29 de junho de 2011

Diário Nº 25 – Vulnerável – 19 a 25 de Junho de 2011.

Amar é ser vulnerável. Ame qualquer coisa ou pessoa, e o seu coração provavelmente será partido. Se você deseja mantê-lo intacto, não dê seu coração a ninguém. Evite qualquer envolvimento, mantenha-o trancado com segurança no caixão do seu egoísmo... O único lugar onde você pode estar perfeitamente seguro dos perigos do amor é no inferno.” C.S.Lewis

A frase acima, escrita por C. S. Lewis, talvez, exemplifique toda minha inconstância dessa semana. Se posso ser sincero com aqueles que lêem constantemente esse meu blog posso dizer que minha semana não foi uma das piores, entretanto, tampouco foi a das melhores. Foi uma semana, de certa forma, vazia.

Se essa vida que levo me leva a conhecer muita gente maravilhosa, também me leva a sentir falta dessas mesmas pessoas maravilhosas quando estou longe delas. E mesmo depois de todos esses anos, é algo que não consegui me acostumar. Na verdade não quero me acostumar com a idéia de estar longe de todos e se apático quanto a isso. Tampouco quero deixar a saudade tirar a alegria da solitude com o Senhor. Preciso aprender e reaprender sempre a achar o equilíbrio entre essas coisas ao passo de não me esquecer de estar com o Pai quando tenha a oportunidade e me acostumar ao ciclo que essa vida me propõe.

Depois que retornei do Pará, me senti estranho comigo mesmo. Assim como o Uruguai, creio que o Pará tem um forte “poder” de me deixar saudoso quando estou longe. No ano passado aconteceu isso e agora, o ciclo voltou. Creio que não é somente a saudade, mas também o próprio relacionamento com o Senhor quando dá alguma “baixa” por falta de investir tempo real com o Pai... Isso pode trazer grande influência.

E se há algo que tenho medo, mais do que qualquer outro medo que possua, é o estar longe do Senhor por minha causa. Creio que os outros medos podem ser vencidos de alguma forma. O estar longe do Senhor pode fazer com que nossa carne se agrade disso e se acostume de tal forma que se a misericórdia do Pai não vier sobre nós pode ser irreversível. Concordem ou não, esse é um caminho pelo qual não quero nunca percorrer.

19.06 – Domingo... E simplesmente um Domingo!

O primeiro dia da semana foi corriqueiro. Como não estava viajando ou trabalhando na base o que fiz foi simplesmente estar com as poucas pessoas que restavam na base. Foi um dos dias onde a saudade dos meus amigos e família veio de uma forma tão forte que houve momentos que quis me isolar um pouco mais e tentar orar. Nesses momentos parece que sua oração se torna vazia. Os sentimentos que te cercam parecem mais fortes que a própria fé de que o Pai está te ouvindo. Prometi a mim mesmo que mudaria e não lamentaria...


20 a 22.06 – De volta ao trabalho.

As questões corriqueiras da Base retornaram. Trabalhos no escritório, reuniões com obreiros de base, oração por situações específicas. A noite chegava e aquele sentir retornava e o pensar nos meus amados irmãos, amigos e famílias voltava como onda forte e arrasadora. Mas de qualquer maneira, de pé! Não é a primeira vez que isso ocorre e com certeza não será a última!

Na conversa com minha liderança, certas cobranças foram feitas e conselhos dados sobre meu futuro. Diante de todos os alvos a serem alcançados, vi o quanto pareço estar distante de suprir todas as necessidades, inclusive finaneiras, que se me aparecem, mas mais uma vez sou impelido a confiar. E o quão difícil é o confiar nessas horas!

Fred Berry, um ministro da Palavra da Rua Azuza, chegou e passou alguns dias conosco. Ele foi muito usado por Deus lá no Pará no ano passado e veio passar dias de descanso depois de intenso período de pregações desse ano.


23.06 – Base Vazia.

Na quinta-feira não tivemos culto pela manhã, já que à noite teríamos um culto, ministrado por Fred Berry na pequena vila de Monte Verde onde reuniria mais de 150 pessoas. Todos foram menos eu. Fiquei cuidando da base e durante umas 5 horas, o frio da noite cobria toda “nossa casa” enquanto sozinho assistia seu reinar. O frio estava demais naquela noite. Conversei com alguns irmãos pela net e nessa noite fui dormir bem tarde.


24 a 25.06 – Pedra Partida.

Lucas, Juarez, Tiago e eu fomos à Pedra Partida (2.050 metros) em Monte Verde onde passaríamos a noite. Deveria estar cerca de 02 graus ou menos no topo da montanha. Passamos à noite ali onde conversamos um pouco e esperaríamos o amanhecer para contemplar o espetáculo que produziria o nascer do Sol.
Ao som de Jesus Culture no celular de Juarez chorei ao ouvir uma das canções e reparar como estava meu coração naquele instante. Orei ao Pai. Na letra da canção em inglês uma frase dizia “uma palavra vem à minha mente: Santo”. Essa frase era o que minha alma necessitava naquele instante. Não tive como não chorar ao Pai.

O sábado amanheceu e a neblina nos cobria. Ainda sim vimos o espetáculo que a natureza nos trazia. Simplesmente maravilhoso! Sempre vejo Deus na natureza que nos cerca e quando minha alma está pesada pelas batalhas da vida que levamos, estar diante da natureza me faz ver Deus agindo em cada detalhe me mostrando o quanto Ele me ama.

À noite fui à vila com Juarez e Tiago e estive um pouco com a família de Humberto e Danúbia. Passamos um tempo bom juntos.


Extreme Unity.

Passei a semana também produzindo um vídeo sobre a aula que ministro para tentar levantar outros alunos, seja de igrejas ou empresas, para que de certa forma, também consiga recursos necessários para meu trabalho missionário. Batizei a aula de Vida em Equipe de Extreme Unity (unidade extrema) para que possa ter outros alunos, ainda que não sejam missionários.


Saudades.

Como disse C. S. Lewis, se nos fecharmos ao amor, realmente protegeremos nosso coração do Sofrimento ou da saudade que nos abate quando estamos longe dos amigos e família. As vezes essa nos deixa desnorteados ou nos faz sofrer devido a distância. Mas uma coisa é certa: prefiro a dor da saudade e do sentir falta ainda que me deixe sem chão por um período de tempo do que não ter o privilégio de amar. Amo minha família, amo meus amigos, amo aqueles que conheci nesse ministério. E continuarei amando e sentindo falta, mas ainda prefiro amar a “proteger” meu coração desse mesmo amor por não querer que ele sofra!


25 de Junho de 2011. Pedra Partida Monte Verde - MG às 06:45 da manhã.
2.050 metros.

22 de junho de 2011

MEU LIVRO IMPÉRIO



O Último exemplar que estava em minhas mãos foi finalmente passado à frente. Depois de 1000 cópias editadas de maneira independente e desde o lançamento em 15 de Março de 2009, venho trabalhando correndo atrás de editoras e pessoas que possam editar esse livro e sua continuação. Além dele, tenho 6 obras escritas (incluindo Império 02 e 03). Sei que muitas pessoas leram e gostaram dessa obra embora entenda que um livro como esse, (ficção cristã) possa não ter boa aceitação junto às editoras. Entrentanto fica aqui mais uma vez, um pedido àqueles que o leram que possam deixar seus comentários, torcendo assim pra que um dia, alguma editora possa interessar-se por essa história e as demais.

PS: Ao deixar seu comentário, por favor, coloque sua assinatura, a cidade e o estado de onde você e se possível sua idade. OBRIGADO

21 de junho de 2011

CACOS















Quando tudo que sobra de tudo que faço
São apenas cacos espalhados ao chão
Pedaços daquilo que foi um espelho
Retrato, reflexo da alma
Nem mesmo um grito te salva nessa hora.
Ninguém te ouve
Ninguém vem ao teu encontro
No desespero de se recompor
Depois da batalha travada
Contra o mal que invade e que te cerca
Lutamos e não descobrimos
Se somos pessoas boas lutando contra o mal que se nos oferece
Ou se somos pessoas más lutando para ser boas diante das circunstâncias que se nos aparece.
Na luta evasiva de fugir de tudo isso
Os cacos continuam ali.
Se antes era apenas uma única imagem
Agora são pedaços de nós mesmos.
Cada pedaço uma história.
Cada história um motivo a mais para chorar...
Consolo não há e o que resta ainda é um grito.
Grito... Choro, outro grito.
Ele revela mais do que belas palavras
E belos discursos!
Não somos tão bons quanto aparentamos
Não somos tão perfeitos como queremos
Não somos tão intactos como imaginaram
Não somos tão belos como desejaram nossos pais.
Não somos tão fortes como queríamos que fôssemos.
Somos mais frágeis do que imaginamos,
Mas não há um selo de frágil nesta caixa que guarda nossa alma!
Nós mesmos o tiramos e colocamos "SOU FORTE"
Vieram, e mesmo sabendo que isso não era verdade,
Arracaram a caixa, balaçaram o mais forte que podiam
E o espelho caiu ao chão!
O que sobrou? Cacos!
Nos cacos não há como esconder a dor
A ferida aberta por mais uma noite vazia e sem fé.
Cacos espalhados ao chão
Outro lugar a mais para sofrer
A dor que invade e não pede licença
Sonhos partidos
Corações feridos
E na alma um desejo de ser de novo aquilo que um dia se foi
Ou voltar a ilusão de que tudo era real
Ilusão, utopia. Dimensão do imaginário
Cacos... Realidade da dor.
E alguns... Alguns insistem em quebrá-los mais.
Torná-los menores do que são
Mais dor, palavras são pés que pisam
E o estilhaçam!
Cacos...A espera de um milagre...
Alguém que possa recompor...
Reconstruir... Restarurar
Reviver... Restituir.
Mas ainda sim,
Na tortura do momento mais difícil de sua vida
Nem mesmo os cacos podem dizer ao contrário:
Ainda existe um milagre...

Alan Vieira 19.06.2011
Continua...

19 de junho de 2011

DIÁRIO Nº 24 - Na Escuridão do Silêncio - 12 a 18 de Junho.






"O que depende da nossa força para ser feito, Também depende da nossa força para não ser feito!" Aristóteles.





Há momentos em nossas vidas que o silêncio angustiante invade nosso ser de uma forma tão poderosa que nos deixa quase sem chão. Muitas vezes esse silêncio vem depois de um tempo maravilhoso. Falar sobre esse silêncio, muitas vezes, nos envergonha. falar sobre ele nos atemoriza de certa forma e muitos de nós o traduzimos de diversas maneiras. O silêncio pode ser traduzido como uma angustia, um momento de solidão onde ninguém que você ama está contigo, uma perda, uma dor, etc. Quando eu falo sobre silêncio eu cito exatamente onde minha fé vacila, onde meus pés caminham pra longe de Deus e perto de mim mesmo.

Ao estar perto de mim mesmo percebo o quão longe de tudo mais estou, e acima de tudo, do Senhor. Minha fé esmurece, meu coração passa a duvidar das coisas mais singelas e falta palavras para que traga o verdadeiro consolo. Embora muitos pudessem dizer muito e qualquer coisa, reconheço que é nesse tempo que o silêncio passa a não ser mais um inimigo, mas um amigo que me ensina a confiar em Deus. Se não fosse por ele e por esses momentos tão vazios, talvez, eu nunca aprenderia o real valor da Graça de Cristo. Mesmo ainda passando por esse momento, eu sei que em algum momento tudo isso findará. E mesmo que no ciclo desse caminhar ele volte, cada vez aprenderei algo novo.

Por enquanto fica o desejo que essa escuridão termine e que a luz de Cristo brilhe Forte dissipando as trevas em que minha alma insiste em caminhar. Que esse silêncio, talvez causado por mim muitas vezes por não desejar o Senhor como deveria, possa ser coberto cada dia mais por seu Amor e por Sua Graça.

12.06 - Último dia do Rejoadi



Ainda nesse dia, tive duas oportunidades no Rejoadi, (Retiro de Jovens da Assembléia de Deus de Icoaraci). Em um deles, na verdade o último, oramos pelas nações em cima de um mapa gigante. Depois chamei jovens que estavam dispostos a morrer para si mesmos e irem às missões. Representando isso (APENAS COMO UM SÍMBOLO) pedi para os jovens deitarem e orarem assim. Colocamos sacos plásticos negros como se eles estivessem mortos. Foi um momento maravilhoso.

Saímos dali bem tarde. Cheguei na casa do alan mais de meia noite onde dormi. Estava cansado. Aquele congresso foi muito importante pra mim!

13-15.06 - Pará, um Estado Maravilhoso!

Pela manhã, Alan foi ao serviço e eu fui pra Tabor, onde estava hospedado. Dormi a manhã toda já que no congresso quase não dormimos. Durante aqueles dias, que seriam os últimos no Pará, revi amigos, visitei o Mosqueiro com meu amigo Augustinho, revi pessoas maravilhosas como a Gabi, André e Zezinho além de conhecer um rapaz chamado Jó a quem se tornou grande amigo. Além deles estive com Débora, Suê e Bia do teen o que foi de igual modo importante pra mim. Deixei o Pará com aquele desejo de "querer ficar mais". O Pará se tornou o Estado que mais amei estar de todos os que já visitei nesse tempo de missões (13 Estados). Ali fiz amigos e o clima e as pessoas são realmente espetaculares!

16.06 - De volta à Monte Verde.

No início da madrugada, um amigo de Pr. Waltinho me levou ao aeroporto. Estava tão cansado que ao entrar no avião eu apaguei! Acordei já em São Paulo. O frio era notório. Diferente do Pará com seus 30 graus!

Silêncio.

Durante a viagem de volta, pensava naquilo que escrevi acima. O meu silêncio com Deus. Minhas dúvidas. Meus anseios. Minhas angústias. Percebo que por mais que saibamos de muitas coisas que nos diz a Palavra de Deus, não basta saber, precisa descer ao coração! Ouvindo música, eu chorava por dentro. O vento que tocava meu rosto ao abrir a janela do ônibus me fazia pensar o quão afastado de Deus ficamos. É um ciclo quase interminável numa luta constante e angustiante de querer desejá-lo e o não querer por perto!

Eu creio que há alguns que realmente conseguem essa proeza de "ter" Deus sempre por perto. Sentindo-O e apaixonado por Ele. Mas existem os momentos em que parece que Ele está tão longe. Por mais que filosofemos ou poetizemos certas coisas, parece que nunca, ninguém jamais encontrará uma resposta cabível para o fim desse ciclo tão doloroso.

Se tudo isso não passa de um ciclo pelo qual todos os cristãos precisam passar, e se esse ciclo é fato, o fato é que estou na era do silêncio. Sei que dizer "era" pode ser presunção. Mas como não ser uma "era" quando o se passar um minuto sem "ter" Deus parece ser realmente uma "infinita enternidade"?

Subi em direção a Monte Verde. Orando... Pensando... Silêncio...

A escuridão desse maldito meu silêncio me assombrava! Ali uma confusão invadiu minha mente, era o Silêncio de Deus para comigo ou o silêncio de minha falta de fé tomou conta do meu ser?

A Noite dei minha última aula de Espanhol aos meninos da vila em MONTE VERDE antes de entrarmos de férias dessas aulas já que é alta temporada em Monte Verde de turistas e todos os jovens trabalham até mais tarde. Voltaremos somente em Julho com as aulas outra vez. Mas foi interessante ver que eles estão avançando na fala e no entendimento do Espanhol.

17-18.06 - Cobranças.

Claro, citar tudo aqui num blog que pode ser lido por tantas pessoas pode ser evasivo demais. Entretanto, posso dizer que voltei ao trabalho e é claro às mesmas cobranças de sempre. É bom, na verdade, que isso aconteça. Colocar os trabalhos em ordem. Rever coisas e terminar aquilo que deixei pendente. Tudo isso para tentar deixar tudo bem...

Meu sábado foi chato e com toques de ira por minha parte. Num dia como esse qualquer coisa tem um incrível poder de te tirar do sério. Um deles foi meu MP4 (com 19 dias de uso) dar um problema irreversível. Ainda bem que a base é bem grande e podemos gritar à vontade pra "tirar" o stress (rsrs). Além de tudo aquilo que tinha falado, ficou a saudade do Pará. Queria ter estado na festa do centenário das ASSEMBLÉIAS DE DEUS no Brasil. Estar com meus amigos seria maravilhoso também. Aqui todos viajaram e ficamos somente poucos alunos e eu. O que de certa forma atenuou tudo aquilo que vinha sentindo.

A semana termina me deixando tão reflexivo e com o Desejo de ver Deus nas coisas mas triviais e frívolas do meu dia a dia. Um aprendizado e o compartilhar, por mais difícil que seja, me remete a repensar nas coisas mais básicas da minha fé. Coisas essas que sempre serão compartilhas para demonstrar que em nosso meio não há super-heróis, mas pessoas comuns, servindo a um Deus Eterno, confiados e desejosos de Sua Graça e Amor, e que mesmo nas profundezas do Silêncio que nos cerca, dEle ou Nosso, Ele jamais deixará de nos amar...

BOA SEMANA A TODOS!

17 de junho de 2011

SOMBRAS


Quando as sombras e memórias te fazem temer
É mais uma noite fria a passar sozinho
Sem uma mão a te segurar,
Sem braços amigos a te sustentar e abraçar
São lágrimas que não param de sangrar...
Outro dia, uma cama vazia
Uma noite mais a chorar...
Temer o que se foi é temer o que está por vir
É chorar outra vez...
É fugir outra vez...
Sozinho pela estrada escura enquanto todos sorriem.
A multidão que te cerca é mais uma prova de toda a solidão!
Quem contará tua história?
Nunca mais te verão!
Tudo isso me jogou ao chão.
Tudo isso me joga ao chão na outra tentativa levantar-me!
Eu sou “você”
Simplesmente para que não mais estejamos vazios e sozinhos
Ali, percebo que o "eu" e o "você" são um só
Compartilhando dores... Uma única dor.
Que dói, que sangra. Choro e grito.
Quem ouvirá o clamor deste que solitário caminha!?
No coração um único anseio.
No coração um único desejo de que outra noite só não passarei.
Correrei em direção ao que me faz fugir.
Noites vazias e dias sombrios
Sombras do passado e temor do futuro
Desvanecendo como nuvens ao vento...
Lentamente, mas desvanecendo...

13 de junho de 2011

Diário Nº 23 - LUTO - O Adeus ao Sobrinho que eu Não Conheci - 05 a 11 de Junho de 2011

Publílio Siro escreveu: "Ninguém pode fugir ao amor e à morte".

Ao meditar sobre a frase do escritor Publílio, fiquei a princípio imaginando se quando ele escrevera tal frase, tinha visto uma criança, recém nascida ir embora... Acredito que se ele escreveu com a intenção de dizer que a pessoa tem que amar e um dia ela terá que morrer, talvez ele esteja equivocado, pois não sei até que ponto um bebê foi capaz de amar. Mas se amor o alcançará assim como a morte, darei toda a razão a ele. Não cheguei a conhecer meu sobrinho, filho de minha sobrinha, mas já o amava. Todo amor conferido à minha irmã e à minha sobrinha, automaticamente foi dado a ele também. Mesmo que eu não tenha chegado a conhecê-lo pessoalmente. A dor compartilhada com minha família, mesmio ao longe, era notória. Oramos, intercedemos, mas o Senhor quis assim. A notícia me devastou por um momento. Não sei também, sinceramente, o que me doía mais. Sua partida ou a tristeza que meus amados também sofriam e o não poder estar com eles. Infelizmente foi assim que me senti. Fiquei imaginando como seria descrever todos os acontecidos neste blog e postar sua foto... Mas enfim. tentarei descrever os fatos sem ser evasivo ou enfático em alguns. Mas saiba, não foi uma semana fácil...

05.06 - O Real Fechamento da Vida em Equipe.

Domingo, Paulo, meu amigo do Guarujá, foi embora depois do almoço. Fiquei o dia todo me preparando para o culto da noite onde seria o fechamento do Vida em Equipe. Foi bom. Além dos alunos, Danúbia e Beto estiveram lá. Foi muito bom compartilhar sobre tudo que tinha acontecido. Produzi um vídeo e mostramos aos alunos.

06 e 07.06 - Doente.

O Frio em Monte Verde chegou à 5 negativos. Alguns chegaram a dizer 9 negativos pela madrugada. Resultado, muitos de nós levantamos doentes. Minha garganta se "fechou" e estava difícil até mesmo respirar. Durante o dia fui melhorando aos poucos, mas tinha muita coisa á fazer, como reunir os grupos do Vida em Equipe para o "debreathing" que fora feito na segunda e terça. Terça à noite já tinha melhorado quando também tinha quase terminado de fazer minha mochila para a ir ao Pará.

Falei com minha família ao telefone para saber notícias do Miguel, meu sobrinho, e descobri que havia feito a cirurgia e que estava no hospital em estado grave. Oramos...

08.06 - Luto.

Saímo pela manhã com quase todos os alunos do UNIASIA num ônibus fretado já que todos iriam de Sampa para algum lugar mobilizar. Saímos ás 11:30 da manhã de monte Verde com uns 40 alunos. Liguei pro Meu Pai em Camanducaia pra saber de Miguel e ele disse que o quadro no hospital ainda não era bom. O ônibus seguiu viagem e ao pararmos em Bragança pra desembarcarmos alguns alunos que iriam pra Campinas, meu pai me liga. Ao ver que era ele no telefone, dentro de mim eu já sabia qual era a notícia. Enquanto os meninos saiam pra comprar algo a comer, eu de longe, atendia o telefone. Eu chorei junto ao meu pai ao telefone. De longe, Driellen me viu e se aproximou. Ali os meninos logo souberam o que tinha acontecido já que o pessoal orava por saber da situação. Outra coisas aconteceram. Telefonemas à família. Enfim... Uma situação difícil. Segui viagem ao aeroporto de onde seguiria pro Pará. Rauriene, Larissa, Alesson e Jonhatas ficaram também até o momento que seguiriam pra Bahia. Fui almoçar às 5 da tarde e fiquei da janela olhando os aviões e refletindo em muita coisa. Muitos pensamentos... Lágrimas... Estaria sozinho, mas o vôo da Rau e do seu grupo fora cancelado e acabaram ficando comigo até às 21hs quando eu pegaria o meu vôo. Ao lembrar de tudo não tinha como não chorar.

Como dizer adeus á alguém que se ama e que ainda não se conhece? Complicado, mas naquele dia aprendi essa dura e triste lição.

09-11.06 - Pará e o Rejoadi.

Ainda na madrugada de quinta-feira, Pastor Moisés me pegou no aeroporto e fui pra um quarto no MONTE TABOR. Ali conheci o missionário Sandoval da Ass. de Deus, onde dividimos o quarto. Ao acordar fui pra o CEMINI onde revi pessoas maravilhosas como o Lucas, Eliane, Edinéia, Guto, Roseli e tantos outros que amo tanto naquele lugar. à noite fui ministrar na Igreja onde Pastor Moisés é pastor e preguei sobre Salmo 136 - Deus é bom, apesar de tudo que nos ocorre. Foi um dia difícil onde a mistura de sentimentos de alegrar-me com pessoas que amo e que não via há algum tempo e com a triste notícia dos meus e ao estar longe nessa hora se tornou quase impossível descrever.

À noite da quinta jantei com Pr. Waldinho onde definimos muita coisa sobre o REJOADI. - O Congresso de Jovens das Ass. de Deus em Icoarací.

No dia seguinte eu fui Pra o Rejoadi onde já na primeira noite ministrei. Ali reencontrei Débora, Bia e Suê do Teen que estão no Pará para as mobilizações. Foi ótimo revê-las ali. Falei sobre Romanos 10.09-17 e o mais interessante foi saber que todo esse congresso seria baseado em Missões. Reencontrei amigos maravilhosos e foi muito bom o estar ali. Zezinho, Guto e Rubens dividiram o quarto comigo assim como o Alan, meu xará e amigo! O sábado seguiu tranquilo e durante o dia tive participações nos chamados Atos Proféticos, todos simbologia sobre missões. À noite falei sobre a Igreja perseguida.

Termino essa semana refletindo sobre tudo o que aconteceu. Cada notícia que nos abalou durante a semana me fez refletir e muito sobre como devemos estar seguro das coisas quando essas tristes novas vêm. Como tudo na vida é aprendizado, a fé e a confiança em Deus de que o Romanos 08.28 é a mais pura verdade, me consolaram. Além disso, meus amigos ligando ou escrevendo pra mim, me deram o apoio necessário nessa semana tão dura... Obrigado Deus, obrigado amigos...



10 de junho de 2011

DIÁRIO Nº 22 - Vida Em Equipe - 29 de Maio a 04 de Junho.

Uma das aulas mais esperadas do ano por mim, (senão a mais esperada) é a aula de Vida em Equipe. Esta é muito mais do que simplesmente provas e desafios. É onde levamos o aluno a tentar entender que o Reino de Deus, o Amor ao Senhor e ao próximo não consiste apenas em palavras e que baixo pressão, todas as nossas palavras de amizade e amor uns aos outros são postas à prova. Nesse momento, percebemos que não somos tudo aquilo que pensamos ser e que ainda há um longo caminho para alcançarmos o que o PAI quer que alcancemos.



29.05 - COMUNHÃO.


Pela manhã Nilton e eu tomamos café na casa de Ewerson e Leide. Logo após isso, André se junto comigo e Nilton e fomos à cachoeira onde começamos à preparar as idéias para o Trabalho de Vida em Equipe. Ali percebi o quanto realmente a água estava fria! Durante o dia, foi tão bom estar com alguns irmãos e o estar juntos é realmente maravilhoso.



30.05 - DORES.


Ao levantar pela manhã, ao abraçar André no momento do desjejum, dei um jeito no pescoço estranhamente. Aquela dor sentida, permaneceria por toda a semana. Justo no aula de Vida em Equipe! Segunda à tarde começava oficialmente a minha aula. Durante a semana, então, pela manhã trabalha no escritório da missão, à tarde aula e à noite livre ou aula na Vila.





31.05 a 02.06 - MEU SOBRINHO.


Durante a semana, enquanto ministrava as aulas, uma notícia me entristeceu um pouco. Meu sobrinho, filho de minha sobrinha, que recém havia nascido, teve complicações no coraçãozinho. Precisaria passar por algumas cirurgias. Dando aula, estava apreensivo.

As aulas aconteceram normalmente e à noite de quinta eu fui à vilar dar aula de Espanhol. A aula com Beto de inglês foi cancelada devido ao seu trabalho. Mas as aulas de Espanhol com os jovens de MV continuarão.


03.06 - ADRENALINA.


Tentar descrever o que começou pela madrugada é quase impossível. Ali começava um processo de 30 horas de adrenalina, lágrimas e muito ensinamento onde não só quem era aluno aprendia, mas quem ensinava também. Aulas práticas, corridas, resistência se misturava aos ensinamentos bíblicos por Jesus de uma forma que essa dança mostrou muito a muitas pessoas envolvidas ali.


Ao Lado, um dos alunos chorando após precisar desistir de uma das provas fazendo todos os seus companheiros optarem por desistir também.


04.06 - ENCERRAMENTO.



Uma das coisas maravilhosas que aconteceu, foi acampar há quase 2.000 metros de altura na Pedra Redonda de onde vimos no sábado o espetáculo do amanhecer. O Sol se mostrou imponente e maravilhoso. Descemos a Pedra e ao reencontrarmos com os que ficaram, finalmente encerramos a aula. Tomamos café da manhã todos juntos e demos o fechamento em palavras fora feito ali.Paulo, meu amigo do Guarujá, foi com sua esposa, irmão e cunhada e foi muito bom estar com eles. Passei a noite ainda preparando um vídeo para o Culto do dia seguinte. A semana foi uma semana cheia de atividade para mim e foi muito bom ministrar a aula de VIDA EM EQUIPE pelo 5º Ano Consecutivo. Deus fez grandes coisas e ouvir os testemunhos dos irmãos sobre o que o PAI lhes falou durante a aula foi mais gratificante do que tudo.

7 de junho de 2011

DIÁRIO Nº 21 - De Volta Para Casa - 22 a 28 de Maio de 2011

Finalmente terminou minha viagem como Mochileiro, Como disse anteriormente, Pixel me buscou no Tietê. Mesmo cansado da viagem só fui dormi na madrugada de domingo. Ali, deitado no quarto de Pixel havia caído a ficha: Estava de volta ao Brasil. Estava de volta pra casa!

22.05 - IBAB.

Pela manhã, Pixel, seu pai e eu fomos à IBAB e vimos mais uma linda ministração de Ed. René Kivitz. Antes, porém, o cara falou sobre dízimos e ofertas. Sinceramente, foi a melhor ministração do assunto que já até hoje. Sincera, bíblica, centrada e fiel aos Textos Sagrados. A igreja Batista da Água Branca é uma das igrejas que me sinto muito bem ao estar.

Pixel me deixou em uma parte da cidade e fui ao Shopping D assistir a um filme. Vi Velozes e Furiosos 5 e detestei. Não quero perder tempo citando o porque, mas simplesmente achei uma porcaria.

À Noite fui à um culto de um grupo cristão que se reúne em um hotel onde foi bom sentir a Presença do Pai mais uma vez.

23.05 - Monte Verde. De volta pra casa!

A segunda amanheceu e me despedi de Pixel e sua família que sempre me recebe como um filho lá. Fui pra o Tietê e fui direto pra Monte Verde. Em Camanducaia, enquanto esperava me busão, David apareceu e me deu carona até Monte Verde. Os meninos estavam em aula. Vi todas as turmas juntas pela primeira vez. Uruguai, Bolívia e os novatos. Foi maior alegria ao me ver e fiquei muito contente por isso também.

Everson me levou à sala de aula e me escondi por um tempo e depois disse que eu estava ali. Todos vieram me abraçar e fiquei emocionado. Foi bom estar de volta.

24 a 28.05 - Aulas.

No dia seguinte que voltei, David me pediu pra dar aula no seu lugar. Acabei dando aula o resto da semana e foi muito bom estar com eles outra vez. Ali, naquela semana, soube que muitos dos planos sobre mim mesmo haviam mudado. Que Deus dirija tudo.

Ainda na sexta tinha já preparado todas as coisas pra minha aula realmente da semana seguinte: Vida em Equipe. A semana seguinte seria de muita adrenalina para todos eles. Eu mal cheguei já sabia que tinha que preparar muita coisa e dar aula.

Mas eu gosto de toda a agitação.

Terminei a semana pensando sobre minha viagem e compartilhando sobre tudo que havia acontecido. Estar naquela viagem foi uma experiência maravilhosa, entretanto estar de volta à casa foi melhor ainda. Ainda mais revendo pessoas que te amam emociona demais! Quero sim fazer esse tipo de viagem milhares de vezes, e milhares de vezes quero voltar pra casa, sentir o abraço caloroso daqueles que amo e daqueles que me amam...

Obrigado Senhor, pelos amigos e pela Família que me deste!