Essa mesma chuva tem trazido lágrimas, angústia, tristeza e solidão.

Nesse país católico-protestante muitos rezam e oram e estendem suas mãos aqueles que necessitam. Aqueles que não podem estender as suas mãos, então estendam seus joelhos ao chão e façam suas preces e peçam ao Único que as pode responder. Que Ele console aqueles que perderam seus entes queridos, seus amigos, suas posses. E que a Luz do Amor brilhe nesse tempo de angústia com carinho, fé e solidariedade.

"Na minha angústia clamei o Senhor, e Ele me respondeu; do inferno gritei e Tu ouvistes a minha voz." Jonas 02:02

Derrepente 30!!!

Então... 30 anos...
Parece que foi ontem... Mas é isso! 30 anos! Metade de uma vida? Na verdade não sei, pois não sei quando ela terminará...
Mas, com certeza, agradeço a Deus por todo esse tempo!
Obrigado aos amigos que se lembraram e que estiveram comigo, seja por um telefonema, um email ou um recado no Orkut ou Facebook.
As vezes me sinto velho...
As vezes me sinto imaturo...
As vezes me sinto ainda um cara com muita coisa a aprender ( e essa é a pura verdade )!
Mas em todo esse tempo decorrido, vejo Deus trabalhando e moldando meu caráter.

Obrigado Senhor, por mais esse ano de vida!

A todos os amigos e irmãos, muito obrigado!

Diário Nº 04 - Detalhes - 01 a 08 de Janeiro de 2011

Detalhes... Muitas vezes em nossas vidas, não ligamos pra eles, mas são eles que muitas vezes revelam muito sobre nós e as vidas daqueles que nos cercam. Uma pequena atitude pode revelar e muito fatos sobre coisas pouca percebidas no dia a dia...

Detalhes de um encontro muito rápido.
Detalhes de quem te recebe se te conhecer por ser cristão... Hospitalidade!
Detalhes de quem acaba de te conhecer e parece que já te conhece há anos... Encontro!
Detalhe do amigo que se cala para não te ferir... Conhecimento!
Detalhe do amigo que fala para te consolar... Preocupação!
Detalhe daquele que te recebe pela amizade conquistada... Amor!

Os primeiros dias de Janeiro foram interessantes, e, ao mesmo tempo, cansativos devido as não muitas viagens, mas o tempo gasto nelas. Os detalhes foram importantes nesse período. Os detalhes marcam e revelam tanto que eles, não passam a ser simples “detalhes”, mas o reflexo de pessoas que te amam.

Um exemplo claro foi quando Amanda, uma amiga de Campinas, fora na rodoviária de lá, mesmo sabendo que poderia não me encontrar, há umas 4 semanas atrás... Ficamos menos de 15 minutos, mas o querer estar juntos e curtir nossa amizade foi muito bom.
Foi muito bom estar em Botucatu estar com a família de Nessa. Michel, Rafa, Wesley e sua esposa, Sr. Bartolomeu, D.ª Lídia, Diógenes, Fernanda, Julinha, Nessa, Nando... Que família maravilhosa! Obrigado pelo carinho...

Voltamos no dia 02 pra Sampa num engarrafamento pela Castelo Branco. O trecho que faríamos em duas horas fizemos em seis! Uma cena inusitada foi vista por nós quando paramos num lugar pra ir ao banheiro e comer algo.O Banheiro feminino fazia uma fila enorme. O banheiro dos homens mais tranqüilo. Entretanto, quando entramos lá, várias mulheres estavam lá por não agüentarem esperar mais de 70 mulheres na fila que se havia formado. Não sei se foi cômico ou estranho aquilo. Embora houvesse uma parede que separasse o banheiro e onde as mulheres iam podia ser trancado, era estranho ver senhoras, jovens moças no mesmo banheiro que a gente.

Me despedi de Diógenes e Fernanda que foram maravilhosos para comigo. Dia 03 passei o dia em São Paulo sem saber se iria ou não ao Rio, pois precisava visitar minha igreja. À noite surgiu então a possibilidade e comprei a passagem. Ainda na rodoviária do Tietê, algo me envergonhou. Já faz algum tempo que evito dar dinheiro pras pessoas que me pedem na rua, se tenho eu compro alguma comida e compartilho algo com ela. Se não tenho eu falo que não tenho ou apenas digo que não quero dar pelo fato de perceber que não é pela comida que ele ou ela está pedindo... Concordando ou não penso assim muitas vezes.

Estava sentado na lan house, tentando falar com meu amigo que eu iria pro Rio. Um senhor se aproximou e me disse que queria ajuda pra algo... Automaticamente eu o cortei e disse que não tinha dinheiro. Ele me disse então que não era dinheiro o que ele queria, mas sim, que eu pesquisasse na net um preço de passagem de avião. Eu fiquei tão envergonhado! A Bíblia diz em Provérbios: “Responder antes de ouvir estultícia é, e vergonha”. E realmente... Fiquei envergonhado.

Fui pro Rio e de manhã cedo cheguei após viajar toda a madrugada. Rodolfo e Lorena, um casal mais que maravilhoso de Ramos, me receberam em sua casa. Eles são grandes amigos que Deus me deu nesse período de missões. Na terça e quarta encontrei Thiago, um amigo que só conheci em 2005 e que agora nos falamos através da internet. Foi bom estar com ele assim como estar com o pessoal da minha igreja no culto de quarta feira onde Rafael ministrou a palavra. Estive com Anderson e Rafael entre muitos outros irmãos que amo tanto...

Josimar, outro amigo que conheci de minhas mobilizações, fora lá estar comigo, mesmo que por um curto período. Isso mexe muito comigo. Deus é Quem dá essas amizades tão preciosas pra mim. Rafael, Anderson e eu comemos um lanche. Falamos sobre missões e o trabalho a ser realizado este ano.

Na quinta, depois de passar uma agradável tarde entre os amigos Lorena, Rodolfo e Isaac, fui a Campo Grande reencontrar um amigo de mais de 14 anos de amizade: Nando e sua família. Foi maravilhoso ver seu filho Gabriel que hoje está falando de tudo com um pouco mais de 2 anos de idade. Estar com ele, seu filho e sua esposa Cleide foi bom demais. Como queria ter visto outros amigos que para mim, são preciosos também, mas eu fui ao Rio sabendo que não teria esse tempo disponível.

Voltei sexta feira e fui a Central do Brasil onde me encontrei com Élcio, um amigo que Deus me deu na caminhada de Missões. Alegre estou por ele, pois Deus está realizando algo muito importante na sua vida concernente ao campo. Ele está indo pra um país africano dia 16 de janeiro. Deus seja louvado na tua vida meu irmão!

À tarde Fernanda e Angelina, me encontraram na minha igreja e ficamos juntos um pouco de tempo. Elas foram comemorar meu aniversario adiantado, já que na data não estariam comigo! Thanks for the gift! Foi ótimo estar com elas que foram de Caxias me ver em Bonsucesso!

Havia marcado de me encontrar com meu amigo e pastor Júnior, mas devido às circunstâncias, não pudemos ver-nos. Despedi-me de Rodolfo e Lorena e fui pra Rodoviária. Lá conheci um angolano e conversamos em partes da viagem. Ele é desviado do Evangelho e trocamos algumas palavras. Passei o dia em São Paulo e parte dele com um amigo chamado Bruno. Os ônibus pra Camanducaia estavam lotados e só pude pegar o das 18 horas forçando-me a dormir em Camanducaia.

Essa semana minhas meditações Bíblicas e Leituras foram feitas de Filipenses 03 a I Tessalonicenses 03. Os Detalhes desses dias me mostraram o quanto Deus tem me dado amigos. Pessoas que amo de todo o coração. Do quanto preciso parar pra ouvir mais antes de julgar. De quanto Deus pode suprir necessidades. De quanto eu preciso confiar mais. De quanto eu preciso mudar em áreas de minha vida. De quantas pessoas Ele tem me dado pra amar. Citá-las todas? Difícil. Mas elas estão aqui ou lá, ao meu redor. Amando-me, se importando comigo e querendo estar ao meu lado.

Foram apenas 04 dias no Rio sem poder estar com todos os que gostaria, mas foi importante essa viagem. Um Detalhe que se torna especial em toda essa caminhada: Os momentos, que mesmo curtos, se tornam totalmente especiais por aproveitá-los ao máximo.

Que Deus abençoe este ano e que ele seja pra que Cristo seja Glorificado.
“E sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da Perfeição.” Colossenses 03:14

Coração

Coração, Diz pra mim...

Por que te calaste assim, tão de repente?

Por que deixastes as nuvens cobrirem teu rosto,

Invadindo, tão triste, os recônditos da solidão?

Diz que sim...

Diz que toda essa dor um dia findará

Diz que que a tua fé não morreu

e que tudo logo passará.

Coração, Olhe pra mim...

Olhe pra esse Sol que brilha forte

As nuvens já foram embora,

Elas não mais assustarão!

Quem te acorrentou dessa maneira?

Quando foi que o medo passou a ser teu companheiro

e a dúvida a coberta a te aquecer?

Não vês? Não Percebes? Não escutas?

Coração, Diz pra mim...

Quem foi teu amigo na caminhada?

Que esteve ao teu lado nessa jornada?

Não foi O Mesmo que te fez reviver?

Um dia bravo fostes na aventura desta vida

Desbravaste campos de lentilhas.

Enfrentaste gaviões e águias famintas

Já quebraste muitos grilhões...

Coração, traga à memória aquilo que traz esperança.

Não olhe pra o visível passageiro,

Vento de uma única tempestade.

Ele sopra forte, mas logo passará!

Sei que já fostes feito em pedaços.

Refeito e desfeito, Acolhido e desprezado

Por aquilo e aqueles, frios e vazios

Querendo-te ver em seus fracassos!

Coração, levante firme em suas dúvidas e temores

Desfalecido e cansado, podes levantar de onde estás.

Forças Ele te dá para galgar vôos mais altos

E saltar muros outrora intransponíveis!

Coração, bate forte aí dentro

Outrora duvidoso, agora fiel.

Outrora frio, agora aquecido pelo Amor.

Outrora perto da morte, Agora vivo pela Vida.

Diz pra mim...

Seus olhos que aos outros julgou,

Que a si se desprezou,

E que a si mesmo não perdoou.

Coração, diz que sim...

Levante os olhos ao perdão

A si mesmo e ao outro coração.

Levante ao que a teu lado está, dê-lhe a mão...

Vá de encontro ao teu futuro

Livre do temor e da prisão!

Com passos largos e firmes num único caminho:

Ao Amor de Cristo, tua restauração!