30 de setembro de 2011

Diário Nº 38 – Peregrinações Pt. 04 – O Croata: Eu Um Turista em Minha Própria Cidade – 18 a 23 de Setembro

“Seigneur, faites de moi un instrument de votre paix - Senhor Fazei de mim um instrumento de Tua Paz.”  Atribuída a São Francisco de Assis.

Há algum tempo, conheci via internet através de um amigo da Assembléia de Deus um croata. Esse rapaz viria pra o Brasil, pra daqui partir pra uma peregrinação com Sílvio. Esse amigo assembleiano. Conversamos então com ele pra ir ao Rio de Janeiro já que eu estaria lá e eu o serviria como guia pra levar-lhe aos pontos turísticos. Assim o fiz. Uma semana cansativa, mas gratificante.

Essa semana me fez perceber que, às vezes, para valorizarmos algo, precisamos olhar com olhos dos outros. Tudo pra Nikola era diferente. Ele chegou até mesmo tirar fotos das Combis. Tudo pra ele era muito bonito. Isso me fez refletir o quanto precisamos valorizar não somente o que temos, mas o que somos também!

18.09 – O Croata.

Pela manhã Alexsander deixou-me em Seropéridica e nos despedimos. Estar com ele foi um presente do Pai pra mim. Ele me abençoou muito esses dias. Com Keyla e Rose fomos ao sítio onde faremos o trabalho em Dezembro. Lá conversamos bastante e planejamos sobre tudo que pensamos em fazer. Que o Senhor possa dirigir nossos passos nesse tempo! Eles me deixaram na rodoviária Novo Rio e lá esperei Nikola. Pr. Alan apareceu também. Quando Nikola chegou, ele nos levou pra Alcântara. À noite preguei na igreja do Pastor Alan.

Preparei uma mensagem cujo título foi “Deus tem Milagre Pra Você” que está no site da igreja: www.igrejabiblicacrista.org

19-21 – Eu, Um Turista em Minha Própria Cidade.

Segunda, Pr. Alan levou-nos aos pontos turísticos da cidade como a praia de Botafogo, Cristo Redentor, Pão de Açúcar e praia Vermelha. Compartilhamos sobre muitas coisas e foi muito bom estar juntos. Percebi o quanto realmente minha cidade é linda e o quanto muitas vezes não valorizamos. De contra partida há um detalhe ruim, pois alguns pontos turísticos são bem caros pra que o próprio cidadão da cidade esteja indo e isso não é legal.

Nikola (Croata), Pr. Alan e eu.
Terça, pastor Alan nos deixou no lugar onde estaríamos nos hospedando através de Keyla. Nos hospedando na FAECAD – Faculdade da Assembléia de Deus. Lá conheci Adriano e Fabiana que foram maravilhosos comigo. Despedi-me do Pr. Alan e fui pra Copa tentar encontrar-me com Deivid. Não nos vimos! Fiquei triste e preocupado. Encontrei com o Missionario Rodrigo e grande amigo e sua amiga Priscila. Levei então Nikola a conhecer as praias. Nessa ida e vinda encontrei andando na rua meu amigo Ramon!

Quarta fomos aos pontos arquitetônicos do Rio de Janeiro, incluindo o museu da marinha e foi bom demais. Eu mesmo não sabia das histórias que rodeiam tais pontos. Chegamos a ver uma reunião no Palácio Legislativo! Foi interessante. O dia culminou com uma ida ao Engenhão onde vimos Fluzão e Avaí jogando após reencontrar meu amigo Tiago de Realengo na rua. Flu ganhou de 3x1. Voltamos pro lugar onde estávamos hospedados. Fiquei feliz J.

22.09 – Tchau Rio!

O dia nublou. Foi bom anteriormente já que todos os dias fez Sol e pra Nikola foi muito bom isso. Keyla conseguiu dois amigos taxistas que levaram Nikola pra conhecer os lugares que ele queria sem cobrar nada. Foi interessante. Fomos à Barra e voltamos ao Cristo. À noite fomos pra Novo Rio e lá havia marcado com meu amigo Sérgio que partiríamos pra Monte Verde. Pegamos o busão já na madrugada de Sexta e partimos pra Sampa.

23.09 – São Paulo X Monte Verde – De Volta Pra Casa.

Chegamos pela manhã e fui á uma loja comprar algo que seria muito especial pra mim no dia seguinte. Encontrei com meu amigo Thiago e nós quatro partimos pra Monte Verde. Lá reencontrei pessoas especiais e querendo ou não, Monte Verde é o lugar que realmente me sinto em casa. Voltamos e reencontrando os amigos na agitação pro casamento do dia seguinte foi especial demais!

Sempre quando posto meu “diário”, o posto de maneira semanal, começando no domingo e terminando no sábado. Este em especial, será diferente. Não escreverei sobre o sábado pois o sábado pra mim foi muito especial! Demasiadamente especial. Reservarei um dia somente pra ele.

Obrigado, Deus pelos dias que se passaram. Foi ótimo conhecer o Nikola e estar diante de tudo que se passou. Foi ótimo estar com meu amigo pr. Alan e todas as pessoas que tu me fizeste reencontrar. Estar de volta em casa também foi maravilhoso, apesar de poucos dias. Obrigado!

Pr. Alan tornou-se nesses anos um grande amigo e companheiro
de conversas sobre o Evangelho.

   

Diário Nº 37 – Peregrinações Pt 03 – O Grande Deus dos Pequenos Detalhes – 11 a 17 de Setembro



Quando trabalhamos com missões é incrível como passamos a ver milagres em detalhes tão pequenos que quase não percebemos. Deus tem feito grandes coisas através de coisas pequenas. Isso arde meu coração. Agradeço a Deus pelo que Ele tem feito na minha vida e me fazendo estar com pessoas tão maravilhosas que pequenas aos olhos do mundo, têm se tornado essenciais ao trabalho missionário.

11.09 – Os Irmãos Amados.

Ainda em Juiz de Fora, Glaílton e eu fomos cedo à igreja que estávamos ministrando sobre missões. Falamos pra 8 irmãos apenas. Mas foi maravilhoso ver os irmãos desejosos de fazer algo por missões. Falamos durante algumas horas, mas compartilhar sobre o que Deus tem feito foi tão gratificante que fiquei maravilhado com o agir do Pai na vida dos irmãos. Apesar de ser uma igreja bem pequena, talvez com seus 25 membros, tal fato não impediu o pastor de querer saber mais sobre missões e de se ver capaz em Deus de fazer algo por tal chamado. E ele fez...

Meu Pai e Eu.

Eu amo minha família. À noite, não fui ministrar em nenhuma igreja e fiquei com meu pai vendo os programas que ele gosta. Rimos, conversamos, trocamos idéias como pai e filho como há muito não fazíamos. Algumas como nunca fizemos. Isso foi tão bom pra mim esses dias. Minha mãe ali sorria pra nós e viver esses momento em família é o que mais gratifica. Vejo Deus nisso e uma das melhores dádivas que Deus criou nesse mundo foi a família.

12-14.09 – Juiz de Fora – Monte Verde – São Paulo.

Kaleb, João, Rapha e eu Na Pedra Redonda.
Minha vida é uma correria só. E muitas vezes, em pouco tempo estou em vários lugares. Foi assim nesses três dias. Segunda pela manhã Glailton volotou pro Rio e eu pra Monte Verde. Cheguei ás 3 da madrugada de terça (13) em Camanducaia e dormi num hotel pois não tinha ônibus pra subir a Monte Verde. Meus amigos Raphael, João e Kaleb de Atabaia me buscaram em Camanducaia e levaram-me pra Monte Verde. Lá passamos um dia agradável já que há muito não via esses irmãos. Fomos à Pedra e à cachoeira. Conversamos bastante. Oramos e compartilhamos naquele lugar que pra mim é impressionante e que consigo "ver" Deus em cada detalhe.

Quarta pela manhã fui testemunha no civil de Aurélio e foi muito bom estar ali e ver a vitória do meu amigo. Me regozijei com ele! Fui conversar com Everson e Leide antes de descer pra São Paulo. Ali conversei sobre meus sentimentos particulares e foi ótimo! Passei a tarde em Sampa e à noite fui pro Rio de Janeiro.

15-16.09 – Trabalho em Seropédica no Rio.

Pela manhã Rose, da missão, e Keyla, amiga dela me buscaram no ponto. Cheguei por volta das 5 da madrugada. Fui pra casa de Keyla e dormi pela manhã. À tarde, meus amigos Thomaz e Luis me buscaram em Seropédica e fomos pra Paracambi. À noite, ainda em Seropédica, reuni com alguns irmãos pra traçarmos o trabalho missionário de Dezembro. Dormi na casa do meu Amigo Alexsander. No dia seguinte fui à Campo Grande de moto com Alexsander e revi meu amigo Nando. Revi também meus sobrinhos e alguns amigos. Voltei pra Seropédica onde ministrei na igreja Congregacional à noite (igreja de Keyla). Dormi outra vez em Paracambi.

17.09 – Denise e Alice.

Denise é uma grande amiga que desde quando fui às missões nunca me deixou de abençoar em orações, ofertas, amor e carinho. Sempre mantivemos contato ainda que demorasse a falar-nos de novo. À noite foi aniversário de Dª Alice, mãe de Denise. 75 anos. Fiquei tão feliz de estar lá. Foi bom demais. Durante o dia ainda pude rever, mesmo que rapidamente, alguns amigos de anos atrás. Foi bom.


Disciplina Quebrada.

Nesses dias de idas e vindas. Minha leitura Bíblica foi quebrada. Estou quase terminando de reler a Bíblia mais uma vez e dessa vez aplicando-me ao estudo mais profundo. Mas essa semana foi bem difícil de fazê-lo como estava fazendo.

Essa semana termina com meu coração ardente de felicidade pelo fato de que o Pai ter me feito ver seu agir em vidas de pessoas tão simples, mas cheias de amor pela Vontade do Pai. Isso sim foi impactante. Obrigado Senhor pela vida dos meus irmãos!

Quem despreza o dia das coisas pequenas?” Zacarias 04.10.

19 de setembro de 2011

POEMA - Sussurro


"Quando os ventos sussurraram seu nome,

Não cri que eu fosse merecedor de tal dádiva,

Nas correntezas do mar que navegamos

Você tornou-se o porto que Deus construiu com Suas próprias mãos.

Se quando te vejo sinto-me debilitado por tal sentimento,

Você é minha fraqueza que tornou-me forte.

Qualquer palavra, por mais simplória que seja,

Torna-se ditosa poesia quando ditas

Ao sussurrar de sua voz.

Seus olhos são faróis a me guiar em mar bravio,

E seus lábios destilam mel

Para saciar a fome deste soldado,

Tão machucado e maltratado pela guerra no deserto!"

ALLAN CROSS para alguém que tem se tornado alguém especial na minha vida

14 de setembro de 2011

Diário Nº 36 - Peregrinações Pt. 02 - Quando o Tempo Passa - 04 a 10 de Setembro de 2011


MINHA FAMÍLIA - AMO VOCÊS!

"Olha o mar, imenso é o mar,
O homem não consegue dominar
Mas para o Senhor, ele é como uma simples gota de orvalho,
Olha o céu infinito azul
O homem não conhece os seus limites
Mas o Senhor pode abrangê-lo com um só relance de seu olhar.” Josué Rodrigues.

Ainda me impressiona as coisas que acontecem em minha vida. Os momentos que Deus reserva pra mim são indescritíveis e mesmo no meio de toda minha correria, eu percebo o quanto o Pai me ama e o quanto Ele se revela nas coisas simples e nas coisas grandiosas como Sua Própria Natureza.

Nesse período, além das minhas viagens, reencontrei com amigos maravilhosos e tive bons momentos com minha família o que não tinha há quase 07 anos! Em cada detalhe vi a mão do Senhor abençoando. Eu só tenho a agradecer-lhe. Obrigado Jesus.

04.09 – Pregação.

As coisas simples tem me alegrado. Se Deus me levou à Campinas e me fez sentir amado pelos irmãos que Ele me deu pra serem meus irmãos. Deus levou-me à Bahia pra perceber o quão maravilhoso são as coisas simples. Conheci gente simples e apaixonada por Jesus Cristo. Os cultos nos lares. A fala simples e o entendimento da Palavra que é simples e profundo. Coisas que muitas vezes precisamos rever e amar outra vez!

De manhã fui à escola dominical e um novo convertido dava aula. Foi tão bom ver a visão dele da Bíblia que trouxe ali coisas que eu nunca tinha pensado. À noite fui ministrar numa igreja Batista e ali falei sobre Missões e sobre a Bondade de Deus. O povo da Igreja Batista foi muito atencioso.

05 a 06.09 – Jantar e Amizade.

Acredite: Eu que fiz!
Na segunda não deu certo ir com Jonhatas e André à Porto Seguro. Mas passei o dia preparando um jantar para os irmãos que conheci e me apaixonei da Igreja do Pr. Consuelo e da Missionaria Laurisete. Foi tão bom a noite ver todos os irmãos reunidos. Foi um tempo de Koinonia muito bom.

Minha terça foi tranqüila. À tarde, o pastor Antonio foi conversar comigo sobre uma possível volta à Bahia e à noite ministrei em outra igreja Batista. Foi muito bom estar ali e Bruno, um dos amigos que o Pai me deu lá foi lá me acompanhar. Fiquei tão feliz ao vê-lo entrar por aquelas portas. Passei a admirar seu amor por Jesus. Depois ficamos na casa do Pr. Consuelo, com ele sua esposa e Marcela, esposa de Bruno conversando. Como foi bom estar ali!

07.09 – Feriado.

Foi um dia tranqüilo e apesar de feriado vi o povo baiano trabalhando bastante. Foi muito bom passar o dia com os irmãos. Era meu último dia lá. À noite fomos a mais um culto nos lares. Rever as coisas simples e poderosas pode ser mais impactante (e realmente é) do que palavras eloquentes. Foi tão bom ver o Evangelho sendo proclamado por aquele povo que ficará gravado para sempre em meu coração.

08.09 – Adeus à Itabuna – Um reencontro depois de 04 anos.

Sentirei Saudades do Povo de Itabuna
Meu último dia em Itabuna foi tranqüilo. Acordei tarde devido ao cansado dos dias anteriores. Almoçamos e me despedi de Laurisete e Consuelo. Eles foram mais do que bênção em minha vida. Me trataram como um irmão. Fizeram o melhor pra mim e marcaram minha vida. Despedi-me deles, seus filhos, meu amigo Bruno e meu amigo Nyldo levou-me ao aeroporto. Durante o caminho conversamos muito. Deixei Ilhéus às 15 horas e quase perdi o vôo. Despedi de meu amigo Nyldo e ali sentira que ganhara mais um grande irmão.

Quando o vôo chegava à Salvador ouvi a música acima de Josué Rodrigues. Enquanto o avião descia olhava a lua que despontava mesmo à tarde. O mar que era iluminado pelo Sol e a sombra do avião na água. Pensava em como Deus é grande e o quanto sou pequeno diante de Seu Poder. Sorria ouvindo essa música. Pensava em Deus e orava...

Enquanto esperava me vôo pra São Paulo Que seria somente às 2 da manhã. Jefinho foi ao meu encontro e conversamos sobre planos futuros em Missoes. Jefinho foi meu amigo de base e começamos o treinamento no Radical juntos praticamente. Foi gratificante estar com ele. Eu me abri com ele sobre muita coisa e tentamos resumir em poucas horas o que aconteceu com nossas vidas nesse período de 04 anos.

09.09 – Reunião Familiar Depois de Quase 07 Anos.

PAI
Peguei O vôo às 02 da madrugada. Na verdade às 03 da manhã, pois ele atrasou. Cheguei a tempo no Tietê de pegar meu ônibus pra Juiz de Fora. Estava ansioso. Finalmente, meu pai, mãe, irmã estaríamos os 04 juntos depois de quase 07 anos. Deus reservou esse tempo e meu coração pulava de alegria. Dormi a viagem toda. Cheguei às 15 horas lá.

Minha irmã, meu pai, minha mãe... Como foi emocionante pra mim. Saímos. Conversamos... Enfim... Difícil expressar em palavras. Obrigado Senhor...

10.09 – Aula na Assembléia de Deus.

Logo pela manhã fui buscar Glaílton, amigo da missão que me ajudaria a dar uma aula de Visão Global numa Assembléia de Deus e falar sobre missões. Apresentei-lhe Minha família e logo ao almoçarmos fomos à igreja. Lá demos aulas pra 10 pessoas, mas foi impactante pra nós e pra eles. Percebia a sede deles por saber mais sobre missões, mais ainda da parte do pastor. Foi muito bom estar com eles.

Voltamos pra casa e curti um pouco mais minha família.

Leitura Bíblica: Jeremias 16-50, Tiago 04-05 e I Pedro 01-05

5 de setembro de 2011

Diário Nº 35 – Peregrinação – 28 de Agosto à 03 de Setembro de 2011.

Com essa moto, Nildo e eu atingimos 205km/h.
De Itabuna à Caminho de Itacaré

Como disse anteriormente, os dias que se seguiram à partir do dia 26 de Agosto seriam dias de peregrinação. Em poucas semanas passaria por diversas cidades. Nessas cidades eu sabia que o Pai prepararia algo especial pra mim. E Ele o tem feito. Tenho conhecido pessoas maravilhosas, visitado lugares deslumbrantes, tido momentos emocionantes, visto Deus agir de maneiras totalmente inesperadas e contemplado seu agir na vida de pessoas ao meu redor. A única coisa, que nesse momento, posso fazer é agradecê-lO.

Obrigado Senhor pelo teu Amor e graça que se derrama sobre e me permite contemplar coisas tão maravilhosas que fica difícil expressá-las em palavras. Tu és tudo pra mim e eu preciso de Ti mais do que qualquer outra pessoa em minha vida. Obrigado por trazer o sorrir verdadeiro.

28.08 – CAMPINAS – Amigos Que Pra Sempre Estarão Em Meu Coração.

Diego, Thiago, eu, Ana e Ju - Amigos que se tornaram
minha família
.
Levantei pela manhã e Diego me deixou na igreja para Escola Dominical. Lá Thiago anunciou de púlpito que daria aula para as crianças. Embora não soubesse que o faria e nem havia preparado nada, fui assim mesmo. Foi muito bom ao final. Falamos sobre a África e creio que as crianças gostaram também.
Após isso fiquei conversando com Anderson e Flávio, pessoas que se tornaram de igual modo especiais pra mim.

À tarde, Ju e Diego preparam um maravilhoso almoço. Pude desfrutar da presença de Thiago, Ana Paula, Valmir e sua namorada, além, é claro, de Diego e Juliana. Foi tão bom estar ali com eles. Conversar, compartilhar. Falar de Deus, principalmente.

À noite fomos ao culto e o congresso culminou com a palavra de Pr. Adilson, de igual forma importante para a igreja sobre missões. Fui pra casa feliz com tudo que ocorreu e com a demonstração de carinho de tantos irmãos daquela igreja! E é tão bom sentir-me Igreja em tantos lugares que tenho ido! Irmãos de diversas igrejas e denominações que te fazem sentir parte do Corpo. A Igreja Batista Boas Novas de Hortolândia me faz sentir assim e sou grato a Deus por isso.

29.08 –SÃO PAULO – MAUÁ – ATIBAIA – Amigos Que Me Fazem Sentir Parte da Família.

Logo cedo despedi-me de Diego e Ju. Fui pra São Paulo e depois de um extenso engarrafamento cheguei ao Tietê. Encontrei-me logo que cheguei com Pr. Israel que faz um trabalho muito importante com uma empresa chamada Evangevida para seguro de vida. Eu precisava de algo do tipo.

Alexandre, meu amigo e irmão de Atibaia, encontrou-se comigo e levou-me pra almoçar. Conversamos sobre muitas coisas. Estar com ele é sempre muito bom e toda vez que me encontro com ele parece que nos vimos no dia anterior. Depois de almoçarmos ele me levou a Mauá e me deixou na casa de Driellen, uma das alunas do Uniasia. Foi bom estar com ela e nos encontramos com Jonhatas e André, também do Uniasia. Voltei pra Tietê. Alê me pegou lá e levou-me pra Atibaia onde revi Paulinha e João! Foi ótimo estar com eles.

João Paulo e eu conversamos, e muito, sobre missões. Foi bom estar com ele. Dormi em sua casa.

30.08 – ATIBAIA, SP – SALVADOR, BA – Um Amigo que não via há dois anos.

Despedi-me de João e Paulinha. Alê levou-me pra Guarulhos onde peguei meu vôo pra Salvador. Cheguei por volta das 15 horas. De lá fui pra casa de Moisés, um grande amigo que foi do Revolution Teen (projeto da Missão) e que depois de um acidente em 2009 ficou impossibilitado de continuar por um tempo com missões. Mas foi maravilhoso ver sua recuperação! Deus agindo na sua vida e restaurando-o.
Foi ótimo estar com ele e ver que ele tem a mesma alegria de quando eu o conheci em 2007! Conheci sua mãe e irmão e seu fisioterapeuta. Moisés é mais do que um exemplo pra mim e preciso sentar e aprender com ele.

31.08 a 02.09 – SALVADOR, BA – ITABUNA, BA – Amigos que Deus Faz Nascer Nas Viagens.

Deixei a casa de Moisés pela manhã e cheguei Em Ilhéus por volta das 14 horas depois de viajar pela Azul, linhas aéreas. Realmente fiquei impressionado com o avião. Simplesmente lindo. Eu estava indo pra casa de Consuelo.

Eu pensei que quem me buscaria na rodoviária fosse ele, mas quem me buscou foi um membro de sua igreja chamado Nildo. Eu não sabia, mas nos dias posteriores ele se tornaria uma pessoa muito querida por mim.
Na quarta revi Consuelo e sua esposa Lau, que fez parte do Radical 1. Foi ótimo estar com eles. Principalmente ouvir as histórias de Lau. Isso me abençoa muito já que sempre admirei a todos do projeto Radical.  Isso muito me impressiona.

Na quinta ministrei à noite na Igreja Batista Missionária. Foi muito bom compartilhar com os irmãos. Conheci pessoas  ali e irmãos apaixonados por missões.

03.09 – ITABUNA – ITACARÉ – Um Amigo Com Quem Me Identifiquei.

Pela manhã, Nildo levou-me de moto até Itacaré pra conhecer esse lugar. Simplesmente impressionante! A visão que se tem desse lugar é incrível. A natureza se impõe de tal forma que não há como não gostar!
Nildo e eu Diante de uma praia de Itacaré. Esse cara tem um impressionante
amor pelas almas. Novo convertido e um exemplo de cristão
.

Na estrada, fomos com uma Hornet 600 cilindradas e ele atingiu uma marca de 205 Km/hr. Foi simplesmente incrível. Que sensação diferente! Sem palavras pra descrever. O frio na barriga e a sensação de que medo. Adrenalina pura. Gostei demais!

Me identifiquei muito ao Nildo e este se tornou mais um irmão pra mim, assim como seu primo Bruno. Além disso, Consuelo e Lau têm me tratado tão bem que nem sei como explicar como é bom estar aqui na casa deles.

À tarde Consuelo e eu fomos à uma escola onde falamos sobre missões á um seminário e à noite preguei numa casa no que chamamos de cultos nos lares. Falei sobre João 14.06 e havia gente ali que não servia a Jesus Cristo. Foi bom.

Fomos à um futebol. Enquanto íamos olhava a Lua e falava com alguém especial que está há 3000 km de distância. Olhávamos o mesmo brilho, a mesma Luz... O mesmo sentimento. Foi tão bom...

Nildo, Consuelo e Bruno foram jogar bola e eu, cansado, fui dormir no carro. Pensava em Deus e sentia um sorriso no meu rosto diferente. Estava amando ver as coisas simples da vida cristã outra vez. Prestar atenção nelas e sentir o quanto elas são importantes pra o prosseguir. Era como se Deus me fizesse dar valor a elas outra vez. Isso muito me alegra e me traz bons sentimentos e sentidos outra vez. Obrigado Senhor...

IMPÉRIO 2:

Eu louvo a Deus, pois muitas pessoas que leram meu primeiro livro amaram, mas infelizmente não consegui uma editora e por falta de grana não pude produzir o segundo de maneira independente como fiz com o primeiro. Então decidi postar os capítulos nesse blog o que farei toda a Sexta-Feira. Espero que meus leitores gostem da continuação. 

Leitura Bíblica: Isaías 49-64; Jeremias 01-15; Tiago 01-03.

O SENHOR PRESERVAR OS PEREGRINOS” – Salmos 146:09a



Eu falando ás crianças em Campinas no início da semana sobre Missões.

2 de setembro de 2011

IMPÉRIO II - parte 1





IMPÉRIO 2 - O MASSACRE NO PAÍS CELESTE





Rio de Janeiro, 17 de março. 23:00h.

Eu realmente não sei por onde começar, até porque eu nunca escrevi um diário antes, mesmo quando eu era adolescente. Mas agora sou obrigada a escrever sobre isso, pois o que vi, o que ouvi, o que senti e o que vivi não se poderá jamais contar em palavras. Embora seja uma pessoa cristã, o que me sobrou agora é o medo. Vi o livramento de DEUS, mas o medo voltou.
Escrevo esse diário pois se me acontecer o que está acontecendo aos meus amigos espero que esse diário ajude a alguém encontrar respostas que eu mesmo ainda não descobri, ainda que tenha vivido na pele toda a situação. Não é necessário relatar aqui o que me aconteceu pois todos sabem pelos jornais o que nos aconteceu nesse último carnaval. Embora saiba que os próprios noticiários mentiram e muito sobre todos nós.
A questão principal é que se não pode confiar em ninguém mais. Em tudo vi a traição. Vi a mentira e estou com medo de confiar em minha própria família. As coisas que vou relatar nesse caderno serão totalmente verdadeiras, mas trocarei os nomes das pessoas e os nomes dos lugares. Mas saiba, se você não me encontrar mais ou se você, seja quem for, não me conhecer, fiz parte dos 28 do fatídico dia 24 de fevereiro deste ano quando um grupo de 28 pessoas desapareceram e foram dadas como mortas. Sofremos. Vi amigos morrerem torturados, mas na mídia tudo se passou como um simples campo de drogas como acontece com os cartéis e as milícias da Colômbia. Algo tão difícil de acreditar, mas que a sociedade engoliu tão facilmente.
 Desde esse incidente tenho me sentido vigiada. No mercado, há cinco dias atrás, depois do culto fúnebre que fizemos em homenagem aos amigos que não voltaram daquele INFERNO, quando comprava ovos para a janta, havia um homem loiro e alto de camisa regata me observando. Sei que os homens fazem isso, mas em cada gôndola que passava vendo os preços das coisas ele me acompanhava. Senti medo.
Senti como se milhares de demônios me observassem. Pensei em avisar o segurança da loja. Porém, prometemos um ao outro de não contar o que ocorreu a ninguém. Ficamos com medo de envolver mais alguém, nossa família, amigos, etc. Também não sabemos se alguém de nossa família está envolvido. Depois que descobrimos que a esposa de um dos nossos irmãos estava envolvida, começamos a desconfiar de todos. Passamos a nos reunir em segredo como se estivéssemos num país baixo perseguição religiosa.
Compartilhamos algumas coisas e percebemos que o mesmo medo que sinto agora está no meio de todos nós. Como se já não bastasse isso, estava junto com uma amiga na qual vou chamar de ANA, no elevador de um prédio no centro da cidade quando a energia foi cortada. Bem, a energia acabou, mas sinceramente, depois descobri que a energia foi cortada pelo que aconteceu depois.
Quando a luz acabou e ficamos presas entre o décimo sexto e décimo sétimo andares, senti algo apertar meu estômago. Era o medo? Sensação estranha? Intuição? Não sei! Apenas decidi sair de um jeito ou de outro. No meu desespero, ANA tentava me acalmar então disse pra ela que era momento de sairmos dali. Ela achou que era coisa da minha cabeça, mas aprendi a ouvir minha intuição. Então, com as forças que tinha, abri a porta que na verdade estava já meio aberta com ajuda de ANA. Então saí tentei puxá-la, mas não consegui. Ela caiu. Eu estava de frente a um corredor enorme, e escuro.
Então ouvi passos na minha direção. Os passos se apertaram e engoli a seco. Não conseguia pensar. “O que está acontecendo?” Perguntou minha amiga. Mas eu não podia falar. Pensei então em fugir e esquecer a promessa e pedir ajuda a alguém. Falei pra ANA ficar quieta que buscaria ajuda não me importando mais em guardar segredo.
Então procurei as escadas onde estava mais claro e percebi que os passos me seguiram. Comecei a descer as escadas o mais rápido que podia. As escadas eram em forma de caracol. Comecei a gritar socorro, mas derrepente parecia que não existia mais ninguém naquele prédio. Ninguém me Ouvia. “ANA” pensava. “DEUS A PROTEJA” orava. Não sabia o que pensar. O barulho de alguém atrás de mim me dava medo. Então saí na rua movimentada da cidade. Olhei pra trás. Ninguém me seguia. Ao olhar para as janelas do prédio, vi as luzes se ascenderem. A energia havia voltado. Recuperei meu fôlego e tentei ter coragem para voltar e me encontrar com ANA. Voltei. Desde esse dia, três dias se passaram. Não vi ANA desde então. Ela desapareceu’’.



CAPITULO I

O ENCONTRO


Uruguai, país vizinho de Argentina e Brasil. O País do mate, do doce de leite, das murgas, e de Gardel. País com seus quase 4 milhões de habitantes tem a metade concentrada em Montevidéu. Quando se fala de futebol, não há um só uruguaio que não fale e “se lembre” do glorioso dia quando, no Maracanã, Uruguai ganhou a Copa do Mundo do Brasil por 2x0 em 1950.
O uruguaio está sempre nas ruas falando sobre as últimas notícias. Na cultura uruguaia é assim, eles falam sobre tudo, e o que você pergunta eles tem sempre uma opinião para colocar... À partir daquele dia eles teriam muito mais para falar, mas não poderia ser dito livremente nas ruas. Eles teriam muito à falar muito mais para temer! 

24 de Fevereiro. 23:08h.

O presidente do Uruguai estava sentado em frente a TV vendo os noticiários do canal 7 como sempre fazia. Em sua casa o silêncio era notório. Os peixes no aquário faziam uma dança com aquela luz verde fluorescente. O barulho das bolhas na água disputava com o som baixinho da TV. Mil coisas passavam na cabeça do presidente, inclusive decisões importantes que ele teria que tomar no palácio legislativo quando se reuniria com os deputados na próxima semana. Reuniões importantes. Família. Tudo vinha na sua cabeça. Estava cansado. No noticiário falava de tantas coisas que haviam acontecido, não somente no Uruguai, como ao redor do mundo. O medo do islamismo. Atentados em diversos lugares. A crise de saúde na Ásia. Um acidente com um carro em Madri, Espanha, que havia matado cinco pastores. Complicações na bolsa de valores e o peso uruguaio cada vez mais desvalorizado em relação ao dólar... Intervalo.
Perdido em seus pensamentos seu olhar se desviava para a parede azul recém mudada, os quadros egípcios que havia comprado em sua última visita ao Cairo uma linda espada shaolin que ficava ao lado de uma cabeça de alce. Fotos da sua candidatura. Cochilou.
Em poucos minutos em rápidas lembranças, via em sonhos seu último encontro com um homem que lhe fez propostas que mudariam pra sempre o destino do país.  Sua decisão: “Não!”. A ameaça: “Você vai pagar caro por isso!”. Aquela frase ecoava e desaparecia numa névoa. Acordou. O noticiário voltava o assunto do acidente em Madri. Com aquele “entre sono”, não havia percebido que na sua parede algo havia mudado. Algo não estava lá. Recostado ao sofá marrom, tentava prender sua atenção à TV.
Sentiu alguém se aproximar atrás dele e pelos passos sabia quem era. Levantou apenas o olhar. Ele sorriu. Mas quem o olhava não esboçou nenhuma reação. Apenas levantou as mãos para cima juntas e nelas a espada shaolin. O sorriso do presidente se tornou apenas a última lembrança de quem o olhava.  A espada atravessou parte do rosto entre os olhos saindo um pouco pelo pescoço e entrou novamente no seu corpo em seu peito. A pessoa que o fez, saiu sem esboçar nenhum sentimento. O país perdia seu presidente. A TV ainda falava do acidente que havia ocorrido em Madri...

A b W

10 de março, 08:22h.

A viajem até o Uruguai de ônibus não era algo que qualquer um gostava, mas ele estava disposto a passar o que fosse e descobrir o que aconteceria. Agora não como missionário, mas fingindo ser um. De todo o ciclo de amizade e conhecidos que tinha antes do seqüestro dos jovens no carnaval, somente uma pessoa sabia quem ele era e acima disso, sabia que ele estava vivo.
Ricardo sabia que era um homem no qual precisava de todo o modo, mais do que nunca, estar mais firme em sua fé. Somente ela o faria continuar. Somente ela o faria resistir. O ferimento a bala do tiro que levara por salvar Carlos, seu irmão, ainda doía. Mas a separação do irmão doía mais.
Ele pensava em todas as suas perdas. As traições que sofreu. Ele não conseguia nem mesmo apreciar a viagem. Pegou sua identidade e riu meio que entre os dentes: “Javier Lavalleja Antiches”. Seu nome. Seu novo nome. Sua identidade falsa.
Seus documentos todos feitos em Rivera, um departamento de Uruguai que faz divisa com Brasil. Ali há uma mistura muito grande do espanhol com o português, então não seria problema pra ninguém acreditar que ele seria um uruguaio caso ele falasse um pouco de “portunhol.” Além disso, seus três anos de espanhol no curso lhe ajudaria um pouco também. Era só agregar à isso o sotaque “uruguacho”.
Ele pensava nas diversas coisas que fez... Nunca havia imaginado que seria levado a fazer tantas coisas como o fez naqueles dias tão terríveis. Lembrava de cada cena. Como quando lutou com um homem dentro de um rio. Das pessoas que teve que ferir inclusive sua própria esposa... Se sentia culpado pela morte de um deles, ainda que não houvesse matado com sua próprias mãos. Tantas culpas... Mas sabia que havia tomado uma decisão: a de continuar. Seguir em frente.
Entretanto tinha um medo: não das coisas que poderiam acontecer. Tinha medo se chegaria o tempo de decidir entre matar ou morrer. ‘Deus nunca deixe isso acontecer’ Orava. O medo sobre isso era claro. Era palpável. O que pensar? Não tinha muito pensar. A única coisa que teria que pensar agora era o encontrar seus seis amigos que lá estavam servindo como missionários e como disse Safira, ir descobrir o que o Império planejava pra ele no Uruguai.
Ele sabia que chegaria a rodoviária Tres Cruces quando chegasse ao Uruguai, então pegaria um táxi até o endereço que lhe haviam dado. O ônibus parou pra que os passageiros tomassem e comessem algo. Ainda falta quase catorze horas pra chegar ao destino final. Os dezesseis passageiros desceram do ônibus. Enquanto ele sentou com seu chocolate quente e seus quatro pães de queijo, olhava o noticiário da Rede Globo.
Entre muitas notícias do Bom Dia Brasil, Pois ainda estava no Brasil, uma se destacava: A tomada do Exército nas ruas do Uruguai e a posse do novo presidente, Boulevart José. Seu discurso não interessava. O que era interessante era que finalmente haviam descoberto quem havia matado o outro presidente a exatos quinze dias atrás: seu próprio filho de dezoito anos. Foi um choque para todo o país.
Segundo o noticiário, haviam encontrado provas contundentes que seu filho o havia matado, embora, segundo ele, negasse com muita ênfase. Com a morte do Presidente e a prisão do único filho, a esposa do presidente morto havia dado um tiro na cabeça. Parecia que uma onda de maldições estava sobre o Uruguai. O povo estava triste. Cada um que dava entrevista não deixava de expressar o quanto estavam estarrecidos com os acontecimentos. Mas é claro, qual povo ou nação não estaria? Ao ouvir as notícias seus pensamentos voavam. Pensou em ligar pra alguém. Foi a um telefone público e discou o número de um celular, à cobrar. Ainda que fosse da pessoa mais próxima a ele, era novo o celular e precisa olhar o papel a anotação. No terceiro toque a pessoa ao outro lado atendeu.
- Alô?
- Carlos? – Falou Ricardo com a ótima sensação de estar falando com seu irmão...

Continua...

1 de setembro de 2011

Diário Nº 34 – Quebrantado – 21 a 27 de Agosto de 2011.


Dentro do que fazemos, não importa o que seja parece que alguns momentos tudo se torna tão frívolo que deixamos, algumas vezes, de ter a mesma “paixão” que tínhamos. Seja na vida secular ou espiritual parece que enfrentamos as mesmas coisas.

Na vida de cristão que levo, há momentos que tudo parece ser tão normal. Tão simples. Tão estranho, mesmo aquilo que um dia vivi com tanta paixão. No meu caso o meu amor às missões, várias vezes, pareceu deteriorar-se e mesmo falando sobre isso é estranho pensar que às vezes tudo se torna tão normal de uma maneira que realmente não deveria ser!

São nesses momentos que precisamos ser quebrantados pelo Senhor. Tocados por seu Espírito e envolvidos por Seus braços, e, por mais poético que pareça ser, é tão palpável tudo isso que escrevo que fica impossível de não ser real à medida e no momento que acontece! Deus reservaria pra essa semana um momento que há muito não sentia em relação às missões e que me daria novo fôlego pra tudo ao meu redor.

21.08 – Pregação “inesperada”.

Levantei domingo e como não tinha nenhuma viagem marcada (o que é atípico) quis cultuar em uma das igrejas de Monte Verde. Decidi ir à Igreja Assembléia de Deus Madureira. Queria parar e ouvir algo, mas ao chegar lá o pastor me chamou para pregar. Ele nem me conhecia. Mas por eu ser da Missão e descobrir isso, me chamou. Preguei sobre o quanto Deus é bom baseado em Salmo 136. Falei 30 minutos exatos, creio. Foi bom estar ali. Três pessoas aceitaram Jesus. Depois Juarez e eu jantamos na casa de Jean. Foi ótimo estar ali. Amigos maravilhosos. Infelizmente um deles se tornaria mais um em que estaria partindo de volta à sua Terra.

22-23.08 – Trabalhos Atrasados.

Foi o tempo de tentar colocar em ordem os trabalhos que na semana anterior não consegui fazer. Me irritei por mesmo atrasado não ter conseguido terminar e percebo o quanto detesto ficar preso a um PC digitando e digitando trabalhos!

Um dos meus amigos compartilhou comigo algo a que cri ser muito importante no qual passamos a orar. Passamos a sair às noites e orar pela base. Uma determinada questão relacionada ao terreno da missão passou a me preocupar e passei a orar por isso também. Meus amigos e eu!

24.08 – De Volta à Casa de Regina

O dia foi tranqüilo e à tarde, Juarez, Mark e eu fomos (eu novamente) à casa de minha amiga Regina e fizemos uma mudança pra ela. Foram três horas bem pesadas! Mas terminamos!

25.08 – Esdras 03.08-15.

Acordei de madrugada para preparar a mensagem que pregaria pela manhã. Preparei um texto de Esdras e ministrei sobre isso. Foi muito bom estar ali e falar da Glória de Deus. Falei sobre o fazer tudo pra Glória de Deus e que o mais importante é queremos isso. Tudo que fizermos a Glória de Deus, o Deus dessa Glória tem que ser nossa intenção.

26.08 – Ida à Campinas.

Diniz perdeu a carona pela manhã para voltar á sua casa. De certa forma fiquei feliz já que teria meu amigo mais um tempo pra compartilharmos e foi o que aconteceu. Descemos juntos. Ele iria pra BH e eu pra Campinas. A ida pra Campinas marcaria o início de minha peregrinação nos próximos 2 meses de mobilizações por várias cidades: Campinas e São Paulo-SP, Salvador, Ilhéus e Itabuna na Bahia, Juiz de Fora em Minas, Seropédica e Rio de Janeiro capital, Monte Verde, Belo Horizonte em Minas culminado com Caldas Novas em Goiás.

Foi maravilhoso estar com Diego e Juliana, ainda mais sabendo que eles seriam pais. Amigos amados com quem tenho profunda amizade. Isso pra mim é maravilhoso. Tê-los como amigos é um grande presente.

27.08 – Renovo.

Pela manhã, Diego e Felício me levaram pra pescar. É a segunda vez na minha vida que vou pescar e não pesco nada. Acho que os peixes não gostam de mim! De qualquer maneira a companhia dos dois foi mais que maravilhosa. Estar com eles foi bom demais.

Passei a tarde na casa do Diego. À noite fomos ao Congresso de Missões. Revi Thiago, Ana Paula e tantos outros irmãos preciosos demais pra mim. Ao falar sobre mim Thiago disse que eu era como irmão de sangue pra ele. Isso pra mim foi algo importantíssimo. Fiquei muito feliz e eu sinto o mesmo por ele. Mesmo com pouco tempo, partilhamos alegrias e tristezas numa pequena conversa...

Um pastor chamado Fabiano da JMM pregou e ao falar sobre a África e ao contar seus testemunhos eu comecei a chorar. Ele falou quase 2 horas, mas eu o ouviria mais 02 horas se precisasse. Sentir Deus me quebrantar completamente ali. Saí dali regozijando e querendo ir logo pras Missões transculturais. Foi algo importante pra mim e o Pai me quebrantou! Obrigado Senhor.

Ali, senti-me renovado. Embora houvesse picos de sentir-me inútil as vezes. A gente começa a reparar o que outros fazem e isso de certa maneira ofusca o que temos feito ou realça o que não temos feito. Aí precisamos aprender a confiar que a Vontade de Deus é o mais importante e sua Soberania nos consola, principalmente quando Ele diz que não é tempo de irmos e que, por enquanto, nosso campo é aqui, treinando outros pra que possam ir.

Chorei e "fiz uma aliança" com o Senhor. A escrevi em minha Bíblia para que nunca mais a esqueça. Que o Pai me ajude a honrar aquilo que falei, aquilo que escrevi e que Ele seja louvado sempre! Adorado sempre! Exaltado sempre. E que eu seja, agradecido sempre, rendido sempre diante dEle e de Sua Vontade. Não eu... Não a minha, mas a dele. Para Sempre!

Aquilo que o Senhor me trouxe diante daquela mensagem renovou minha vida extremamente. Mesmo depois que saí da igreja, minha mente estava no Senhor tão fortemente que eu não pensava em outra coisa que não fosse estar com o PAI, adorá-lo e me render... Ao chegar em casa de meu amigo foi o que fiz...

Texto Bíblicos: Isaías 01-42, Hebreus 13



Diário Nº 33 – Conversas e Dores – 14 a 20 de Agosto de 2011

Mais uma semana que fora marcada por muitas conversas com diversos amigos. Obviamente fica difícil expor tais conversas aqui. Entretanto foi uma semana onde precisei estar pronto pra ouvir. Não somente ouvi, falei... Outros também me ouviram. Alguns chorei junto, outros choraram comigo. Creio que o texto de Tiago 5.16 foi bem notório em minha vida esta semana. Agradeço a Deus por isso!

14.08 – Dia dos Pais.

Ainda em Juiz de Fora, acordei pensando que iria ficar somente com meu pai e mãe nos dias dos pais. Entretanto, minha tia Rute foi nos buscar onde estávamos e levou-nos à casa do meu avô onde toda a família da minha mãe estava reunida para não somente comemorar os dias dos pais como o aniversário de minha tia Marta. Em meio a vários tios e primos percebia o quão atípica podem ser nossas famílias. Vi primos que só sabia da existência, mas que já estão com 15 anos! :/ 

De qualquer maneira foi ótimo estar ali. Ri e me deixei sentir esse âmbito de família. Mesmo em meio a tantas diferenças entre uma família de cristãos e não cristãos. Onde ora se tocava pagode no som e ora músicas cristãs, refrigerantes e cervejas... O assunto pauta sempre um: “DEUS”.

Fomos pra onde meus pais vivem, e à noite despedi-me deles e parti com os planos de retornar para Juiz de Fora no início de Setembro para um trabalho missionário. Se tudo correr bem, minha mãe, pai, minha irmã e eu estaremos os 4 juntos, pela primeira vez em 7 anos.

15.08 – Mais de 04 Toneladas.

Cheguei de madrugada em Camanducaia naquele frio de quem já conhece tal região. Dormi no Hotel Central, pois o ônibus subiria apenas por volta das 8 da manhã. “Dormi” não! Não consegui dormir! Ao chegar a Monte Verde por volta das onze, minha liderança me pediu para que descesse de caminhão com Jean pra Bragança Paulista. Mesmo cansado fui com ele e enchemos um caminhão de mais de 4 toneladas de pequenos “postes”. Jean e eu! Foi punk! Mas estar com Jean, um amigo e obreiro da missão, foi gratificante. Como eu sempre digo: “não importa o que se come, o importante é estar junto”. 

16-18.08 – Conversas.

Terça e quarta eu tive os trabalhos “normais” na missão. Escritório, etc. Além disso, as conversas com os meus amigos marcaram meus dias. Conselhos, orações, e um sentimento maravilhoso que invade cada vez mais meu coração por alguém que tem se tornado muito mais que especial pra mim.

Nesse período não só ouvi. Ouviram-me. Pude chorar. Pude orar. Pude consolar outros que choravam. Pude clamar ao Senhor. Estivemos em constante oração. Foi um tempo bom e de muita meditação.

19.08 – Adeus.

O clima desse dia não foi o dos melhores. Apesar do aniversário do meu amigo David, nos despedimos de algumas amigas que partiriam. Uma na sexta e outra na segunda próxima. À noite estive com David, Juliana, Gaby (uma grande amiga do Pará e que veio pra ficar conosco esses dias), Driellen, Glaílton e Diniz (um amigo que fora do Uniasia, saiu e retornou pra dar aula aos novos alunos) Boni, Sueli e eu. Foi maravilhosa nossa noite.

20.08 – Mudanças.

Minha semana termina com a ajuda a uma amiga que voltara dos EUA e me pedira pra ajudar na mudança de sua casa. Fiquei lá desde meio-dia até às dez da noite. Cansativo, mas bom.

Leitura Bíblica da Semana: II Crônicas 01-36, Hebreus 06-12