28 de maio de 2011

DIÁRIO Nº 20 - RELATO DE MOCHILEIRO 12 - LA PAZ, A CIDADE DAS POMBAS E A ESTRADA DA MORTE

"A Natureza é beleza que vicia! E Que eu nunca seja liberto desse vício!" Alan Vieira - Maio de 2011.


La paz seria apenas uma cidade de passagem nessa viagem. Encontraria Pierre e seguiríamos para o Salar do Uyuni, o maior deserto de Sal do Mundo. Creio que seria legal lá, entretanto eu já havia visitado um salar em San Pedro no Chile, e realmente queria ver coisas diferentes. E acreditem... Eu vi!




Mesmo fotos não tem capacidade de descrever a beleza vista em La Paz. Acabei decidindo ficar uns dias a mais em La Paz e tive a Grata oportunidade de ir na aventura DEATH ROAD (A estrada da morte). Ali amei o que vi. Amei o que fiz, e se Deus me der uma nova oportunidade o farei outra vez!

13.05 - El Solário.



Seguindo os conselhos do meu amigo Inglês (não lembro seu nome), fomos ao hostel El Solário. ali estava a 30 Volivianos a diária sem café da manhã. (cerca de 7 reais). Ficamos aquela noite ali. "Dividimos" um quarto. Escrevo dessa forma já que ele saiu à noite com seus amigos e eu fiquei ali. Ele só voltou na manhã seguinte. Tentei encontrar o Pierre, mas ele ainda não havia chegado em La Paz.



Ao entrar na internet descobri que Kim, minha amiga holandesa estava lá em La Paz e Pixel, um grande amigo meu, tinha me indicado ficar no hostel Wild Rover, e, por incrível que pareça, kim estava hospedada nesse Hostel.


14.05 - KIM e o Wild Rover.




Pela manhã ao ir tomar café, encontrei meu amigo inglês voltando da sua "night" e nos despedimos. Ele seguiria para outro hostel. Depois disso não o vi mais! Pra eu ficar sozinho no quarto eu pagaria mais e acabei seguindo pra o Wild Rover.




Depois de andar bastante por aquela cidade, encontrei na hora do almoço a Kim. Passamos o dia juntos e foi muito bom ficar com ela. Embora o hostel Wild Rover fosse muito bom, com boas camas, uma boa cama e ainda servir café, eu realmente não gostei de ficar nele.




Por causa de um "pub" que tem lá, ele é bem badalado, mas particularmente, as pessoas são muita mais na delas. Ou seja, aqueles de sua própria nacionalidade ficam juntos e não abrem espaço pra outros estarem juntos e segundo dois brasileiros que encontrei lá, eles só "abrem esse espaço" quando estão bêbados. E como eu não ia para os pubs, eu quase não fiz amizade lá. Percebi que nos outros hostels o pessoal era mais aberto a fazer novas amizades. Se não fora por isso, aquele hostel teria sido muito bom.




Kim me falou de um passeio chamado Death Road. Eu sairia daquela cidade sem conhecer muita coisa, então decidi ficar mais um dia e só sair na segunda de lá. Depois percebi que foi a melhor decisão!




15.05 - Domingo - Death Road, A Estrada da Morte.

Quando eu pensava que Já não teria mais nenhum passeio legal para fazer depois de ter ido ao LA CAMPA no PERÚ, Death Road surgiu como uma maravilhosa opção de aventura!


Os dois brasileiros, Antonio e Eduardo, que tinha feito amizade no WR, juntamente com outras 4 meninas e eu, nos aventuramos com uma empresa chamada Altitude e fomos a esse passeio.






Pagamos cerca de 400 bolivianos cada e a empresa nos levou de carro até o topo de uma montanha e descemos uma estrada de 70 Km. (20 Km no asfalto e 50 na estrada de terra). O mais interessante não foi o ser uma descida de 70 km simplesmente, mas que a cada lado, havia abismos.


Para isso, tínhamos que obedecer exatamente a tudo que o guia falasse. Chegamos a assinar um termo tirando a responsabilidade da empresa caso morrêssemos pelo caminho. Em ambos os lados na estrada aparecia curzes de pessoas que haviam morrido nos locais por onde passávamos.


Durante a viagem um dos guias batia fotos nós e outro nos explicava o que fazer e o que não fazer. Um terceiro vinha com um carro atrás.


Houve momentos que eu não sabia o que fazer. Prestar atenção na estrada ou observar a natureza que refrescava nossa visão e mente! Montanhas altíssimas, cachoeiras ao longe, riozinhos congelados pelo frio, a neblina que beijava, suave, ao chão. Tudo isso me impressionava e pensava em Deus a cada curva daquela linda estrada. Não foram poucos os momentos que gritava como um louco ou uma criança eufórica glorificando pela estrada a beleza criada pelo Senhor.


Paramos algumas vezes, e lanchamos coisas que os guias ofereciam. A estrada terminou e finalmente paramos num hotel onde podia-se tomar banho numa piscina e com um maravilhoso almoço. Chegamos de volta ao hostel por volta das 18 horas e eu ficaria ali mais uma noite. Depois dali, não encontrei mais Eduardo e Antonio nem mesmo minha amiga Kim que já tinha partido pra outro lugar.


Fui a um restaurante comer algo simples, uma saladinha e peito de frango. Na manhã seguinte, eu percebiria o quão má foi aquela escolha.


16.07 - Adeus La Paz.

Acordei por volta das 6 da manhã. Estava passando muito mal devido aquilo que tinha comido no restaurante. O interessante é que as pessoas falavam pra eu não comer na rua coisas que eram feitas, etc e sempre comi. Nunca passei mal! No segundo dia nessa viagem que tinha comido num restaurante mais caro, eu passei mal.


Acordei com diarréia e vomitano ao mesmo tempo. Fiquei preocupado com minha viagem mais tarde em direção à Santa Cruz. Ainda pela manhã melhorei e no café conheci um japonês muito legal que estava de férias ali. Passamos a manhã juntos. Ao andar por La Paz levei um tombo devido algumas calçadas serem escorregadias.


Fui pro hostel, dei a saída e comprei presentinhos pra meus alunos de Espanhol em Monte Verde. Fui pra rodoviária e já estava se aproximando o momento de eu ir embora. Gostaria de ter aproveitado mais, mas meu tempo de viagem também se esgotava. Ali faltavam apenas 4 dias para voltar ao Brasil...



Sai de La Paz por volta das 18 horas rumo à Santa Cruz para mais uma viagem de ônibus de cerca de 14 horas. Seria minha última viagem de ônibus nessa Saga...


Próximo e Último Relato de Viagem: Santa Cruz, A Amada Cidade de Meus Amigos!

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