9 de maio de 2011

DIARIO N 20 - RELATO DE MOCHILEIRO 5 - SAN PEDRO DE ATACAMA, UMA PEQUENA CIDADE, GRANDE BABEL DE MARAVILHOSAS VISOES - PARTE I




San Pedro de Atacama, uma cidade a 2400 metros de altura. Estabelecidade no meio do deserto no extremo norte do Chile é um dos lugares mais impressionantes que já conheci. San Pedro me fascinou e se tornou um dos lugares que mais gostei de estar em toda minha vida. As experiencias ali vividas me marcaram tremendamente. As visoes, as paisagens, as amizades... Tudo Foi marcante! Simplesmente Incrível.


02.05 - A CHEGADA.


Ao descer do onibus estava extremamente cansado. Eu ainda procuraria um lugar pra ficar. Ao descer, Rodrigo, me apresentou um amigo equatoriano que, por sua vez, me apresentou uma senhora que estava oferecendo a hospedagem mais barata de San Pedro. Eu tinha ido com uma direçao que o pessoal do Che Largarto me havia dado, mas esta parecia um pouco longe do terminal. A senhora conversaou comigo e me disse o valor da hospedagem. Custava em torno de 12 Reais por dia. Fui com um senhor num carro pelas ruas pequenas e, certamente, me deu um pouco de medo. Mas fui. Ao Rodrigo e Maribel marcamos de nos encontrar mais uma vez.


CASA DEL SOL NASCIENTE.


Cheguei na Hostel e o que vi foi Incrível! Antes, falando sobre o hostel, ele se mostrou bem simples. Com sua música atacamenha, lareira acesa e pessoas simples, mostrou-se um lugar muito típico. Nao um hotel com seus luxos e tal.


Ali na sala, havia pessoas dos Países Bascos, França, Holanda, Estados Unidos, Argentina, Chile e agora, Brasil! O senhor, prontamente me serviu uma janta bem típica já que o mercado estava fechado pra que comprara algo. Me alojei e depois de conversar com bastante gente ali, fui dormir.


03.05 - O VALE DA LUA


Acordei cedo e tudo ainda estava escuro. Como disse anteriormente no Chile o Sol aparece por volta das 8 da manha nessa época. Caminhei pelas ruas de Atacama ansioso para que o dia clareasse. Quando o pessoal começou a acordar entao conheci melhor a Rita da França, Iñaki dos Paises Bascos, Kim da Holanda e Rosana do Chile. Com esses fizemos grande amizade.


Combinamos entao de alugar bicicletas e ir ao Valle de La Luna (Vale da Lua). Assim fizemos. Pegamos a estrada por volta das 15 horas. Tentamos ir antes ao Vale da Morte, mas nos perdemos. Depois fomos à PUKARA DE QUITOR. Nao ficamos muito tempo e partimos ao Valle de La Luna. Percorremos cerca de 20 a 25 quilometros de bicicleta no deserto! Paisagens incríveis eram vistas. As visoes impressionantes eram de tirar o folego por onde passávamos.


Depois de um longo caminho finalmente chegamos ao Valle de La Luna. Andamos por alguns caminhos após deixar nossas bicicletas em um lugar. Entramos por umas cavernas e foi maravilhoso. Pegamos nossas bicicletas outra vez e partimpos pra ver o por do Sol no lugar mais alto do Vale. O sol já tinha desaparecido mas sua luz nao, entao, o que vimos atrás de nós fez-nos ficar com os olhos arregalados tamanha beleza que se mostrava. Era como se um pintor invisível começasse a mudar as cores do céu e das cordilheias atrás de nós a cada minuto.


O Anfiteatro, formaçao rochosa à uns quilômetros de nós também se mostrava imponente. As dunas giganstecas eram impressionantes. Cada detalhe se mostrava incrível e único. Os guardas mandaram entao descermos pois já estava na hora de ir-se.


Voltamos de bicicleta e Iñaki foi na frente avisar aos donos que chegaríamos um pouco depois do combinado. As meninas, assim como eu, estávamos extremamente cansados. A noite caiu sobre nós com um tapete de estrelas ao qual nunca vi na minha vida. Ali comprovei que no deserto os dias sao realmente quentes e as noites extremamente frias. Ali passamos a cantar uma música que ficaria marcada pra todos nós nos dias em Atacama:


"I Can see Clearly Now, The Rain is Gone,

I Can see all obstacles in my way

Gone are the dark clouds that had me blind,

It`s gone be a bright, bright

Sunshine day"


Essa brincadeira nos animou bastante a continuar a longa viagem de volta.


Minhas maos estavam congeladas pelo frio. Kim e Rita seguiram na frente e eu fiquei com Rosana atrás, pois ela estava muito cansada. Como Rita tinha uma lanterna e eu outra assim decidimos fazer... Descemos da bicileta e passamos a caminhar. Caminhando, Rosana e eu conversamos sobre a vida, sobre a fé, sobre nossos planos e futuro. Foi muito bom!


Finalmente chegamos ao destino e devolvemos nossas bicicletas. O que queríamos agora era comer algo. Fomos a um restaurante bem barato. Enquanto esperávamos, fui ao hostel onde estavam Rodrigo e Maribel e eles se juntaram a nós para jantarmos. Tivemos boas conversas e rimos muito.


Ao chegar no hostel falamos com algumas pessoas, mas fomos dormir. Estavamos realmente cansados.

O dia, apesar de vários contratempos, tinha sido maravilhoso e estonteante!


Próxima postagem:

PARTE II sobre San Pedro de Atacama

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