5 de janeiro de 2011

Coração


Coração, Diz pra mim...
Por que te calaste assim, tão de repente?
Por que deixastes as nuvens cobrirem teu rosto,
Invadindo, tão triste, os recônditos da solidão?

Diz que sim...
Diz que toda essa dor um dia findará
Diz que que a tua fé não morreu
e que tudo logo passará.

Coração, Olhe pra mim...
Olhe pra esse Sol que brilha forte
As nuvens já foram embora,
Elas não mais assustarão!

Quem te acorrentou dessa maneira?
Quando foi que o medo passou a ser teu companheiro
e a dúvida a coberta a te aquecer?
Não vês? Não Percebes? Não escutas?

Coração, Diz pra mim...
Quem foi teu amigo na caminhada?
Que esteve ao teu lado nessa jornada?
Não foi O Mesmo que te fez reviver?

Um dia bravo fostes na aventura desta vida
Desbravaste campos de lentilhas.
Enfrentaste gaviões e águias famintas
Já quebraste muitos grilhões...

Coração, traga à memória aquilo que traz esperança.
Não olhe pra o visível passageiro,
Vento de uma única tempestade.
Ele sopra forte, mas logo passará!

Sei que já fostes feito em pedaços.
Refeito e desfeito, Acolhido e desprezado
Por aquilo e aqueles, frios e vazios
Querendo-te ver em seus fracassos!

Coração, levante firme em suas dúvidas e temores
Desfalecido e cansado, podes levantar de onde estás.
Forças Ele te dá para galgar vôos mais altos
E saltar muros outrora intransponíveis!

Coração, bate forte aí dentro
Outrora duvidoso, agora fiel.
Outrora frio, agora aquecido pelo Amor.
Outrora perto da morte, Agora vivo pela Vida.

Diz pra mim...
Seus olhos que aos outros julgou,
Que a si se desprezou,
E que a si mesmo não perdoou.

Coração, diz que sim...
Levante os olhos ao perdão
A si mesmo e ao outro coração.
Levante ao que a teu lado está, dê-lhe a mão...

Vá de encontro ao teu futuro
Livre do temor e da prisão!
Com passos largos e firmes num único caminho:
Ao Amor de Cristo, tua restauração!

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