20 de dezembro de 2011

Diário Nº 49 – Juiz de Fora, A Cidade de Minha Infância - 27 de Novembro a 03 de Dezembro de 2011

Juiz de Fora tem muitas histórias sobre mim. Morei várias vezes nessa cidade, indo e voltando para o Rio de Janeiro. Dessa vez, seria muito importante estar lá em Juiz de Fora. Além da Mobilização que faríamos e ministrarmos em várias Igrejas, Driellen, minha noiva, Conheceria minha família. Foi amor à primeira vista, Graças a Deus. Além disso, decidimos nossa data de casamento. Tivemos conversas profundas, mesmo em meio à correria das ministrações.

Foi uma semana intensa. Sustos e livramentos. Lágrimas derramamos nessa semana. Mas o Pai nos dirigiu essa semana e isso foi muito bom.
27.11 – Lágrimas
Logo cedo levantamos Alesson, Driellen e eu fomos junto ao pastor Marcos Aurélio que nos buscou na casa de meu pai. Passei o dia dando aula. Estava realmente cansado. De lá fomos pra uma determinada igreja na cidade onde eu ministraria. No meio do caminho, o pneu do pastor Marco rasgou e ficamos na pista, até que os irmãos da igreja vieram no buscar.

Alesson ficou ajudando o pastor Marco e chovia. Fui com Driellen pra igreja. Ao chegar lá, sentia algo estranho. A igreja era grande, mas havia poucas irmãs (a maioria senhoras de idade) e algumas crianças e os obreiros que estavam no púlpito. Já tínhamos chegado atrasado devido aos contratempos e comecei a pregar.
Nesse momento uma profunda tristeza invadiu meu peito. Eu comecei a sentir uma dor estranha... Era como se eu sentisse uma dor por aquelas pessoas que estavam ali, como se elas estivessem sendo massacradas de alguma maneira e esse “massacre” viesse de palavras do púlpito. Eu senti raiva de estar ali no púlpito e desci e comecei a dizer que a Igreja era a Noiva de Cristo e “ai” daqueles que a estivessem maltratando... Ali era uma gota diante do que estão fazendo com a Igreja de Cristo. Eu percebia aquilo claramente. Chorei como uma criança...

Fomos para casa e Driellen e eu estávamos muito pensativos. O tempo que eu estive pregando, Driellen ficou de joelhos orando e intercedendo por mim. Ela sabia desde o principio que algo não estava bem. E sinceramente nem eu sabia o que não estava bem. Fomos pra casa e eu profundamente triste com um sentimento, aparentemente, sem explicação.
28.11 – Susto e Livramento.

O lugar que meus pais moram não é um dos melhores. Antes de contar o que aconteceu preciso compartilhar que eles moram num prédio em construção onde meu pai trabalha. Como eles não têm casa, eles moram num espaço de dois cômodos cedidos pelo empresa pra que ao passo que ele toma conta do local, eles tenham onde ficar até conseguirem a terminar sua própria casa. Esses dois “cômodos” são separados de todo o resto por madeiras... Foi ali que ficamos esses dias...
Meu pai começa sua carga de trabalho pela manha, por volta das 5 da manhã e termina bem tarde. Por volta das 6 da manhã fui acordado por minha mãe num alvoroço dizendo que ele havia caído no fosso do elevador em construção. O susto foi terrivelmente grande e corremos. Como havia chovido o dia anterior amenizou a queda. Ele caiu de cabeça e deu pra ver o corte. Quase morreu afogado. Eu tremia. Driellen e eu o levamos ao hospital e passamos parte do dia com ele e depois ele ficou internado.

Passamos o dia preocupado e orando por ele. Fomos pra igreja onde ministrei. Ligamos pro meu pai e descobrimos que ele passava bem. Começamos a planejar nosso casamento. À noite Minhas tias e prima estavam lá e no fim da noite meu pai foi liberado e apareceu lá. Ficamos tranqüilos.
29-30.11 – Dias Agitados.

A terça e quarta foram dias onde pudemos estudar para ministrar à noite. Corremos pra lá e pra cá nesses dias, mas gosto de dias assim.
A Partida de Alesson e a Chegada de Denis.
A amizade com pastor Marco e sua esposa Iandayara foi um grande presente de Deus pra nós. Eles quem nos levavam pra lá e pra cá nesses dias. Pela madrugada Denis, meu amigo de Brasília, chegou pra substituir Alesson que na parte da tarde foi embora de volta pra Belém, sua terra.

Na ida pro aeroporto, tivemos um problema. Um contratempo por falta de informação nos fez ir pro aeroporto errado. Tivemos que pagar caríssimo por um taxi pra nos levar a um aeroporto na região da Zona da Mata. Graças a Deus deu tempo dele pegar o vôo da Azul. Voltamos e ainda deu tempo de ir a uma igreja de uma missionária onde realmente gostei muito dela. Foi muito bom!

01.12 – Um Ato de Carinho.

O fia foi tranqüilo. Tivemos duas igrejas à noite e nos separamos. Preguei sozinho numa igreja e ao final do culto todo mundo da igreja, incluindo o pastor me deixaram na porta da igreja. A igreja ficava de frente pra uma estrada e fiquei sentado debaixo de uma marquise. Chovia e fiquei ali pensando e refletindo sobre muitas coisas.
Pensava em Deus até o ponto em que pastor Marco me buscou e fomos pra casa do pastor onde Denis e Dri estavam. Ele nos levou em sua casa, oramos e ele nos ofertou. O jeito que ele nos fez foi interessante. Um ato de carinho mesmo que me tocou. Não pela questão do que ele nos deu, mas o que ele nos falou e maneira que fez foi realmente tocante.
02-03.12 – Aula.

Sexta foi o único dia que não tivemos culto. Passamos o dia em casa e passeei um pouco com Driellen. No dia anterior dormimos no pastor Marco e no dia seguinte passamos ate quase o fim da tarde com ele e sua família.
À noite fomos pra casa de meu pai. No Sábado, nós demos aula em uma igreja onde tivemos um mau tratamento por parte da liderança da igreja. Fiquei de certa forma frustrado. Pastor Marco ficou triste, mas disse pra não ligar pra esse tipo de coisa, já que estamos acostumados de certa forma. Revi meus primos no fim da aula e a noite não fomos à nenhuma igreja. Foi bom...

Os dias passaram muito rápidos, mas foi muito bom. Foi uma semana de sustos, lágrimas, medos, conversas, frustrações  e reflexões. Mas em tudo o Pai foi Presente. Isso realmente abençoou nosso coração!

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