23 de março de 2011

Diário Nº 14 – Do Outro Lado do Rádio – 13 a 19 de Março de 2011.


“Como se fosse uma neblina no vento
Mudando a forma de qualquer pensamento
Como uma estrela iluminando um desejo
Pelo espaço no calor de um beijo
Como se alguém chegasse vindo do nada
Ao som apaixonado de uma balada
Como se um grande amor viesse num raio
E apagasse o que não se acende mais
Do outro lado do rádio”
Victor Chaves

Finalmente, depois de quase 1 ano estive com meus pais novamente. Isso só foi no final da semana. E nesses momentos, estar perto das pessoas mais importantes pra nossas vidas, os momentos precisam ser aproveitados e vividos. “Vividos” não significa estar ali apenas, mas “vivenciar” o momento, senti-lo como único e intransferível. Na verdade os momentos ao lado de quem amamos é assim! Um momento pra curtir. E o porquê escrever um trecho da música de Daniel, direi ao final deste relato de como foi minha semana.

13.03 – Domingo de Uma Boa Conversa.

O dia foi calmo na base. Permiti-me dormir um pouco mais e levantei ás 8:30 da manhã. Fiz meu devocional, fiz meus exercícios e tomei meu café com aqueles que já haviam se despertado. O dia todo estava ainda na expectativa da minha viagem à noite. Como disse no diário anterior, meu tempo em Monte Verde seria rápido. Cheguei sexta à noite de viagem e sairia domingo à noite.

Durante o dia, conversei um pouco com Everson, um dos líderes da base, que nesses anos se tornou um grande amigo. Em longas conversas e desabafos, conversamos, oramos... À noite ele me levou ao ponto de ônibus com sua esposa e me deixaram lá. Saí da base às 18:30h e cheguei em Petrópolis às 6:30 da manhã da segunda feira.

14 a 17.03 – Petrópolis.

Passei a semana em Petrópolis dando aula num seminário onde conheci pessoas maravilhosas. Ministrei aulas sobre missões e sobre os povos não alcançados pra um grupo de 8 pessoas: Gerson (Peru), Arturo (Argentina), Letícia e Felipe, Orízia, Gildete, Ana Paula e Jane. Estar com eles foi uma ótima experiência. Minha oração é que Deus os use muito.

Além deles, reencontrei Zazá, uma missionária que conheci em Uberlândia – MG e conheci outras pessoas que trabalham com missões também com Vilza, Leide, Cris e outras pessoas maravilhosas.

As aulas aconteciam manhã, tarde e noite. Assim como foi em Paracambi há duas semanas, aconteceu em Petrópolis. Dar aulas para alunos que estão sedentos por conhecer mais de missões e que querem fazer missões, é extremamente gratificante.

18.03 – Ponto Alto.

Depois de dias de neblinas: O famoso “russo” em Petrópolis, finalmente o Sol apareceu. Gerson me levou a um lugar onde o pessoal salta de para-glide. Muito lindo lá.


À noite subimos novamente com alguns alunos e cantamos e oramos um pouco. Foi ótimo conhecer aquele povo! Sentirei saudades de vocês!


19.03 – Do Outro Lado do Rádio.


Jane e Ana Paula deixaram Leide, Vilza e eu na rodoviária de Petrópolis. Cada um de nós iria pra um lugar diferente. Eu fui ver meus pais em Juiz de Fora, já que estava tão perto deles (1 hora e meia de lá.) Ao Invés de voltar por Sampa, eu voltaria por Juiz de Fora.
Ao chegar lá nos lugares onde meus pais estão morando, foi bom ver que consegui fazer uma surpresa pra eles. Apesar de todas as dificuldades que enfrentam é bom estar juntos, mesmo que seja apenas por um pouco de tempo.

Quando citei sobre os momentos, existem momentos que eles se eternizam na mente. Algo que sempre meu pai gostou de fazer comigo quando nos reencontramos é colocar uma música que ele ouviu e gostou. Aí sentamos e ficamos meditando sobre a letra.
Dessa vez, a música que ele quis colocar foi uma música de Daniel: Do Outro Lado do Rádio. Ele pôs em DVD e ficamos assistindo. É bom curtir esses momentos. Estar com eles dois é sempre bom...

Lágrimas em Família.

Aproveitei pra rever meu avô e minhas tias. Uma delas sofreu certas situações em relação à saúde recentemente. Ao me ver ela chorou. Algo semelhante aconteceu quando fui ao Rio. Em todas as situações eu pensava o quanto Deus é Deus independentemente dos nossos sofrimentos. E Deus se revela muito nessas situações. Eu quis chorar, mas me segurei ali. Enfim... Fica difícil citar determinadas coisas por estar falando de situações de outros, mas penso o quanto precisamos orar pelas pessoas que amamos e aos de nossas casas, principalmente.

Voltamos para o lugar onde meus pais estão residindo e conversamos um pouco. Jantei finalmente o que minha mãe preparou. Sinceramente, tenho viajado por muitos lugares ao redor do país e comido coisas deliciosas, mas nada, nada se compara à comida de mãe... Por mais simples que seja, realmente é bom comer aquilo que ela nos prepara.

Continuo pedindo ao Pai pela Salvação da minha casa inteira e creio que um dia isso acontecerá. Depois de muito tempo, tive boas conversas com meu pai...

Minhas meditações essa semana estiveram em Juízes 07-21, João 07-21, I Samuel 01-04, Atos 01-04 e Salmos 130-136.

Se creres no Senhor Jesus, serás salvo tu e a tua casa” – Atos 16:31.

19 de março de 2011

Diário 13 – Mudanças – 06 a 12 de Março de 2011



"Seja a Mudança que você quer ver no mundo" Dalai Lama.

Querendo ou não, sempre estamos passando por constantes mudanças. Muitas são visíveis. Outras são tão internas que às vezes nem mesmo você as conhece ou reconhece que estão acontecendo. É difícil explicitar quais a que mais têm influência ao teu redor. Alguns dizem que são aquelas que são de fora pra dentro. Outros acham que são ao contrário. Com o passar do tempo creio que se percebe que ambas são igualmente boas ou dolorosas. Igualmente fortes ou sem valor algum. De cada âmbito delas, elas trazem algum resultado pra sua vida e vamos aprender a suportar, aceitar ou apenas deixar passar, sofrendo, se alegrando ou apenas observando os resultados que ela trouxe a tua vida e aqueles que estão ao teu redor.
06.03 – Aurélio e Eu.
Levantamos cedo pela manhã e nos preparamos para ir à São Paulo. Aurélio, meu amigo boliviano de sotaque carioca é uma das pessoas mais especiais pra mim. Apesar de que nesses seis anos que nos conhecemos por várias vezes estivemos longe um do outro contiuamos com uma forte amizade. Ele iria pra uma igreja de amigos meus ministrar enquanto eu iria para o Rio de Janeiro reencontrar os membros de minha igreja num retiro de carnaval. O carnaval já havia começado, mas eu só poderia ir nos dois últimos dias. Fiquei observando na rodoviária do Tietê até o momento que buscaram meu amigo e parti pro Rio então. Saímos de Monte Verde cerca de 9:30 da manha e só cheguei no Rio às 23:30. Pr. Jessé e Pra. Nelma me buscaram na Rodoviária. Eles me levaram pra o sítio e mesmo na madrugada eu pude estar com pessoas maravilhosas que há algum tempo eu não via.
07-08.03 – Retiro da PIBB
Estar com meus amigos novamente foi renovador pra mim. Rever Caio e Juliana, Paloma e Rafael, Dani e Thiago, Cristina, Tathy, Caio e Diogo, Felipe, A família do Leandro, Luciana e Jorge, meu irmão Anderson e tantos, tantos outros foi muito bom. Além desses estive com João e Vítor com quem tive boas conversas. Foi realmente abençoador pra mim.
08.03 – Campo Grande
Tive uma triste surpresa ao tentar rever minha família lá em Campo Grande. Na verdade esse dia pra mim não foi bom. Falar sobre ele não quero, prefiro esquecer. Minha família havia se mudado e eu não sabia. Enfim... O único fator bom pra mim foi rever a família do Pr. Elissandro além de rever Denise e sua mãe, alguns tios e primos, pessoas que amo realmente. São algumas mudanças das quais falei e nas quais precisamos estar aptos a enfrentá-las da melhor maneira possível quase sempre!
09.03 – São Paulo.
Leandro, uma das pessoas mais cristãs que conheço levou-me a rodoviária logo pela manhã. Ele é uma pessoa especial. Defini-lo é difícil, mas ele realmente ama a Cristo e isso é notório! Obrigado Leandro! Fui pra São Paulo e ainda precisava passar em dois lugares antes de subir pra Monte Verde. Precisava fazer dois favores a dois missionários que me haviam pedido antes mesmo da minha viagem. Vendo que eu não teria tempo hábil pra subir a tempo de tomar o ônibus, um dos meus amigos que havia tentado marcar um encontro para estamos juntos antes que subisse à Monte Verde, Adailton, me chamou pra estar com ele em sua casa. Conheci sua mãe que é uma pessoa maravilhosa. Estive com ele no bairro em que mora e andamos um tempo e conversamos bastante. Foi realmente gratificante estar com ele.
10.03 – De volta a casa... Mas por poucos dias.
Meu amigo me levou até a rodoviária do Tietê e de lá voltei pra Monte Verde. Foi bom estar com minha família (Família Horizontes) outra vez. Mas esse dia a única coisa que fiz a tarde, depois que cheguei (por volta das 11h30min) foi dormir. À noite conversei com meus amigos Aurélio e Tiago e o dia foi-se. De qualquer maneira eu sabia que só estaria ali mais o sábado já que eu viajaria no domingo.
11.03 – Trabalhos.
Passei o dia adiantando os trabalhos (ou na verdade fazendo o que não fiz nos dias de viagem). Nem mesmo joguei um vôlei quando meus amigos estavam jogando já que era dia de folga. Mas enfim...

Eu percebi algo essa semana. As mudanças bruscas me levam a refletir muito no futuro. Só que mais uma vez vi o quanto não quero aceitar mentiras e lutas que o mal insiste que eu tome como verdade. Não! Essas mudanças não afetarão minha vida com o Pai mais! Assim lutarei pra viver. Fico triste por não conseguir rever minha família. Espero que o Pai me dê essa oportunidade outra vez!
Minhas meditações dessa semana foram: Josué 16-24, Lucas 16-24, Salmos 112-129, Juízes 01-06 e João 01-06.
Mas nós que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos e não agradar a nós mesmosRomanos 15.01

12 de março de 2011

Diário 12 – Escuridão – 27 de Fevereiro A 05 de Março.

A luz pensa que viaja mais rápido que tudo, mas está errada. Não importa quão rápido a luz viaja, descobre que a escuridão sempre chega antes e está a sua espera.Terry Pratchett.

Sei que é sempre difícil falar sobre esse tipo de coisa. Entretanto, é fato que lutamos contra a escuridão que assola nossas almas. Sempre! Embora não falemos ou não a explicitemos, ela está ali. A questão é o quanto “deixaremos” a Luz iluminá-la e dissipá-la. Outra questão difícil é descobrir até onde e o quanto deixaremos a Luz entrar. Quanto tempo deixaremos as nossas janelas abertas para que o Sol que nunca se põe ilumine lá dentro, aquecendo tudo que antes era frio e amedrontador.

Mas ela está ali. Esperando pra ser iluminada. Esperando e temendo ser dissipada. Algum dia acontecerá. Algum dia ela terá que deixar de existir. Quando? Não sabemos. Mas seu destino traçado está. É nossa esperança. Se não tivermos essa esperança, como continuar então? Calados? Gemendo? Chorando escondido? Não... Ela se dissipará... Enquanto isso não acontece o que resta pra muitos é a ambigüidade da esperança e desesperança guerreando dentro de um só coração.
27.02 – Madrugada. Moto, Frio e Estrelas. (na foto ao lado, esquerda pra direita, Thomaz, eu e Alexander)


Como disse anteriormente minha semana começou meio doida. Alexander que ainda estava comigo depois que Thomaz voltara à sua casa levou-me para um passeio de moto. Saímos por volta da meia noite e meia e subimos a serra saindo de Paracambi e fomos em direção a Mendes e Paulo de Frontin. Passamos pelas duas cidadezinhas e na serra escura, eu podia ver as estrelas, sentado na garupa da moto. Em uma curva, não dobramos direito e quase batemos numa rocha ou algo do tipo. Minhas pernas tremiam. Alexander, percebendo isso, me perguntou o que estava sentido. Eu disse que era frio. Na verdade era mais do que isso!

Chegamos sãos e salvos, graças a Deus, de volta ao Hotel e ao final de tudo, foi muito bom estar com aquele novo amigo. Conversamos até umas 3 da madrugada. Às 5 da manhã, um irmão da igreja me buscou pra levar-me à rodoviária. Dormi cerca de 2 horas apenas. Tentei me encontrar com Chris, meu amigo americano, mas não deu certo, infelizmente.

Desencontros.

Ainda naquele domingo, além de não conseguir encontrar com Chris, não consegui encontrar com meus amigos que eu dormiria na casa deles pra seguir viagem pra Monte Verde no dia seguinte. Meu celular estava descarregado e não tinha como checar os telefones de outras pessoas nas quais poderia estar em suas casas. Além de todos os telefones que me haviam passado estarem errados! O único ponto positivo foi encontrar com meu amigo Natan, antes de todos os meus desencontros, na rodoviária Tietê e termos uma boa e agradável conversa quase três horas. De Rio a São Paulo ainda conheci um Mochileiro de Israel, Tel Aviv. Naquela noite voltei pra Camanducaia e perdi o último ônibus pra Monte Verde o que me fez dormir num hotel. Infelizmente gastei dinheiro que não poderia ter gasto.

28.02 – Novos Alunos.

Chegando a Monte Verde, passei o dia juntos aos meus amigos Aurélio e Tiago mudando de quarto já que no lugar que estamos morando no seminário passaria a ser somente de alunos. Terminamos a arrumação mais de meia noite. Novos alunos chegaram.

01.03 – Meu Livro Outra Vez.

Sei que muitas pessoas que leram meu livro gostaram. Entretanto, fora lançado de maneira independente. Até hoje não havia conseguido uma editora pra reeditá-lo e publicá-lo. Isso me fez desistir já que dia 15 de Março fazem dois anos de seu lançamento. Wanderson, um amigo meu de BH, conversou comigo nesse dia e me fez repensar em muitas coisas. Deu-me novo ânimo e ele chegou a acreditar que meu livro pode ser grande sucesso. Em alguns momentos eu percebi que ele estava acreditando mais no potencial de tudo isso do que eu mesmo. Isso me animou e me deu mais uma prioridade para este ano de 2011: A reedição do meu livro. Se essa for a vontade do Pai, que assim seja. Obrigado Wanderson.

02.03. – Brás: Reencontro com Grandes Amigos do Pará.

Acordei de madrugada e fui de carona para São Paulo com Jean. Ele me deixou em um metrô e fui ao Brás reencontrar com meu amigo Lucas e os novos alunos que ele traria do Pará. Fui lá pra ajudá-los com os locais pra comprarem as coisas mais baratas que eles necessitavam para trazerem para Monte Verde para o treinamento. Passamos o dia juntos, andamos bastante, mas foi muito bom estar com eles: Lucas, Alesson, Iza, Izalene e Wanderson além de duas meninas que não tinha conhecido: Larissa e Elaine. Dormimos perto de Guarulhos na casa de um casal de senhores muito receptivos.

03.03 – Dia comum.

Eu voltei pra Monte Verde e trouxe Alesson comigo. O restante do pessoal ficou ainda em São Paulo pra terminar de fazer algumas coisas. Chegamos no final do Culto e o dia foi tranqüilo apesar de fazermos algumas coisas na base.

04.03 – Escuridão.

Como citado acima, muitas vezes não falamos sobre isso. Às vezes acontece em nossas mentes batalhas quase impossíveis de serem descritas. Explicitá-las em palavras é uma tarefa árdua e quando dita, quase nunca com propriedade. Assim foi minha sexta-feira. Houve momentos que queria chorar e é claro que nos dias de hoje, em meio a nossa igreja evangélica é quase impossível de ver alguém falar sobre isso. Entretanto, confesso que quando me abro com pessoas sobre nossas batalhas da mente, pessoas se abrem comigo e, mesmo sendo batalhas diferentes, todos nós enfrentamos algum tipo de escuridão. Talvez Paulo chame de espinho na carne; talvez São João da Cruz a chame de A Noite Escura da Alma e mesmo alguém como Nietzsche, um dos filósofos mais ateístas de sua época, falou sobre tal escuridão em seus livros. Cristãos ou não, lidamos com ela. A questão é: até que ponto a deixaremos crescer ou se personificar ou até que ponto lutaremos com ela dando nosso sangue? Essa é uma difícil escolha e uma grande batalha! As batalhas estiveram na minha mente e um dos meus amigos conversaram comigo um pouco e foi bom. É interessante e maravilhoso termos amigos que sabem o que passamos simplesmente pelo nosso olhar. E quando perguntam: "Está tudo bem?", é muito mais do que uma pergunta corriqueira. O pessoal do Pará chegou e foi bom tê-los aqui além de vários outros alunos.

05.02 - Visitantes.

Abigail e suas amigas Helen e Raquel nos visitaram aqui na base. Pena que foi pouco tempo ao lado delas. Foi bom estar com elas. Muita chuva. Bastante conversas marcaram meu dia de sábado. Wanderson não conseguiu vir pra Monte Verde e acabei desencontrando com Wladimir, um amigo de Rio Preto – SP. Muita lama na estrada de Monte Verde e um frio que não me incomoda. Em todas as coisas, Deus é sempre bom!

Uma semana já corriqueira pra mim. Encontros, reencontros, novas amizades e trabalho na base e na estradinha tentando colocar entulhos na lama para que os carros consigam chegar à missão. Novos desafios surgem apesar das mesmas lutas. Nesses dias minhas meditações estiveram nos seguintes capítulos da Bíblia: Salmos 95 a 111; Josué 01 a 15 assim como Lucas, também de 01 a 15.

Pequeno sou e desprezado, porém não me esqueço dos teus mandamentos. A Tua Justiça é uma justiça Eterna, e a Tua Lei é a Verdade. Aflição e angústia se apoderam de mim; contudo os teus mandamentos são o meu prazer. A justiça dos teus testemunhos é eterna; dá-me inteligência, e viverei.Salmo 119.141-144.

3 de março de 2011

Diário Nº 11 – Planos e Viagens – 20 a 27 de Fevereiro de 2011



Sorria! Sorrir abre caminhos, desarma os mal-humorados, contamina. Mas sorria com a alma, não apenas com os lábiosLea Waider

Marasmo. 20.02

Meu domingo, assim como o sábado foi bem tranquilo. Eu decidi escolher um final de semana de cada mês para não fazer nenhuma viagem e poder descansar. Mas estar parado tem momento que me aborrece. Meu domingo não foi diferente. Entre algumas percepções, meu semblante não era dos melhores. Estava triste por dentro e não queria falar sobre isso... Com ninguém! Passei o dia refletindo sobre o que fazer na minha viagem como mochileiro. Essa viagem tem me deixado “so exciting”... Bem animado. Acho que no domingo foi a única coisa que realmente me animou.

Diferente de Domingo. 21.02

Segunda, depois de treinar logo cedo, fui pra o devocional e pude ministrar nesse dia. Trabalhei no escritório e traduzi mais um artigo da web site em espanhol. Um casal de amigos missionários veio morar em Monte Verde e fui ajudá-los na busca de uma casa para aluguel. Conversei com Beto sobre as aulas de inglês e marcamos pra semana seguinte. Minha comunicação com o pessoal da Mochileiros tem crescido e isso também tem me animado e ajudado bastante.

Um dia de Reunião – Planos e Ideias. 22.02

Esse dia aconteceu a reunião com todos os obreiros e voluntários da base. Começamos 9 da manhã e terminamos quase às 17 horas. Foi maravilhoso poder traçar planos e ter novos desafios e ajudar no que for necessário. Ao final do dia, uma das minhas dívidas foi quase a zero e isso me deixou muito feliz. À noite preparei minha mala pra viajar pra São Paulo e depois pro Rio de Janeiro.

Reencontros em São Paulo. 23.02

Dificilmente viajo o horário que viajei pra São Paulo nesta quarta, mas saí às 8 horas da manhã. Everson, que tem se tornado um grande amigo e companheiro, me levou até o ponto. Minha mala estava cheia de livros e me deixou lá. Encontrei Danúbia no Ônibus e desci com ela até Camanducaia. Conversamos bastante e falamos sobre as aulas de inglês também além de vários outros assuntos. No Tietê reencontrei um amigo que Deus me deu n o Pará em outubro de 2010. Fui ajudá-lo a andar em São Paulo pra procurar algumas coisas em sua igreja. Nos hospedamos na nova casa de Nando e Nessa. Foi tão bom ver Deus abençoando-os e ver que o Pai deu-lhes uma igreja apaixonada por missões. Teve culto e depois de um de nós dormir a tarde toda J, participamos do culto. Seu término deu-se com uma longa e apaixonada oração por missões.

Santa Efigênia. 24.02

Esse dia lembrei-me o quanto não gosto fazer “pechincha”. (rsrs)Saí com o Zezinho e fomos a vários lugares ver preço de câmeras, etc. Rimos muito e conversamos bastante, mas percebo que pesquisar preços não é o meu forte. No caso dele, vejo que ele o fez muito bem. Realmente naquela rua (Sta. Efigênia) há muita coisa legal. Mas sem dinheiro, prometi a mim mesmo não fazer nenhuma conta até pagar minhas dívidas e ter minha viagem e mesmo fazendo tudo isso não quero entrar em outras dívidas tampouco... Apesar de o meu pé doer por andarmos de cada loja daquela rua e redondezas, foi bom estar com ele. Zezinho e eu chegamos por volta das 18:30 na casa de Fernando e estar com ele, Nessa e Júlia foi gratificante. Conheci sua pastora que é uma pessoa maravilhosa. Gostei muito dos irmãos daquela igreja.

Viagem. 25.02

Despedimo-nos deles. Zezinho e eu seguimos para o Rio de Janeiro. Ele desceu na Av. Brasil e eu fui pra Rodoviária Novo Rio. Lá, pastor Jorge e sua esposa, duas pessoas maravilhosas, me buscaram e me levaram para Paracambi onde ministraria uma aula sobre missões no dia seguinte. Depois de jantarmos ele me deixou num hotel da cidade. Pude descansar da viagem e preparar mais um pouco algo do que falaria no dia seguinte.

Povo Apaixonado. 26.02


Uma das aulas mais gratificantes que fui ministrar até hoje. A recepção e o carinho com o qual eu fui tratado foi tocante. Realmente não mereço tal cuidado e fico feliz que Deus me tem dado pessoas assim. Além disso, enquanto ministrava as aulas, percebia o quanto aquelas pessoas daquela igreja, daquela sala especificamente, impulsionadas pela secretaria de missões daquela igreja, estavam tão envolvidas, apaixonadas, desejosas de missões! Cada pergunta, cada adendo abrilhantava a aula e me trazia muitas reflexões enquanto eu ministrava. Creio que Deus os usou pra me deixar mais apaixonado por missões. Dei aulas das 09:30 da manhã até às 17:30. Pude reencontrar meu amigo Thomaz, morador de Paracambi e que havia conhecido ano passado. Ao final da aula, despedi dos meus irmãos desejando estar um pouco mais ao lado deles. Jantei com meu irmão Aldeci e depois fui pro Hotel. Lá Thomaz e Alexander, (este último, um dos alunos do curso) ficaram comigo. Conversamos.

Nesse período consegui contato com meu amigo Chris, dos Estados Unidos, que está no Brasil e estava no Rio. Marquei um encontro com ele para revê-lo depois de 4 anos no local que ele estava. Thomaz foi embora antes de meia noite e fiquei com Alexander um pouco mais. Decidimos fazer uma pequena aventura, mas como isso foi depois da meia noite, só escreverei no próximo diário...

Algo loco aconteceu...

Uma Semana Que Ficará no Coração.

Às vezes, nós missionários, reclamamos das igrejas que não tem feito missões. Entretanto, muitas vezes, nossa visão também está limitada. Não só pelo fato de não olharmos pra nós mesmos, sejam nossos erros e pecados, sejam nossos pré-julgamentos. Entretanto, apesar de toda a dificuldade que realmente a igreja enfrenta o Senhor tem levantado diversas pessoas ao redor do Brasil e do mundo que têm estado apaixonadas por missões, maravilhadas com a obra e vontade de Deus e fazendo tudo o que podem pra que o Reino de Deus seja expandido. Glorifico a Deus por esses lugares que tenho visitado e visto pessoas fazendo coisas que eu, que recebi um título de missionário, às vezes, não tenho feito. Louvado seja Deus nessas vidas. E agradeço a Deus por conhecê-las. Elas são um exemplo pra mim e muito tenho a aprender com elas. Louvado seja Deus pela igreja de Nando e Nessa em Santo André. Louvado seja Deus pela igreja do Pr. Jorge em Paracambi. Louvado seja Deus por cada um dos amigos que Deus me deu nesses lugares.

O justo florescerá como a palmeira, crescerá como o cedro no Líbano. Os que estão plantados na casa do Senhor florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice ainda darão frutos; serão viçosos e vigorosos, para anunciar que o Senhor é reto. Ele é a minha Rocha e nEle não há injustiça.Salmos 92.12-15