6 de julho de 2011

Longe.

David e Eu no Platô - Montanha na Serra da Mantiqueira - MG
Quando estou longe de Ti...

Sou menino que se perde do Pai em meio à multidão,
Cheio de tudo e de todos, mas solitário,
Por não ter ao lado Quem realmente é importante,

Sou poesia vazia de incompreensíveis palavras,
Que torna tão seco o artista que a interpreta,
Quanto à própria declamação!



Sou corsa sedenta em meio ao deserto, 
Que morreu de frio em noite estrelada,

Sou pássaro que caiu do ninho,
Que não sabe voar, longe de casa, longe da mãe...

Sou palavra vazia
Sou lágrima sem consolo
Sou gota no deserto...

Atrai-me outra vez,
Facina-me outra vez,
Fala-me uma vez mais!

Dê-me a mão,
Tira-me dessa multidão!
Escreva suas Palavras em mim,
E que meus lábios Te louvem outra vez,
Ensina-me a voar
Leva-me até onde Tu estás.
Ressuscita-me neste deserto,
E que eu beba mais de Ti.


Preencha-me de Ti


Alan Vieira. 06.07.2011

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