31 de maio de 2011

DIÁRIO Nº 20 - RELATO DE MOCHILEIRO 13 - SANTA CRUZ, A AMADA CIDADE DOS MEUS AMIGOS.

Em 2005, quando eu planejei estar em missões e já havia me decidido ir às missões, a cidade na qual planejei passar meu primeiro treinamento foi Santa Cruz de La Sierra, em Bolívia. O tempo passou, mas os planos de Deus para mim foram outros. Eu segui para o Uruguai, país pelo qual me apaixonei extremamente! Hoje consigo dizer que sou um brasileiro de coração Uruguayo (Com o Chô) sotaque espanhol do Uruguai.



Mesmo me apaixonando por Uruguai nunca deixei de querer ir um dia em Santa Cruz de la Sierra. Hoje, um dos meus amigos mais próximos que considero como um irmão é Boliviano de Santa Cruz de La Sierra e seu nome é Aurélio. Finalmente, depois de 6 anos, o sonho se cumpriu. O Fim dessa viagem terminou com aquela que foi o princípio de meus sonhos em viagem!



17.05 - Finalmente Santa Cruz!



Depois de várias horas de viagem, finalmente cheguei à Santa Cruz. No caminho, em uma das paradas, alguns policiais mecheram em minha mochila para ver se tinha drogas! Tudo bem, eu entendo esse trabalho, mas minha mochila foi a UNICA REMEXIDA naquele ônibus! E olha que minha mochila tinha as bandeiras de todos os países que tinha passado. Eu fiquei de longe olhando. Eu acho que era eu o único estrangeiro daquele ônibus. Além do policial tinha um cachorro (muito bonito, diga-se de passagem, que ficava cheirando a mochila). Ele tirou minhas coisas (inclusive minhas cuecas) e colocou tudo pra fora!



Eu pensava comigo mesmo para não ficar irritado com isso! Afinal, só tinha roupas mesmo! E algumas sujas! Então ao final quem estava perdendo era o cara mesmo rsrsrsrs



Hector.

Essa viagem começou com meu amigo HECTOR do Couch Surfing e Terminou com meu Amigo Hector, brasileiro, residente na Bolívia. Ele foi me buscar na rodoviária e fui direto para sua casa. Estava extremamente cansado, mas mesmo assim saímos pra comer um delicioso talherim (parecia Yakisoba) num restaurante e pagamos 15 bolivianos (cerca de R$ 4,50).


Ali comecei a perceber o quanto as coisas ali eram realmente baratas. Pena que meu dinheiro à essa Altura já tinha se acabado e não poderia mais gastar nada!



Conheci sua amiga Paola e um pastor boliviano gente fina demais! também revi Silas e Rodrigo, amigos de Campinas que estão estudando lá.



18.05 - Horizontes.



Finalmente conheci a base missionária da Bolívia, aquela que sonhei um dia estar. Eles estavam há dois dias do fechamento da base, pois venderam para uma outra igreja. Enfim, cheguei realmente no final! Mas CHEGUEI!



Revi Rose, Jorge, David e quase todos os meninos os quais dei aula ano passado e era claro o crescimento pelo qual haviam passado e experimentado! Fiquei muito feliz em revêlos. A primeira foto acima é de alguns deles.



Pierre.


Ainda naquela tarde, hector ( o de camisa preta abaixo) e eu fomos buscar meu amigo Pierr do Site dos mochileiros no aeroporto. Ele passaria os dias comigo e com Hector. Logo ele fez amizade com Hector. Comemos alguma coisa e depois fomos pra casa de Hector. Logo a noite, Paola passou pela casa de Hector e fomos à uma reunião de células do pastor Gerson, amigo de Hector.



19.05 - Rodrigo e Silas.



Aquela quinta não quis fazer muita coisa. Ficamos rodando e acabei almoçando num restaurante brasileiro com toda a equipe da horizontes onde conheci outros bolivianos maravilhosos. Foi bom estar ali com eles. À noite, Pierre e eu dormimos na casa de Silas e Rodrigo. Pierre logo pegou amizade com eles, principalmente com Rodrigo.



À noite fui a um culto na igreja AL TALLER DEL MAESTRO onde os meninos da missão tinham tido grande amizade. Ali fizeram uma linda despedida pra eles. Eu me emocionei com tamanho amor compartilhado naquele lugar. Eu voltei pra casa de Rodrigo.



Conversamos sobre muitas coisas, mas eu estava cansado e logo apaguei.



20.05 - O Irmão do Meu Grande Amigo.


Pela manhã, Hector, Pierre e eu visitamos Andrés em sua loja, pois queria fazer uma surpresa pra Aurélio (que já está no Brasil há 5 anos e que só voltara à Bolívia uma única vez.). Filmei Andrés mandando-lhe uma mensagem. Conversamos e pegamos uma boa amizade.



Rodamos por Santa Cruz e à noite, Pierre, Andrés, Rodrigo e eu nos encontramos com minhas amigas Gisele, Cida e Elaine que são missionárias na Bolivia também e fomos comer algo. Ali conversamos e rimos e lembramos de coisas que nossa época como alunos na Missão Horizontes. Foi muito bom estar ali com elas e com eles. Amigos da Amada Santa Cruz!



Santa Cruz não só a "mãe" de um dos meus melhores amigos, como acolheu dezenas dos meus amigos e irmãos, feitos nesses 6 anos de Missão Horizontes. Não mereço tantos amigos que o Pai me deu durante todo esse tempo, mas fico feliz pelo privilégio de Tê-los, pregados na tábua do meu coração e que participaram (e ainda participam), de uma forma grande ou pequena, da minha história... Me despedi de todos sabendo que, talvez, demorará vê-los outra vez...



21.05 - Bolívia, Paraguai, Brasil.

Acordei com a sensação que chegava ao fim a maior das aventuras de minha vida. Sabia que teria muita história pra contar. Apesar de ter gostado muito, já estava com vonta de voltar! Queria voltar na verdade! Aquele sábado uma nostalgia invadiu meu coração.


De manhã me despedi de Hector, Andrés, Paola, Rodrigo e Silas... Pierre e eu seguimos sozinhos ao aeroporto e lá nosso vôo atrasaria cerca de 40 minutos mas chegaríamos no horário certo à São Paulo.



Tivemos uma escala em Asunción no Paraguai e posso dizer já que estive no Paraguai! Ficamos um tempo ali e depois pegamos o mesmo avião pra seguirmos viagem... Foi o melhor avião que viajei até hoje. Da TAM. Tinha até vídeo pra ver e uma jantinha maravilhosa. Gostei mesmo!!!



O FIM DA VIAGEM.



Chegamos em São Paulo por volta das 21 horas. Pierre e eu seguimos de Taxi até o Tietê e lá nos despedimos. Chegava ao Fim a melhor viagem de minha vida. A aventura que mais me alegrou até hoje. As novas experiências vividas, os amigos feitos, os lugares visitados e minha comunhão com o PAI acima de tudo me marcaram profundamente. E acreditem... Algo mudou no meu coração profundamente.



Ao me despedir de Pierre o que me passou na minha cabeça foi um único pensamento: A Viagem realmente tinha acabado! Sentei um pouco na rodoviária e fiquei vendo o pessoal passar... Estava estranho... que sentimento diferente!



Liguei pra Paulo, (meu grande amigo PIXEL) e ele me buscou na roviária. Ainda tivemos tempo de conversar sobre muita coisa. Ele me levou num ponto da cidade onde podia-se ver a linda São Paulo iluminada. Encontramos dois casais de amigos deles e ficamos conversando. Na ida pra sua casa conversamos sobre muitas coisas no carro. Mas a nostalgia estava presente comigo... Era a mistura da saudade da viagem e a alegria de rever meu amigo Pixel que há tempos não via. Como descrever tal sentimento? Não sei! Só sei que amei o que fiz.



Só sei que me apaixonei nessa viagem. Não me apaixonei por ninguém além do Próprio Deus! Tudo que Deus fez é bom! Sua natureza, as pessoas apesar de nossas debilidades e fraquezas. O vento que me tocava fosse na montanha, fosse no deserto ou no mar. As lágrimas derramadas na viagem me falaram mais que mil palavras. As visões inexplicáveis e os amados amigos, de encontros e reencontramos me fizeram sentir mais vivo do que nunca.



Me fizeram amar mais a vida, amar mais a mim mesmo, amar mais meus amigos e minha família. Me fizeram amar Deus mais... Mais do que meras palavras.



Os Sonhos colhidos e a fé compartilhada. Tudo teve seu toque profundo em toda essa majestosa beleza. Tudo era único. Tudo era lindo. Mesmo os contratempos não apagaram a beleza contemplada. O afã tornou-se mel provado e degustado com toda a paixão possível. A natureza construi um palco de cores maginíficas e de esplendor supremo.



Deus, o Grande Pintor, me permitiu contemplar Sua Majestosa criatividade e só pude me dobrar e reconhecer tamanha sabedoria e tamanha destreza.



Termino essa viagem sonhando mais. Amando mais... Perdoando e me perdoando mais! Só eu sei nesse momento porque tais palavras. Quando eu pensava que seria apenas uma ótima aventura, Deus tinha marcado um encontro comigo e eu não o sabia! Ele foi a Surpresa dessa viagem.



Que nunca esqueça de querer e amar tal beleza contemplada. Termino essa viagem grato por tudo que fiz! Obrigado a cada pessoa que fez algo pra que eu estivesse nessa viagem. Grato ao meu amigo Leandro que me presenteou com a passagem de ida. Aqueles, que mesmo sabendo que eu estava indo de "férias" me ajudaram com algo pra que eu fosse. Grato ao Hector do Chile, Hector da Bolivia, Rodrigo e Silas em Santa Cruz, Paulina do Chile, Tito de Arequipa que me receberam em suas casas. Grato a cada amigo feito. Grato... Grato... Grato... Grato aos que me acompanharam no Blog e no Face e que torciam e oravam por mim. Alguns amigos diziam viajar junto comigo nas minhas fotos e nos meus escritos e isso foi maravilhoso pra mim!



Enfim... Termino também essas linhas dizendo que voltei e que eu Cumpra tudo aquilo que o PAI preparou pra mim...



A Deus, MUITO OBRIGADO!



TERMINA AQUI OS RELATOS DE MOCHILEIRO

28 de maio de 2011

DIÁRIO Nº 20 - RELATO DE MOCHILEIRO 12 - LA PAZ, A CIDADE DAS POMBAS E A ESTRADA DA MORTE

"A Natureza é beleza que vicia! E Que eu nunca seja liberto desse vício!" Alan Vieira - Maio de 2011.


La paz seria apenas uma cidade de passagem nessa viagem. Encontraria Pierre e seguiríamos para o Salar do Uyuni, o maior deserto de Sal do Mundo. Creio que seria legal lá, entretanto eu já havia visitado um salar em San Pedro no Chile, e realmente queria ver coisas diferentes. E acreditem... Eu vi!




Mesmo fotos não tem capacidade de descrever a beleza vista em La Paz. Acabei decidindo ficar uns dias a mais em La Paz e tive a Grata oportunidade de ir na aventura DEATH ROAD (A estrada da morte). Ali amei o que vi. Amei o que fiz, e se Deus me der uma nova oportunidade o farei outra vez!

13.05 - El Solário.



Seguindo os conselhos do meu amigo Inglês (não lembro seu nome), fomos ao hostel El Solário. ali estava a 30 Volivianos a diária sem café da manhã. (cerca de 7 reais). Ficamos aquela noite ali. "Dividimos" um quarto. Escrevo dessa forma já que ele saiu à noite com seus amigos e eu fiquei ali. Ele só voltou na manhã seguinte. Tentei encontrar o Pierre, mas ele ainda não havia chegado em La Paz.



Ao entrar na internet descobri que Kim, minha amiga holandesa estava lá em La Paz e Pixel, um grande amigo meu, tinha me indicado ficar no hostel Wild Rover, e, por incrível que pareça, kim estava hospedada nesse Hostel.


14.05 - KIM e o Wild Rover.




Pela manhã ao ir tomar café, encontrei meu amigo inglês voltando da sua "night" e nos despedimos. Ele seguiria para outro hostel. Depois disso não o vi mais! Pra eu ficar sozinho no quarto eu pagaria mais e acabei seguindo pra o Wild Rover.




Depois de andar bastante por aquela cidade, encontrei na hora do almoço a Kim. Passamos o dia juntos e foi muito bom ficar com ela. Embora o hostel Wild Rover fosse muito bom, com boas camas, uma boa cama e ainda servir café, eu realmente não gostei de ficar nele.




Por causa de um "pub" que tem lá, ele é bem badalado, mas particularmente, as pessoas são muita mais na delas. Ou seja, aqueles de sua própria nacionalidade ficam juntos e não abrem espaço pra outros estarem juntos e segundo dois brasileiros que encontrei lá, eles só "abrem esse espaço" quando estão bêbados. E como eu não ia para os pubs, eu quase não fiz amizade lá. Percebi que nos outros hostels o pessoal era mais aberto a fazer novas amizades. Se não fora por isso, aquele hostel teria sido muito bom.




Kim me falou de um passeio chamado Death Road. Eu sairia daquela cidade sem conhecer muita coisa, então decidi ficar mais um dia e só sair na segunda de lá. Depois percebi que foi a melhor decisão!




15.05 - Domingo - Death Road, A Estrada da Morte.

Quando eu pensava que Já não teria mais nenhum passeio legal para fazer depois de ter ido ao LA CAMPA no PERÚ, Death Road surgiu como uma maravilhosa opção de aventura!


Os dois brasileiros, Antonio e Eduardo, que tinha feito amizade no WR, juntamente com outras 4 meninas e eu, nos aventuramos com uma empresa chamada Altitude e fomos a esse passeio.






Pagamos cerca de 400 bolivianos cada e a empresa nos levou de carro até o topo de uma montanha e descemos uma estrada de 70 Km. (20 Km no asfalto e 50 na estrada de terra). O mais interessante não foi o ser uma descida de 70 km simplesmente, mas que a cada lado, havia abismos.


Para isso, tínhamos que obedecer exatamente a tudo que o guia falasse. Chegamos a assinar um termo tirando a responsabilidade da empresa caso morrêssemos pelo caminho. Em ambos os lados na estrada aparecia curzes de pessoas que haviam morrido nos locais por onde passávamos.


Durante a viagem um dos guias batia fotos nós e outro nos explicava o que fazer e o que não fazer. Um terceiro vinha com um carro atrás.


Houve momentos que eu não sabia o que fazer. Prestar atenção na estrada ou observar a natureza que refrescava nossa visão e mente! Montanhas altíssimas, cachoeiras ao longe, riozinhos congelados pelo frio, a neblina que beijava, suave, ao chão. Tudo isso me impressionava e pensava em Deus a cada curva daquela linda estrada. Não foram poucos os momentos que gritava como um louco ou uma criança eufórica glorificando pela estrada a beleza criada pelo Senhor.


Paramos algumas vezes, e lanchamos coisas que os guias ofereciam. A estrada terminou e finalmente paramos num hotel onde podia-se tomar banho numa piscina e com um maravilhoso almoço. Chegamos de volta ao hostel por volta das 18 horas e eu ficaria ali mais uma noite. Depois dali, não encontrei mais Eduardo e Antonio nem mesmo minha amiga Kim que já tinha partido pra outro lugar.


Fui a um restaurante comer algo simples, uma saladinha e peito de frango. Na manhã seguinte, eu percebiria o quão má foi aquela escolha.


16.07 - Adeus La Paz.

Acordei por volta das 6 da manhã. Estava passando muito mal devido aquilo que tinha comido no restaurante. O interessante é que as pessoas falavam pra eu não comer na rua coisas que eram feitas, etc e sempre comi. Nunca passei mal! No segundo dia nessa viagem que tinha comido num restaurante mais caro, eu passei mal.


Acordei com diarréia e vomitano ao mesmo tempo. Fiquei preocupado com minha viagem mais tarde em direção à Santa Cruz. Ainda pela manhã melhorei e no café conheci um japonês muito legal que estava de férias ali. Passamos a manhã juntos. Ao andar por La Paz levei um tombo devido algumas calçadas serem escorregadias.


Fui pro hostel, dei a saída e comprei presentinhos pra meus alunos de Espanhol em Monte Verde. Fui pra rodoviária e já estava se aproximando o momento de eu ir embora. Gostaria de ter aproveitado mais, mas meu tempo de viagem também se esgotava. Ali faltavam apenas 4 dias para voltar ao Brasil...



Sai de La Paz por volta das 18 horas rumo à Santa Cruz para mais uma viagem de ônibus de cerca de 14 horas. Seria minha última viagem de ônibus nessa Saga...


Próximo e Último Relato de Viagem: Santa Cruz, A Amada Cidade de Meus Amigos!

24 de maio de 2011

DIÁRIO Nº 20 - RELATO DE MOCHILEIRO 11 - 3 ÔNIBUS: CONCEITOS, PRÉ-CONCEITO E PRECONCEITOS!


O que vou relatar nessa postagem é algo complicado de escrever vindo de uma pessoa leiga como eu no assunto. Dar opiniões profundas sobre tal assunto é realmente complicado, pois para tal, precisava entender mais da história do povo, da cultura, do idioma e da maneira de pensar daqueles que citarei.

Entretanto, ao tratar sobre preconceitos... Não muito que aprofundar-se já que preconceito é forte em qualquer área. Sei que também alguns tem interpretado mal esta palavra e dito que alguns têm tido preconceito sobre determinadas áreas quando o que se está em jugo não é preconceito e sim liberdade de expressão... Enfim. Tentarei tratar um pouco, em todo minha simplicidade sobre aquilo que vi abordando um pouco desse tema, que uma simples postagem em um blog como esse não trataria com a propriedade devida.

Contarei meu relato, aquilo que vi e vive e expressarei minha opinião, realçando mais uma vez, simples!

12.05 - Saindo de Cusco.

Eu vinha de dias e dias tão cansado que dessa vez não quis economizar na passagem de ônibus para La Paz. Comprei a mais cara que tinha para Bolivia, mas até então eu iria confortavelmente até meu destino em um "buscama", Leito. Saí de Cusco às 22 horas e chegaria em La Paz por volta das 16 Horas. (lembrando que lá tinha uma hora a mais que Peru).

Um amigo de Kenny, também Inglês, estava indo no mesmo horário que eu e que peguei uma boa amizade ali na Rodoviária de ônibus, seguiria em ônibus diferentes, mas depois estaríamos num mesmo ônibus. Mais à frente relatarei isso.

Deixei Cusco com aquelas imagens na cabeça! La Campa, ficaria pra sempre marcado em minha memória.

13.05 - O Nascer do Sol no Titicaca.


Por volta das 4 e meia da madrugada, paramos em Puno, cidade onde mudaríamos de bus. O ônibus na verdade não passaria por ali, mas havia um "paro", Manifestações Peruanas, no caminho original então precisamos fazer esse "câmbio".



Ali descobri que o meu amigo Inglês e eu pegaríamos o segundo ônibus e o "terceiro" também. Ainda ali eu não sabia que existia um "TERCEIRO!"



Ao subir ao segundo andar da estação eu vi que estávamos de frente ao Titicaca. A cena que vi maravilhou meu coração e fiquei boqueaberto. Não tenho fotos já que a máquina estava quebrada.



Ao longe, havia uma cadeia de montanhas como se estivessem "atrás" daquele maravilhoso lago. Mais havia um detalhe: Havia um "vão" entre as montanhas. Acima, algumas nuvens que pareciam mais um desenho de um habilidoso pintor. O Sol, sublime, começou à nascer, exatamente naquele vão entre as montanhas como se do lago o Sol nascesse. Um visão incrível. A luz refletida no lago parecia vir até onde eu estava como se fosse o Sol a querer me alcançar estendendo seu braço sobre a água.



Ali fiquei a admirar e glorificar a Deus por sua Imensa Criação! Tive ali um grande previlégio! Obrigado Deus!



O Segundo Bus.



Meu número de assento era o 20, mas acabei ficando na poltrona três pois meu amigo inglês confundiu o seu número e eu acabei deixando por isso mesmo. Tanto eu quanto ele sentamos ao lado de peruanos.



A princípio o homem foi muito cortez comigo, principalmente quando soube que eu era brasileiro, mas este senhor seria o pivô da primeira discursão que presenciei naquele dia.



Saindo do PERU.



O ônibus parou e todos nós descemos para dar a saída do País e a entrada na Bolívia. No Busão só tinha estrangeiro. Na fila tinha outras pessoas de outros ônibus e ali, finalmente conheci Pierre, um cara do site da MOCHILEIROS que havíamos feito contato para estarmos nas últimas cidades juntos e com quem havia marcado de estar junto em LA PAZ.



Cruzamos a fronteira e já na Bolívia, um home da empresa que estávamos (Expresso Copacabana) entrou dizendo que nos conduziria até COPACABANA onde trocaríamos de ônibus pela terceira vez (por essa eu não sabia!)



Discussão.



Enquanto todos entrávamos para seguirmos viagem depois da entrada no país, este homem dizia para todos "pase, pase", Para que subíssimos rapidamente, mas particularmente não vi isso como uma falta de educação. O homem ao meu lado se irritou com isso do nada dizendo que ele estava como se enxotasse cachorros. Eu fiquei sem graça pois ele falava comigo mas de uma forma que o senhor que falava ouvisse. Ali começou a discursão.



Não vou dizer como ela se deu nem os pormenores, entretanto não foi agradável ver aquilo! Entretanto, segundo o rapaz que estava ao meu lado, peruanos e bolivianos não se batem muito bem. Não sei até que ponto vai a veracidade disso, mas as coisas que veria mais á frente, talvez me confirmariam tal afirmação.



Em Copacabana.



Passei a viagem dando a atenção a um casal de argentinos maravilhosos que estavam sentados no outro corredor, já que não queria realmente ouvir o que o senhor ao lado tinha a me dizer sobre seus pensamentos preconceituosos.



Ao chegar em Copabacana, meu amigo inglês e eu fomos comer num restaurante para esperar o bendito TERCEIRO ÔNIBUS! Ali no resturante eu veria a segunda coisa que me deixaria irritado!



Sentamos e pedimos hamburguer e o graçom nos atendeu prontamente! NÃO PASSOU 5 MINUTOS, o amigo do inglês, peruano, sentou conosco e pediu o MESMO QUE NÓS! Lembre-se, não passou 5 MINUTOS!!!!!!! Nosso hamburgués veio, (meu e do inglês) e o do nosso amigo peruano não vinha até que eu falei pra ele: Pergunte ao garçom.



Ao pedir o garçom, ele disse: "Olha, o teu hamburguer vai demorar mais de 30 minutos! a casa encheu de clientes e vai demorar!"



A casa encheu? Tinha entrado ali mais ou menos 3 turistas! E o cara tinha pedido 5 minutos depois de nós! Nosso ônibus sairia em 20 minutos e o graçom sabia disso pois lhe havíamos dito! E caramba! Onde nessa Terra um único mísero hambúrguer se demora mais de trinta minutos! Eu fiquei furioso!



Se o peruano havia tratado mal ao boliviano no busão, agora acontecia ao contrário. Aquele jovem ficou constrangido. Eu mais! Logo pedi a conta e fui mal educado pela primeira vez com um garçom, levantei daquele droga de restaurante uma fera!



Na verdade não sei se o restaurante era uma droga! Mas atitude do graçom foi uma!



O Terceiro!



Finalmente pegamos o terceiro e último ônibus que nos deixaria em La Paz nas próximas 2 horas e meia. Uma menina que recolhia os tickets para entrarmos no ônibus tratou mal meu amigo inglês ao dizer que sua passagem não era daquele ônibus. Ele lhe perguntou educamente pra onde ele deveria ir e ela disse que isso não era da conta dela e gritou com ele.



Não! Ali já era demais. Eu entreguei meu ticket pra ela e fui ajudá-lo a buscar seu ônibus, ao voltar a "bendita" não queria eu deixar entrar no ônibus por que eu não tinha dado o ticket! PERDI A PACIÊNCIA! Aí fui eu quem exaltou a voz com ela!



Ela se lembrou... Menos mal!



Dentro do ônibus a namorada de um francês ainda estava do lado de fora quando o ônibus começou a andar, mas era só pra dar lugar pra outro carro, creio e o francês disse pra esperarem pois sua namorada estava do lado de fora. Essa mesma "bendita" começou a gritar com o francês! Essa mulher só podia ser louca! Aí eu comecei a falar alto no busão num maravilhoso "portunhol" devido minha raiva. Aquela mulher conseguiu acabar com o pouco de sensatez que me tinha restado naquele dia devido a tudo que eu vi!



A namorada do francês voltou ao busão e meu amigo inglês também já que não tinha mais lugar no outro ônibus! =S



Creio que o ser amável idepende da cultura ou da nacionalidade. Eu encontrei pessoas amáveis e desagradáveis em todos os lugares que já estive e sempre tento ser amável, mas ali, naquele dia, com aquela menina foi impossível! Ela não nos acompanhou a viagem para o bem de todos nós (ou dela mesmo).



Determinado momento curzamos o titikaka de balsa e foi uma sensação maravilhosa. Finalmente chegamos em LA PAZ e eu e meu amigo inglês seguimos para o mesmo Hostel!



CONCLUSÃO!



Não quero aqui criticar uma nacionalidade ou outra senão cairia, talvez, no mesmo erro. Certos tipos de preconceitos ou conceitos ou pré-conceitos exitem em todos os lados. Aqui no Brasil por exemplo, há muitos cariocas que não gostam de paulistas e paulistas que não gostam de cariocas. Por que? Isso é mais do que simples comportamento, é histórico e muitas vezes só adquirimos nossos preconceitos de outros porque alguns disseram e ninguém busca a raiz disso!



Isso acontece em todos os lados entre pessoas de diferentes raças, religiões e atnias. Etnocentrismo besta!



Como disse anteriormente, "A bondade, assim como a maldade não possuem nacionalidade". Pessoas boas e pessoas más nascem em todos os lados. O nascer em determinada região pode definir muitas coisas devido ao convívio com outros pelo que se ouve e pelo que se aprende. Mas buscar o certo, o justo, o não ter acepção é algo que se luta pra ter... É lutar contra nosso conceitos errados. É lutar contra os preconceitos dentro de nós mesmos contra cor, raça, etnia ou religião de alguém!



Mesmo pensando diferente podemos, sim, olharmos pras pessoas como seres humanos que são! Buscar o bom! Mas creio que não podemos dizer que o fator de uma pessoa ter nascido em uma região não a definirá como boa ou má.



No Brasil, a mídia principalmente colocar algumas coisas ruins na nossa mente sobre os argentinos. Eles são um povo maravilhoso! Convivendo e estando lá você perceve que nossa única diferença é a torcida no futebol.



Enfim, como disse antes, sou muito leigo a tratar desse assunto, mas aprendi e tenho aprendido a vencer os maus conceitos, os conceitos pré concebidos e os preconceitos dentro de mim mesmo.



Termino contando algo que um amigo me contou sobre um casal belga que viaja a América Latina já há dois anos. Quando alguém pergunta pra eles de onde eles são, eles dizem que não gostam de dizer de onde são, pois se consideram cidadãos da TERRA e que o lugar do seu nascimento não o fazem melhores ou piores que ninguém, pois todos somos iguais.



Diante de Deus também somos iguais. Deus não vê diferenças entre nós! Brasileiros e Argentinos, Bolivianos e Peruanos, Macedônios e Gregos, Árabes e Judeus, Asiáticos, Africanos, Europeus, Americanos... Somos todos iguais perante Deus! Um dia, gentes de todas as línguas, tribos e nações estarão diante do Cordeiro adorando-o! Ali seremos um único povo, o Povo Do Senhor, Lavado e Remido no Seu Sangue!....



Próximo Relato: La Paz, A Cidade das Pombas e A Estrada da Morte!






22 de maio de 2011

DIÁRIO N 20 - RELATO DE MOCHILEIRO 10 - O RETORNO DE LA CAMPA, UMA DIFÍCIL DESCIDA.

Várias vezes ouvimos que descer é mais fácil que subir. Em muitos aspectos isto até pode ser verdade, mas eu, na verdade, sempre discordei! A descida do La Campa provou que estou certo na minha vã teoria. Depois de passar um tempo, regozijando com a paisagem e por ter conseguido escalar a montanha, chegava o momento da descida. Ali... Eu tive medo!

11.05 - Altura!

Subir foi difícil, entretanto nosso objetivo era estar no topo, logo sempre olhávamos pra cima. Ao descer a coisa mudou, e as paredes íngremes que subimos agora se tornavam um terrível obstáculo. Principalmente pra mim que tenho medo disso.

Ao descer, agora Vinícius ia à frente e Alfredo, o guia, por último! Nos descemos de costas dando três ¨passos¨. Picareta na mão direita, pé direto cravando na neve as pontas de grampos e depois o pé esquerdo com os mesmos grampos. Sempre nessa ordem e sucessivamente. Vínicius gritou porque sua perna entrou toda no mesmo buraco que minha mão havia atravessado na subida. Eu não vi o que tinha acontecido com ele. Talvez se eu tivesse visto eu teria me desesperado um pouco.

Descemos mais rápido que subimos, entretanto, foi bem difícil principalmente nas paredes íngremes. Parecia que a qualquer momento nós poderíamos rolar montanha abaixo. Entretanto, sendo instruídos por Alfredo, descer era bem mais fácil que o meu medo e temor me deixavam perceber.

Dores.

Depois que passamos pela neve, almoçamos no acampamento. O rapaz que tinha ficado lá já havia desmontado a barraca. Estava agora com fortes dores de cabeça e no peito. Alfredo disse que o peito doía pelo fato de respirar ar gelado e na cabeça pela altura. Mas sei que geralmente tenho fortes dores de cabeça que vem e voltam.

Após almoçarmos, tivemos que caminhar mais 4 horas e meia. Minhas dores eram fortes, mas tive que caminhar todo o percorrido, pois tínhamos hora pra chegar e, segundo Alfredo, enquanto eu estivesse àquela altura, aquilo não melhoraria. Caminhei o melhor que pude! Paramos umas 4 u 5 vezes de 5 mintutos e foi só! Cada vez que parava eu caía ao chão de tão cansado. Eu realmente estava mal.

Apesar de todo o meu cansaço e dor, ainda sim conseguia contemplar a bela natureza que vimos no caminho de volta! (que não foi completamente o mesmo da ida).

Centro De Cusco Outra Vez.

O taxi nos esperava no "ponto de partida". Foi um alívio chegar, mas ainda tínhamos mais 1 hora nele e mais 3 horas de ônibus que na verdade foi uma van, pois saía primeiro que o busão. Apaguei na van. Ao chegar no Centro de Cusco, o alívio tomou conta de mim. Já não sentia tantas dores no peito e a dor de cabeça diminui consideravelmente.

Nos despedimos de ALFREDO que se tornara um maravilhoso amigo pra nós!
ALFREDO, MUCHÍSIMAS GRACIAS!

Fomos pro hostel e tomei um banho.

Ao entrar na net havia recebido um convite do COUCH SURFING de ir ao encontro de SURFERS. Mesmo casado eu fui lá com o Jorge, meu amigo Peruano. Estivemos ali durantes umas duas horas e conhecemos um casal da suíça muito legal. Sophie e Lucas.

Fui dormir mais de meia-noite!

12.05 - Adeus Cusco, Adeus Peru

Acordei com a sensação de haver chegado a hora. Era tempo de ir embora! Passei o dia com Jorge, Sergio e Vinicius indo ao mercado e comprando lembrancinhas de Peru. Comprei uma passagem para La Paz na Bolívia.

Estava tão cansado que foi a passagem mais cara que comprei em toda a viagem, pois havia comprado um bus-cama.

Ainda consegui me despedir dos meus amigos espanhóis e franceses que haviam viajado. Foi ótimo. Jorge me levou até à rodoviária e me despedi dele. Ali percebia que havia feito um grande amigo!

Em Cusco não tinha ido à Machu Pichu, porém tinha feito o passeio mais fantático da minha vida. Havia escalado uma montanha da Cordilheira dos Andes!

Próximo Relato: 3 ônibus: Conceitos, Pré-conceito e Preconceitos.

19 de maio de 2011

DIÁRIO Nº 20 - RELATO DE MOCHILEIRO 9 - AUSANGATE, O INDOMÁVEL


Algumas coisas em nossas vidas precisam ser feitas, por mais que nos amedrontem as vezes. Um dia poderemos olhar pra trás e dizer: "EU FIZ".

Nos dias 10 e 11 de Maio aconteceu uma das melhores viagens de minha. Uma das melhores experiências que tive e as fotos, as gravações e os escritos não conseguirão descrever a emoção maravilhosa que foi estar naquele lugar maravilhoso. Estar lá foi o clímax! cada cena jamais será esquecida e o que senti e ouvi ficarão, por muito, muito tempo em minha memória.

Ausagante, a montanha indomável, assistiu minha viagem. Ele sorria pra mim enquanto eu entrava em suas terras. Um inexperiente explorador, com apenas a emoção da viagem tinha a grata oportunidade de adentrar suas terras e contemplar toda sua imponente aparência, fazendo dele o rei daquele lugar!

10.05 - POVO TINKI

Quase não dormi durante toda a noite com medo de perder a hora á que tínhamos de despertar bem cedo pra nossa viagem. Vinícus e eu saímos do Hostel por volta das 6 da manhã. Chalex nos levou até à parada de ônibus e de lá seguimos até o povo Tinki, junto a Alfredo, um jovem de 21 anos que seria nosso guia.

Chegamos ao povo Tinki e vimos um lindo povo com seus trajes e seus costumes vivos e bem aparentes! Depois de 3 horas de ônibus, tomamos café da manhã no povo Tinki. Detalhe, o café da manhã foi arroz, ovo e batatas fritas além de um chá de coca. Esse é o costume daquele povo. Uma espécie de almoço no lugar do café. Dali seguimos mais uma hora de Taxi até uma parte que seria o início de nosso caminhar.

VINÍCIUS.

Vinícius se tornou uma pessoa especial pra mim. Um brasileiro que conheci no hostel muito sincero em suas opiniões. No meio do caminho tivemos uma conversa que foi bem forte por termos opiniões muito distintas sobre alguns assuntos. Entretanto, isso, de forma alguma nos impediu de termos uma boa relação durante a viagem e nos fez mais amigos!

O VERDADEIRO INÍCIO.

O táxi nos deixou numa parte e um rapaz nos aguardava com dois cavalos. Alfredo e ele armaram os cavalos e começamos a caminhada que seria de 4 horas. As visões que tivemos enquanto caminhávamos eram incríveis. Lagos maravilhosos. Animais nunca antes vistos por mim...

Depois de andarmos mais de 4 horas, finalmente chegamos ao lugar de nosso acampamento. O rapaz que foi à frente com os cavalos já havia montado o acampamento. Duas barracas! Local: Uma espécie de vale diante das montanhas dos andes. uma visão maravilhosa!

Perto de nós, um lago maravilhoso nos encantava! os animas perto de nós nos atraía de uma forma nunca antes sentida. Ali me sentia perto do céu!


A NOITE E A LUA

Depois de jantarmos (Alfredo nos preparava tudo), Vinícius foi pra nossa barraca e Alfredo e o outro rapaz pra deles. Estava escuro e com minha lanterna fui à uma pedra um pouco distante de nossas barracas e fui orar. O som da água, o frio que me cercava, as estrelas que iluminavam o céu assim como a Lua que me iluminava tímida me faziam pensar em Deus como talvez nunca antes pensei. Ali orei... Ali deitei sobre a rocha e comecei a lembrar de uma canção muito antiga... E cantei:

"Nosso Deus é soberano
Ele reina antes da fundação do mundo...
A Terra era sem forma e vazia
E o Espírito do Nosso Deus se movia sobre a face das águas..."

Não tinha como não chorar.

Comecei a olhar a Lua... Ali eu comecei a poetizar. Escrevi algumas coisas à luz da lanterna no meu diário e uma poesia foi escrita. Essa em breve postarei aqui...

Fui dormir. Extasiado estava. Um sentimento impossível de descrever. Estava ansioso pelo que o dia seguinte nos reservava.

11.05 - NEVE!

Levantamos às 3 da manhã. Tomamos um chocolate com água quente. Alfredo, Vinícius e eu começamos à caminhar. Caminhamos cerca de 2 horas por caminhos e pedras até que por volta das 4:50 da madrugada tocamos na neve. Eu tirei a luva que usava e toquei na neve! Foi incrível.

Alfredo então começou a nos preparar pra o que viria a seguir. Colocou grampos nos nossos tênis. Envolveu nossos calcanhares com um pano. Nos pôs um cinturão. Nos deu uma picareta e começamos a subir.

Ali estava caminhando sobre a neve. Depois de algum tempo já víamos o AUSANGATE embora fôssemos ao LA CAMPA. (5505 metros). A visão do AUSANGATE era impressionante, principalmente depois que o sol apareceu. Uma nuvem envolvia a ponta do Ausangate. por muitas vezes paramos para contemplá-lo como uma criança diante de um bolo de chocolate na vitrina. Estávamos extasiados!

Quando chegamos a certo ponto, Alfredo amarrou uma corda em nós. Eu fiquei no meio, Ele na frente e Vinícius atrás. Estávamos a uma certa distância um do outro. Houve vários caminhos íngremes pelo qual passamos.

Colocamos os óculos por causa da claridade e em um dado momento, ao olhar pra Alfredo e perceber que tínhamos que obedecer EXATAMENTE a tudo que ele dizia por ele ter a experiência e por ser ele o nosso guia, eu lembrei de JESUS como nosso guia. Era como se Deus falasse comigo ali. Eu só conheci Alfredo realmente ali, naqueles dias. Mas eu não conhecia suficiente pra ser chamado de meu AMIGO, mas ele era o meu GUIA! Eu precisava confiar plenamente nele e não sair do caminho nem fazer nada que ele não me permitisse ou dissesse.

Comecei a perceber que meu relacionamento com Jesus precisava e precisa ser daquela maneira, mesmo que não conheça JESUS plenamente como não conhecia a Alfredo plenamente! Independente de conhecer ou não Ele é o Meu GUIA E PRECISO CONFIAR PLENAMENTE NELE!!! ELE SABE O CAMINHO E ELE SABE O QUE PRECISAVA SER FEITO! Pensando nisso eu passei a escalar e chorar ao mesmo tempo. Estava de óculos e eles não perceberam que eu chorava! Muitas coisas mais foram ditas ao meu coração, mas não escreverei aqui agora.

Quando paramos eu disse a Alfredo: Você me lembra uma Pessoa que é Muito importante pra mim! Ele não me perguntou quem e eu também não o disse. Obviamente eu falava sobre Jesus!

PAREDE OCA!

Em dado momento, Alfredo ainda estava à frente. Eu segundo e Vinícius por último. Ao escalarmos uma parte íngreme, ao estacar a picareta no gelo, ela foi direto assim como minha mão. Percebi que estávamos numa parede oca e havia vários buracos. Ao olhar pra baixo percebi o quão alto estávamos e como era fundo o buraco naquela parede.

Eu tremi! Gritei a Alfredo sobre aquilo e ele me disse pra me acalmar e continuar subindo sem olhar pra baixo. O medo foi tanto (tenho acrofobia) subi o mais rápido possível apesar de estar extremamente cansado! Ao chegar onde Alfredo estava abracei-o como uma criança abraça o pai e fiquei ali respirando fundo e ele todo o tempo tentava me acalmar.

Depois fiquei com vergonha da minha atitude, mas Alfredo em momento algum me criticou por aquilo. Mas te confesso que aquilo me deu tremendo medo. Depois que descemos, Alfredo me disse que o "abismo" era mais fundo do que eu imaginava.

LA CAMPA.

Depois de horas e horas caminhando e escalando, finalmente chegamos ao LA CAMPA a mais de 5 mil e 500 metros de altura. Foi uma grande emoção! Foi uma das aventuras mais incríveis que já fiz em toda minha vida. Alfredo, Vinícius e eu estávamos no La Campa às 7:40 da manhã do dia 11 de Maio de 2011. Agradeci a Deus por tamanho privilégio de alcançar o topo de uma das montanhas da Cordilheira Andina.

De lá víamos o Ausangate e contemplávamos toda a beleza daquela natureza. Uma ave cruzou o céu e era como se zombasse de nós nos dizendo que ela podia chegar ali sem muito esforço. De qualquer maneira louvava a Deus por sua Criação!

Simplesmente emocionamte.

Essa viagem será impossível esquecer. Tanto pra mim com pra Vinícius foi uma das melhores experiências de nossas vidas!

PRÓXIMO RELATO: O retorno do La Campa, Uma Difícil Descida.




17 de maio de 2011

DIÁRIO N 20 - RELATO DE MOCHILEIRO 8 - CUSCO, A CIDADE IMPERIAL

Na última parada antes de chegar à cidade de Cusco, ouvi uma mulher anunciar num alto falante "CUSCO, Cidade Imperial". Aquilo ficou na minha mente.

Ao chegar na rodoviária, me despedi da menina que veio no busão de Arequipa comigo. Infelizmente não peguei seu Email. Tomei um taxi logo depois com o endereço do Hostel Che Lagarto. Enquanto estava no Taxi, eu olhava ao redor e começava a entender o porque do nome CIDADE IMPERIAL. Ali, em Cusco, eu teria uma das melhores experiências de minha vida.

07.05 - EMANUEL, HOSTEL.

Ao buscar o Che Lagarto, acabei me perdendo a princípio, acabando por me decidir ficar no Hostel Emanuel. Motivo? Lá tinha hospedes. Ao encontrar o Che ainda estava vazio, pois seus hóspedes chegariam mais tarde. Como um dos motivos de minha viagem também era conhecer pessoas, eu decidi ficar ali. Mas o pouco que conheci do Atendente de Cusco do CHE, percebi que ele era tão boa gente como o pessoal de VINA DEL MAR.

CHE LAGARTO se tornou nessa viagem realmente o melhor Hostel que fiquei e pelo que vi em Cusco, a rede do CHE é realmente excelente!
Pela noite procurei um lugar pra comer e fui sozinho a um restaurante. Ao voltar conheci várias pessoas da Espanha, França, Peru e Brasil.

08.05 - CONHECENDO CUSCO.

Fiz uma grande amizade com o Brasileiro Vinícius e com Jorge, o peruano, de minha idade que se tornou grande amigo. Ele só é 4 dias mais velho que eu! Interessante achei. Com os dois recorri a cidade de Cusco a ver os preços de Machu Pichu, entre outras coisas.

O Mercado Central, onde se vende de tudo que se pode imaginar, tomei um dos melhores sucos que já tomei em uma tendinha de uma jovem senhora muito agradável. Ali eu voltaria várias vezes!

Jorge, Vini e eu fomos conhecer um dos meus contatos do Couch. CHALEX. Ele nos falou sobre um acampamento que sua empresa faz. Eu e Vinícius ficamos animados com a idéia de irmos, mas sabíamos que para ambos daria apenas para fazer um passeio. Teríamos que decidir entre MACHU PICHU e o ACAMPAMENTO. Até aquele momento não sabíamos, mas faríamos a melhor escolha.

À noite saí com o Inglês Kenny. Conheci um pouco da noite de alguns hostels em Cusco e vi o quão diferente era da realidade que havia imaginado...

09.05 - RAPEL.

Pela manha saí com Vinicius e Jorge para encontrarmos com Chalex e fazer RAPEL. Eu nunca tinha feito aquilo. Ali conhecemos dois franceses e outros peruanos. Um deles tive uma agradável conversa.

Percorremos um sítio considerado sagrado por muitas pessoas. Depois que fizemos rapel. (confesso que foi muito bom apesar do meu medo de altura). Ao seguir pra uma outra parte, vi que atrás de uma rocha havia oferendas à Pachamama. Um dos meus amigos me explicou alguns fatores e conversamos bastante.

Ao voltar Para o Hostel, Vinicius, Jorge e eu Compramos algumas coisas e fizemos uma janta. Ali comemos os tres juntos a uma amiga brasileira e uma chilena.

Naquele instante, Vinícius e eu já tínhamos decidido o que fazer no dia seguinte, este que seria o passeio que ficaria gravado em minha mente para sempre!

PRÓXIMO RELATO - Ausangate, o indomável!





15 de maio de 2011

DIÁRIO N 20 - RELATO DE MOCHILEIO 7 - AREQUIPA, A CIDADE DO MEU AMIGO TITO

Couchsurfing é um dos melhores webistes que eu já vi. Através dele, realmente, muitos amigos sao formados. Em Arequipa, tive o privilégio de conhecer mais um amigo! De ter mais uma nova amizade e uma pessoa a quem eu consideraria agora, mais um irmao!



06.05 - Recebido Como Um Filho.



Cheguei por volta das 14 horas em Arequipa, liguei pra TITO, contato do couchsurfing. Ele me indicou a pegar um taxi e ir à sua casa, já questava no trabalho. Sua mae me receberia. E me recebeu muito bem! Ao tirar meus tênis, havia bolhas nos pés de tanto tempo que passei com eles.



DICA 6: Por mais que seja mais pesado, leve dois pares de tènis pra uma viagem como essa! Acredite, será muito melhor!



Creio que o fator de andar muito tempo com o mesmo tênis, embaixo dos dedos dos pés parecia (e parece) ter espinhos. Sua mae me deu remédios e me preparou um delicioso almoço peruano. Conheci também, além de sua mae, sua irma que fala português. Foi muito bom estar ali.



A noite Tito chegou e saímos. Conheci um pouco da cidade de Arequipa. Fui a um Karaokè com ele e conheci sua namorada. Uma pessoa maravilhosa também.



Dormi na casa de sua mae e ao me despedir de Tito depois de algumas conversas fiquei feliz de sentir estar no lugar certo e na hora certa. Tito é um cara maravilhoso e realmente nao poderei esquecê-lo!



Mais uma ótima experiência pelo COUCH SURFING.



07.05 - Nao acredite em tudo que você vê!



Logo pela manha me despedi de Sua mae que me havia me preparado um delicioso café da manha! Fui pra Rodoviária e nao sabia ainda se iria pra Puno ou pra Cusco. Acabei decidindo ir-me à Cusco.



Na rodoviária, vi que só tinha ônibus pras 9 da manha e já estava quase na hora. Ao olhar a empresa CIVA, a foto do ônibus era maravilhosa, tinha até vídeos em cada assento! Ótima empresa, pensei! Comprei a passagem e ao correr pra ir pro ônibus percebi que tinha cometido mais um erro! Sentei no último banco e havia um motor em cima do banco. Simplesmente era um ônibus estranho! :)



Mas de uma maneira bem interessante foi maneiro, pois sentou uma menina ao meu lado e começamos a conversar durante toda a viagem e foi interessante ver coisas bem culturais como comer carne de carneiro com batata assada que as mulheres vendiam nas paradas do ônibus em saquinhos plásticos! Acredite, é muito gostoso!



Enfim, o que poderia ser uma viagem desagradável, ao final, se tornou muito bom! Cheguei em Cusco por volta das 20:30. Alí eu teria uma das melhores experiências da minha vida.



PRÓXIMO RELATO: Cusco, A Cidade Imperial.

Conheça o site: www.couchsurfing.org





12 de maio de 2011

DIARIO N 20 - RELATO DE MOCHILEIO 6 - MAIS 19 HORAS DE VIAGEM, O DIA QUE FUI ROUBADO SEM ARMAS.

"Dizem que o mundo é dos espertos, mas sao os experientes que sobrevivem! E que os experientes ensinem aos simples a serem sábios". Alan vieira

Numa viagem como a minha nao se pode esperar que tudo sejam flores. E tenha a certeza, nao foram! Entretanto, mesmo os infortúnios ocorridos até agora nao tiraram o brilho dessa que está sendo pra mim uma viagem incrível! Abaixo conto minhas 19 horas de San Pedro de Atacama CHILE até Arequipa no PERU.

Outra coisa que quero deixar claro aqui é que o que passei, podemos passar em qualquer lugar desse mundo! Lembro que quando estava no Hostel en San Pedro e conversava com Julie, francesa, ela me contava que havia sido roubada na Argentina. Como Sulamericana eu disse: "Sinto muito". Entao ela me disse pra nao me preocupar já que isso passava em França ou em qualquer lugar da europa, ou nos países "ricos".

Entao conto essa história nao como uma ofensa a qualquer que seja, mas um alerta que devemos estar atentos aqueles que tentam tirar vantagem...

05.05 - DEIXANDO SAN PEDRO

Fui no ônibus da Turbus. No ônibus, Kim e Rita foram até a cidade próxima: CALAMA. Foi ótimo estar com ela s e conversar mais tempo com elas. Dormi até chegar ARICA (última parada de Chile.

06.05 - ARICA x TACNA X AREQUIPA

Aqui aconteceu o que nao deveria ter acontecido. Na rodoviária de Arica, haviam várias empresas que faziam até Cusco ou Arequipa, mas todas estavam fechadas. Exceto um homem que estava na PULLMAN, uma empresa de ônibus, vendendo passagens até Arequipa e Cusco, no Peru. A passagem até Arequipa me custaria 16.000 Pesos chilenos (cerca 50 Reais). Isso incluiria o Taxi até A fronteira e depois à Rodoviária.

Um casal de americanos estavam indo ao mesmo lugar que eu e fomos juntos. Depois de passarmos a fornteira eu fui perceber que o "boleto" que o vendedor me deu era estranho e nem dizia o assento do ônibus. O vendendor também me havia dito que o ônibus nao parava até Arequipa e que comeríamos no ônibus.

Ao chegarmos em Tacna, o taxista comprou nossas passagens e foi a americana que reparou o golpe! O valor da passagem era 25 Soles (peruanos) até Arequipa (cerca de 20 reais) O taxi nao sairia mais de 5 Reais. Ou seja, pagamos quase 2 vezes mais do valor! Além disso, o taxista comprou no lugar mais barato que nao dava comida! O ônibus nao parou e viajamos várias horas com fome. O problema nao foi a questao da grana, pois perdi cerca de R$ 30,00. Na verdade nao é muito. Mas a sensaçao de ter sido enganado foi horrível!

Além disso, uma senhora nao quis me deixar sentar no meu lugar que estava perto dos americnaos a qual fiz amizade pra podermos ajudarnos mutualmente durante a viagem! Que raiva me deu dela. Depois eu tive que refletir bastante e deixar isso de lado!

Ao ir ao banheiro, meus lábios estavam secos e cheios de feriadas devido ao frio seco de San Pedro. Além disso minha garganta estava como que com areia e meu nariz saía sangue. Enfim, foi uma viagem daquelas! Mas sobreviví! Graças a Deus! :)

Cheguei a Arequipa por volta das 15 horas do dia 06 de Maio. E Realmente foi muito bom estar ali!

Entao se você é um mochileiro e está em Arequipa pela madrugada! ESPERE AS EMPRESAS ABRIREM E NAO COMPREM COM ESTE HOMEM QUE ESTÁ NO GUICHÊ da PULLMAN ANTES DAS 6 HORAS! É FURADA CERTA!

If you are a backpacker, and you will be going to Arequipa or Cusco From ARICA - CHILE, Dont buy tickets with the Guy that is in the PULLMAN COMPANY before 7am. He Will charge you much more that it costs! DONT DO THAT! WAIT FOR OTHER COMPANY TO BE OPENED. HUGS. DONT FORGET! ARICA X TACNA X AREQUIPA or ARICA X TACNA X CUSCO.

CONCLUSAO

Como disse acima, esses infortúnios nao tiraram a maravilha dessa viagem. Tudo foi realmente muito bom até entao e mais coisas maravilhosas estavam por vir e mais pessoas extremamente incríveis a conhecer! Chile marcou minha vida e deixou saudades imensas! Espero voltar! CHILE I WILL BE BACK!

Próximo Relato: AREQUIPA, A CIDADE DO MEU AMIGO TITO!

9 de maio de 2011

DIARIO N 20 - RELATO DE MOCHILEIRO 5 - SAN PEDRO DE ATACAMA, UMA PEQUENA CIDADE, GRANDE BABEL DE MARAVILHOSAS VISOES - PARTE II

" A maldade, Assim como a bondade nao possui nacionalidade" Alan Vieira.

Nao! Nao escrevo essa frase acima como fruto de algo ruim que tenha acontecido. A escrevo para dizer que esta é a primeira frase do meu sexto livro baseado nessa viagem, entitulado Maldiçao na Estrada da Liberdade.

Cada lugar, cada pessoa conhecida tem tido um lugar todo especial em meu coraçao. As visoes dessa viagem, especialmente em San Pedro de Atacama me marcaram e tem me marcado expressivamente. Nesse momento escrevo essa frase pelo fato de ter sido em San Pedro que a inspiraçao, nao somente desta, como do início do livro, assim como sua idéia central. Obviamente nao foi apenas isso que me marcou em San Pedro. O relato abaixo deixará um pouco mais claro. Além disso deixo claro também que em tema de desacanso, SAN PEDRO DE ATACAMA foi a melhor viagem que fiz em toda a minha vida, apesar de nao ter descansado ali :)

04.05 - O SALAR DE SAN PEDRO DE ATACAMA.

Logo pela Manha, meus novos amigos, Iñaki, Kim, Rita e Rosana nos preparávamos pra o Salar. Pagamos uma empresa cerca de 25 reais cada um para nos levar aos lugares maravilhosos desse salar. Ainda pela manha conheci a Ana e Mitja, um casal da Eslovênia que se tornaram especiais pra mim. Eles dormiram no mesmo quarto que eu no Hostel.

Saímos pela manha, por volta das nove da manha e conhecemos 3 lugares em San Pedro: El OJO DEL SALAR, SALAR DE SAN PEDRO y LAGUNA CEJAR. Cada lugar com sua particularidade me encantou de forma especial.

El OJO DEL SALAR

Como duas crateras no meio do deserto com água doce e fria. Ali, o único a pular foi Iñaki. O guia no explicou basante coisa ali também.

SALAR DE SAN PEDRO

O salar me impressionou. Ali, pela primeira vez vi os Flamingos. O pouco de água acima do salar, mas o céu claro e a cordilheira dos Andes ao fundo fazia sua imagem refletir na água tornando aquela visao avassaladora.

LAGUNA CEJAR

Assim como o Mar Morto, aqueles lagos em Laguna Cejar tem uma densidade tao grande de sal que nao permite que você afunde. Foi uma experiência incrível. Ao final o guia nos trouxe suco de pèssego, batatas fritas, vinho, azeitona, queijo... etc. Foi muito bom estar com esses amigos ali!


Ao lado, Um café da manha com Iñaki dos Países Bascos, de Azul, Rosana do Chile, atrás dela, Rita da França e ao fundo, Kim da Holanda. Amigos inesquecíveis.






GENTE IMPRESSIONANTE!

Naquela mesma noite compramos algumas coisas e comemos ali mesmo no Hostel. Foi entao que conheci melhor a Mitja e Ana da Eslovênia, ao David do Estados Unidos que já estava ali e conheci os franceses Julie, Antonie e Germain. Esses três estao há cerca de 4 meses por viagem na América Latina de Bicicleta. Além deles conheci a Hideki, um japonês de 21 anos que saiu do Extremo sul da Argentina e está indo pra o Alaska de bicicleta estimando fazer este trajeto em 2 anos. Todos com sua história e labor e trabalho que me fascinava. Alguns deles com trabalhos em seus países de origem lutando pra tirar adolescentes das drogas, com famílias problemáticas, etc. Foi tao bom, sentar, ouvir, aprender...
Da esquerda pra direita:

Rita (FRANÇA)
Antoine (FRANÇA)
Eu (BRASIL)
Julie (FRANÇA)
Germain (FRANÇA)
Hideki(JAPAO)
Kim(HOLANDA)



PESSOAS QUE JAMAIS PORDEREI ESQUECER!!!

05.05 - Os Geysers

Levantamos às 4 da manha (david, Iñaki, Hideki, os três franceses, Rosana, Ana e Mitja, eu e fomos para os Geysers. Inferlizmente, ao ajudar um cara, a câmera que tirava fotos caiu e nao abria mais pra tirar fotos. Isso me deixou muito triste nao só pelo fato de nao poder mais tirar fotos como também por nao ser minha.

Tentei superar a tristeza em relaçao a isso e tentei continuar me alegrar com o pessoal. Tomamos um bom café que o guia nos preparou. Depois vimos os Geysers mais de perto, tomamos banhos nas águas termais vulcânicas (SIMPLESMENTE MARAVILHOSO) e conhecemos um povo Andino, chamado MACHUCA.

Continuamos a curzar pelo deserto e a ver animas únicos no meio de toda aquela paisagem formosa.

Na Foto Ao lado, da esquerda pra direita:
David (EUA)
Iñaki (Países Bascos)
Rosana (Chile)
Eu (Brasil)
Ana e Mitjia (Eslovênia)

Ao fundo a imagem de um vulcao e um rio se descongelando com patos silvestres. Uma imagem que ficará pra sempre na minha memória.



Voltamos e fizemos um almoço bem diferente, Eu, Mitjia, Ana e Rosana fizemos uma comida típica de cada país foi bem interessante. Depois de ir a internet, Iñaki, Rosana e eu fomos onde Rodrigo e Maribel estavam hospedados. Eles foram até o hostel onde eu estava me esperar terminar de me arrumar pra se despedirem de mim.

UM ADEUS A SAN PEDRO DE ATACAMA.

Me despedi de cada pessoa que estava ali no Hostel. Franceses, Eslovenos, Americanos, Chilenos... Também aquela cena ficará gravada!
Iñaki, Rodrigo e Maribel, Hideki e Rosana foram comigo até ao Terminal. Foi bom demais. Me senti muito querido e eu os querendo também muito bem! Espero que Deus nos prepare um dia que nossos caminhos se cruzarao novamente para o bem!

Subi ao ônibus e agora eu me dirigiria para o Perú. Eu nao sabia, obviamente, mas aquela viagem se tornaria uma desagradável experiência. Mas, ali, naquele momento, a única coisa que me vinha a mente eram os amigos feitos, dados pelo Pai, em tao pouco tempo. Gente querida que nao poderei esquecer!!!

San Pedro, a pequena cidade de dezenas de idiomas em poucos quilômetros quadrados de tanto turistas, ficava para trás. Agora o novo surgiria em pouco tempo. Nos geysers tive a clara inspiraçao do meu livro apesar do infortúnio da máquina. Eu daria adeus nao somente pra San Pedro de Atacama, mas também para o MARAVILHOSO CHILE, um país que me acolhera maravilhosamente bem.

Deus Abençoe o Chile.


Próximo Relato:
Mais 19 Horas de Viagem. O Dia Que Fui Roubado Sem Armas.

DIARIO N 20 - RELATO DE MOCHILEIRO 5 - SAN PEDRO DE ATACAMA, UMA PEQUENA CIDADE, GRANDE BABEL DE MARAVILHOSAS VISOES - PARTE I




San Pedro de Atacama, uma cidade a 2400 metros de altura. Estabelecidade no meio do deserto no extremo norte do Chile é um dos lugares mais impressionantes que já conheci. San Pedro me fascinou e se tornou um dos lugares que mais gostei de estar em toda minha vida. As experiencias ali vividas me marcaram tremendamente. As visoes, as paisagens, as amizades... Tudo Foi marcante! Simplesmente Incrível.


02.05 - A CHEGADA.


Ao descer do onibus estava extremamente cansado. Eu ainda procuraria um lugar pra ficar. Ao descer, Rodrigo, me apresentou um amigo equatoriano que, por sua vez, me apresentou uma senhora que estava oferecendo a hospedagem mais barata de San Pedro. Eu tinha ido com uma direçao que o pessoal do Che Largarto me havia dado, mas esta parecia um pouco longe do terminal. A senhora conversaou comigo e me disse o valor da hospedagem. Custava em torno de 12 Reais por dia. Fui com um senhor num carro pelas ruas pequenas e, certamente, me deu um pouco de medo. Mas fui. Ao Rodrigo e Maribel marcamos de nos encontrar mais uma vez.


CASA DEL SOL NASCIENTE.


Cheguei na Hostel e o que vi foi Incrível! Antes, falando sobre o hostel, ele se mostrou bem simples. Com sua música atacamenha, lareira acesa e pessoas simples, mostrou-se um lugar muito típico. Nao um hotel com seus luxos e tal.


Ali na sala, havia pessoas dos Países Bascos, França, Holanda, Estados Unidos, Argentina, Chile e agora, Brasil! O senhor, prontamente me serviu uma janta bem típica já que o mercado estava fechado pra que comprara algo. Me alojei e depois de conversar com bastante gente ali, fui dormir.


03.05 - O VALE DA LUA


Acordei cedo e tudo ainda estava escuro. Como disse anteriormente no Chile o Sol aparece por volta das 8 da manha nessa época. Caminhei pelas ruas de Atacama ansioso para que o dia clareasse. Quando o pessoal começou a acordar entao conheci melhor a Rita da França, Iñaki dos Paises Bascos, Kim da Holanda e Rosana do Chile. Com esses fizemos grande amizade.


Combinamos entao de alugar bicicletas e ir ao Valle de La Luna (Vale da Lua). Assim fizemos. Pegamos a estrada por volta das 15 horas. Tentamos ir antes ao Vale da Morte, mas nos perdemos. Depois fomos à PUKARA DE QUITOR. Nao ficamos muito tempo e partimos ao Valle de La Luna. Percorremos cerca de 20 a 25 quilometros de bicicleta no deserto! Paisagens incríveis eram vistas. As visoes impressionantes eram de tirar o folego por onde passávamos.


Depois de um longo caminho finalmente chegamos ao Valle de La Luna. Andamos por alguns caminhos após deixar nossas bicicletas em um lugar. Entramos por umas cavernas e foi maravilhoso. Pegamos nossas bicicletas outra vez e partimpos pra ver o por do Sol no lugar mais alto do Vale. O sol já tinha desaparecido mas sua luz nao, entao, o que vimos atrás de nós fez-nos ficar com os olhos arregalados tamanha beleza que se mostrava. Era como se um pintor invisível começasse a mudar as cores do céu e das cordilheias atrás de nós a cada minuto.


O Anfiteatro, formaçao rochosa à uns quilômetros de nós também se mostrava imponente. As dunas giganstecas eram impressionantes. Cada detalhe se mostrava incrível e único. Os guardas mandaram entao descermos pois já estava na hora de ir-se.


Voltamos de bicicleta e Iñaki foi na frente avisar aos donos que chegaríamos um pouco depois do combinado. As meninas, assim como eu, estávamos extremamente cansados. A noite caiu sobre nós com um tapete de estrelas ao qual nunca vi na minha vida. Ali comprovei que no deserto os dias sao realmente quentes e as noites extremamente frias. Ali passamos a cantar uma música que ficaria marcada pra todos nós nos dias em Atacama:


"I Can see Clearly Now, The Rain is Gone,

I Can see all obstacles in my way

Gone are the dark clouds that had me blind,

It`s gone be a bright, bright

Sunshine day"


Essa brincadeira nos animou bastante a continuar a longa viagem de volta.


Minhas maos estavam congeladas pelo frio. Kim e Rita seguiram na frente e eu fiquei com Rosana atrás, pois ela estava muito cansada. Como Rita tinha uma lanterna e eu outra assim decidimos fazer... Descemos da bicileta e passamos a caminhar. Caminhando, Rosana e eu conversamos sobre a vida, sobre a fé, sobre nossos planos e futuro. Foi muito bom!


Finalmente chegamos ao destino e devolvemos nossas bicicletas. O que queríamos agora era comer algo. Fomos a um restaurante bem barato. Enquanto esperávamos, fui ao hostel onde estavam Rodrigo e Maribel e eles se juntaram a nós para jantarmos. Tivemos boas conversas e rimos muito.


Ao chegar no hostel falamos com algumas pessoas, mas fomos dormir. Estavamos realmente cansados.

O dia, apesar de vários contratempos, tinha sido maravilhoso e estonteante!


Próxima postagem:

PARTE II sobre San Pedro de Atacama

8 de maio de 2011

DIÁRIO N 20 - RELATO DE MOCHILEIRO 4 - QUANDO O DESERTO BEIJA O MAR

01.05 - Estranha Sensaçao.



Cheguei a Santiago sabendo que levaria mais 24 horas pra chegar em San Pedro de Atacama. Fiquei ali um tempo na rodoviária e derrepente senti a estranha sensaçao de que eu nao tinha mais dinheiro. Um medo invadiu meu coraçao do nada. Fui aos caixas eletronicos e meu cartao nao saía dinheiro por nao aceitar. Nem mesmo o VTM deu certo na casa de cambio. Resperi funo e sentei. Entao, uma alívio veio. Como se uma voz dissesse: "calma, tudo vai dar certo".




Pensei, refleti, entao decidi prosseguir com o dinheiro que tinha, sem tirar dinheiro algum e confiar que mais à frente, tudo ira se resolver. E resolver, ainda no meio do caminho...




Após me acalmar, fui à uma igreja que tinha ao lado da rodoviária. Um lindo coral cantava, e uma paz indizível invadiu meu coraçao ali. Eu estava apenas de frente à igreja de boné e com um Mochilao nas costas e um senhor, com um sorriso angelical me convidou a entrar. Foi bom estar ali.




A viagem no busao da TURBUS iniciara.




O que mais me pareceu interessante nesse bus foi que além de ser espetacular e barato, antes de passarem um filme, um anúncio nas TVS apareceram: O que fazer em caso de TERREMOTO, ERUPÇAO VULCANICA, AVALANCHE, TSUNAMI ou INUNDAÇAO.




Muito Inspirador... :)




02.05 - Quando o Deserto Beija o Mar




Durante quase toda a viagem, todas as pessoas permaneceram caladas. Tentei puxar assunto, mas ninguém falava. Isso me irritou um pouco. Quem me conhece sabe o quanto gosto de conversar. A única pessoa que me dava atençao foi uma menina, sentada à frente do meu assunto, que virava toda a hora durante a viagem e me tirava fotos. Ela tinha uns tres anos mais ou menos e me fazia rir.




Durante a viagem vi imagens impressionantes. O Chile é um país de imagens Impressionantes. Cada parte que passava queria descer para tirar uma foto, mas claro, estava no busao e nao podia descer!




Uma imagem que me impressionou foi quando, no meio do deserto, o mar lhe encontra, ou vice versa. Aquela sensaçao foi maravilhosa. Ver o espetaculo de amor que a natureza proporciona emocionava. Durante toda a viagem as imagens me faziam relfetir e pensar no quanto Deus é maravilhoso em criar tudo que criou!




ANTOFAGASTA




Conheci essa cidade. Apenas paramos ali para subir mais passageiros. Ali o problema do cartao eu entendi! Graças a Deus!




CALAMA




O Onibus parou pela última vez em CALAMA, ali subiram vários mochileiros. Subiram inclusive tres que , eu nao sabia, mas se tornariam grandes amigos nessa viagem.




Mudei de lugar e ao meu lado sentou um casal que passou a conversar comigo. (ou eu com eles rssr) e eles se mostraram maravilhosos pra mim. Rodrigo e Maribel. Nos dias que se seguiriam, seriam mais duas pessoas com quem passaria bons momentos.




24 HORAS DE VIAGEM




Cheguei a San Pedro de Atacama por volta das 21 Horas do dia 02 de Maio. Foram 24 horas de viagem. Sei que pode ser cansativo e tal. Mas as imagens me impressionaram. Quando nao sao imagens sao pessoas que me agradam na viagem em conhece-las.




San Pedro de Atacama, uma cidade com 1865 habitantes (censo de 2002 e escrito na placa de entrada). Uma cidade pequena no meio do deserto a mais de 2400 metros de altura, se tornaria um lugar maravilhoso onde amei ficar!




Próximo Relato: SAN PEDRO DE ATACAMA, PEQUENA CIDADE, GRANDE BABEL DE MARAVILHOSAS VISOES.










4 de maio de 2011

DIARIO N 20 - RELATO DE MOCHILEIO 3 - O PACIFICO, AMIGOS ENTRE A VINHA E O PARAÍSO

Explicar a sensacao de estar longe de sua Terra sozinho e caminhando as vezes sem destino e um pouco complicado. Entretanto eu posso dizer que estou gostando muito. Estar no Chile tem sido uma das melhores experiencias da minha vida até aqui.

Cada lugar até agora conseguiu me encantar de diversas formas diferentes e colocá-las em palavras é quase que uma insanidade, pois as imagens, pessoas e cada sentir expressa-se por si e só estando aqui pra sentir o que agora sinto.

Connheci as cidades VIÑA DEL MAR e VALPARAÍSO. Duas cidades mais que maravilhosas nao somente por sua beleza natural e construida como também por sua gente amistosa e receptiva. Essas duas cidades estao diante do Oceano Pacífico e apesar de uma do lado da outra elas expressam sua beleza única fazendo o viajante mais leigo perceber quando se está em uma e quando se está em outra...

Bem, aqui comeca meu relato sobre "VINHA" e o "PARAÍSO".

29.04 - CHE LARGARTO

Como disse anteriormente, fui a VIÑA primeiro antes de VALPARAÍSO onde já tinha um contato de uma couchsurfing. Cheguei lá sem saber pra onde ir, mas sabia que de alguma forma, encontraria o que estava procurando. Fui a internet e buscando sobre HOSTELS achei um chamado CHE LAGARTO entre vários. Levei um tempo andando com aquela mochila nas costas até que finalmente o encontrei.

Logo fui recebido por PATO, um cara super atencioso. Nos dias que passaria hospedado no Hostel, percebria que nao somente ele, como Aysna, Felipe, Haydeé e outros que trabalham ali me recebiriam com o mesmo carinho e atencao, me fazendo sentir em família.

Fui colocado no mesmo quarto que dois americanos. Um deles conheci naquela mesma noite chamado RYAN. Saímos um pouco pela cidade e fomos a uma partida de Volei para encontrar um cara que havia feito contato do Couch. Ficamos nao muito tempo, mas foi muito bom.

Dali fomos jantar e achamos um restaurante. Ryan queria comer ali e fiquei até que meio sem graca de dizer que nao tinha muita grana pra comer em lugares como aquele. Comemos. Mas até agora foi a única comida cara que paguei.

DICA 5: Seja sempre sincero! Numa viagem como essa o objetivo é sempre encontrar lugares baratos! Principalmente pra comer. Como disse antes, por cerca de 6 reais comi uma comida cubana em Santiago maravilhosa e tinha de tudo. Numa viagem como essa voce fará muitos amigos e alguns tem mais outros menos, entao seja sempre sincero. Se nao dá pra sair com um amigo pra um lugar onde sabe que estara gastando muita grana, ser sincero e verdadeiro nao vai doer nada! :) E depois voces poderao fazer outro programa (BARATO SEMPRE) que os dois possam fazer juntos.

Fui dormir...

30.04 - PARQUE NACIONAL LA CAMPANA.

Pela manha fui ate Limache e de lá até o Parque Nacional. Amei a experiencia de ir a um lugar diferente e sozinho. Derrepente me vi caminhando só num lugar que nao havia ninguem. Até que encontrei o Parque. Ali pude meditar basante.

Conheci um amigo que me deu carona de volta a VIÑA. Seu nome Jorge. Combinamos de ir até a Valparaíso a noite para conhecer. Jorge paracia que já o conhecia há anos.

No CHE LARGARTO, estive conversando com Paul e Ryan (EUA), Lukas (ALEMANHA) e Rachel e Rebecca (tambem EUA) Foi ótimo estar com eles e depois Jorge me buscar e fui conhecer VALPARAISO. Extremamente encantador. Conheci uma amiga sua e saímos o tres e percorremos boa parte da cidade a noite.

01.05 - DESPEDIDAS

Pela manha me despedi dos americanos que conheci e do Lukas. Voltei a Valparaiso e finalmente, depois de alguns contratempos, conheci PAULINA, a couch surfer que me recebiria mas que nao pode faze-lo por mudarem seu dia de trabalho. Conheci seus dois amigos, POLY e WILDO. Passeamos por outra parte de Valparaiso e voltei.

Nesse dia almocei e fiz amizade com dois australianos: Kate e Tristan e foi bom estar com eles.

Me despedi do pessoal do CHE LAGARTO e fui pra Ir pra próxima etapa da minha viagem.

Saí de ViÑa e de Valparaiso de frente ao Formoso Pacífico com aquele gosto de querer estar mais tempo ali.


Termino meu relato com um poema que escrevi quando estava em LA CAMPANA:

Sentado numa rocha
Na solitude da natureza
O silencio me cobre com seu mando e me diz:
Obrigado pela companhia...

A brisa, convidada de honra
Se alegra na reuniao.
O sol tímido, tenta vir a festa
Mas as folhas, verdades e amarelas,
querem sua atencao.

Elas ao as primeiras a impedirem sua chegada
Por desejar tao calorosa companhia,
O som da fauna se apresenta
Sao ilustres a essa alegria

Embora o rio nao corra agora
Em breve ele estará aqui
Triste deixo essa festa
Sem o biejo suave dessa água
que por enquanto nao quer cair

Felis estou por este Chile
Que de tao belo me faz sorrir
Felis estou por este Chile
Que natureza vem acudir

Feliz estou por esta festa
Que só a solitude consegue dar
No silencio, suave e cálido
Que me fez esta beleza tanto amar.


PRÓXIMO RELATO: QUANDO O DESERTO BEIJA O MAR.

1 de maio de 2011

DIÁRIO Nº 20. - RELATO DE MOCHILEIRO 2: SANTIAGO, UMA CIDADE MARAVILHOSA



"OH Chile, largo pétalo
de mar y vino y nieve,
ay cuándo
ay cuándo y cuándo
ay cuándo
me encontraré contigo,
enrollarás tu cinta
de espuma blanca y negra en mi cintura,
desencadenaré mi poesía
sobre tu territorio." Pablo Neruda

Não há Palavras para descrever o quão maravilhosa tem sido minha estadia em Chile. As pessoas que tenho conhecido e os lugares visitado assim como seu clima, faz-nos entender o amor de Pablo Neruda a esta pátria. De canto a canto o que tenho visto aqui são pessoas maravilhosas que lhe recebem e lhe acolhem. Lhe abraçam e lhe dão toda atenção necessária. Se tens a oportunidade de visitá-lo, faça! Com certeza não se arrependerás.

28.04 - SANTIAGO

O AMANHECER

Algo que já foi bem diferente do Brasil foi a questão do dia amanhecer por volta das 8:15 da manhã. Como tenho costume de acordar bem cedo, eu me despertava com o dia bem escuro (por volta das 6 da manhã) e esperava o dia despontar.

HECTOR

Hector, me recebeu em sua casa. Meu terceiro COUCH SURFER. Não foi somente bom estar com ele. Foi ótimo! Ele me tratou como se já me conhecesse hà anos.Logo pela manhã me preparou um café abençoado! Após, saímos pra conhecer a cidade.Conheci o Cerro e a Fonte de Netuno.

Almoçamos num restaurante cubano. Muito barata a comida. Por $1.900 (pesos Chilenos) Cerca de R$ 6,00 (seis reais). Comi uma comida gostosa. Uma sopa (que vem antes do prato principal), pão, salada, o prato principal, suco e sobremesa.

DICA 3: Se quer economizar dinheiro, busque sempre os lugares mais baratos. Não coma em restaurantes caros. Estando com um nacional é sempre a melhor idéia já que ele com certeza saberá lugar mais barato.

DICA 4: Outra forma de economizar dinheiro é comer a comida do lugar, ou seja, não busque comida brasileira como por exemplo feijão. Não são todos os países que o tem. Um exemplo claro que no Uruguai em 2006 o kilo do feijão nos saía quase R$ 8,00 (oito reais).


O dia seguiu muito bom. O clima agradável, os lugares lindos. Tudo foi incrível. À noite conheci outro Couch Surfer, Pablo. Amigo do Hector. Jantamos lá que nos fez uma ótima comida chilena. Pablo, de igual maneira, uma pessoa sem igual...




29.04 - WONDERFUL

Hector e eu conversamos muito durante a manhã. Conversamos sobre o Chile, sobre fé, sobre nossos vidas e pensamentos... Hector é uma pessoa extremamente inteligente e conversar com ele me fez crescer muito...

Ainda pela manhã Levou-me a conhecer outro Cerro... Vi muita coisa e encontrei-me com muitos outros brasileiros e de igual modo todos concordamos que o Chile é um país ótimo ao turismo. Trocamos informaçoes e emails...

Almoçamos e voltamos à casa de Hector onde me preparei pra ir pro próximo destino. Ele me levou até a estação de trem onde despedi-me dele. Saio de Santiago com Deus me dando um grande amigo...

Fiquei na estação pensando e refeltindo sobre as coisas. Comprei uma passagem que me custou R$ 10,00 até Viña del Mar. Saí sem destino e sem saber onde ir naquele lugar, somente com a única vontade de querer estar lá!

Estar nessa cidade foi mais que gratificante. Um lugar maravilhoso!

Próximo Relato: O Pacífico.