30 de abril de 2011

Diário N 20. - Relato de Mochileio 1: 57 Horas de Viagem até Santiago



A partir dessa postagem, todos os meus relatos comprenderao o diaŕio número 20 até o fim de minha viagem como mochileiro. Eu sempre escrevo a cada 7 dias, (geralmente às quartas), mas nesse momento relatarei cada parte dessa viagem em dias esporádicos, quando tenha acesso à net.

24.04 - Domingo - O ÚLTIMO DIA DE CONGRESSO EM BH


Como disse anteriormente, as pessoas me marcaram nesse congresso. Foi ótimo estar ali e uma grande oportunidade de conhecer novas pessoas e estar com o PAI mais uma vez.

Ali foi a primeira vez que me anunciaram como ALLAN CROSS. Alguns pensam que esse é o meu nome, mas na verdade é o meu email. "cross", Cruz em inglês, foi referente à cruz de Cristo. Mas ainda sonho em ser esse meu codinome quando meus livros forem produzidos por alguma editora, entao passarei a assinar: Allan Cross. Outro detalhe é que meu nome tem um único "l" e aqui seriam dois.

MARCANTE


Outro fator marcante no congresso é que nos tempos livres que duravam toda a tarde, um som de shofar ecoava por todo o sítio. Nesse momento, quem estava na piscina, jogando bola ou vôlei, cozinhando, comendo, conversando, parava de fazer o que estava fazendo e orava em grupos. Isso a cada hora! Era maavilhoso ver isso acontecer e uma paz indescrítivel invadia aquele lugar.

PREOCUPAÇAO

A minha volta foi complicada. Como eu nao havia comprado a passagem de volta pra Sao Paulo, já nao tinha mais passagem de ônibus até o dia seguinte. E meu ônibus sairia de Sampa às 13:30. Depois do pessoal correr atrás de passagem eles conseguiram um vôo às 7:01 da manha da segunda pra segunda na WEB JET. Obrigado pessoal. Eles foram realmente maravilhosos comigo. Caso nao conseguisse nada, eles cogitavam até de me levar de carro até Sao Paulo. Ao final, tudo deu certo. Graças a Deus.

WANDERSON

Fiquei na casa de meu amigo wanderson e mais uma vez conversamos sobre meu livro. Os livros que vendi no Congresso e os que ficaram com ele foram os últimos exemplares. Na verdade tenho mais dez em casa. Os livros vendidos lá me ajudaram, e muito, pra minha viagem de mochileiro. Obrigado a todos que me ajudaram! :)
Jantamos na casa de Reinaldo e fomos dormir. Wanderson e sua esposa estavam quebrados de tanto que trabalharam nesse congresso...

25.04 - Segunda - O INÍCIO


Acordamos de madrugada e Wanderson me deixou no aeroporto de Confins. Isso por volta das 5:40 da manha. A minha primeira providência em relaçao a viagem foi fazer meu cartao VTM (visa Travel Money).

DICA 1: Ao fazer uma viagem como essa o cartao VTM é realmente ótimo. Se você tem um cartao de créditop e tira tinha dinheiro no estrangeiro, cada saque (ao menos era assim no Uruguai), cada saque o banco cobrava R$ 16,00 (isso em 2006) Nao sei hoje. No VTM, você faz esse cartao simples na casa de Câmbio. Poe o valor que você quer gastar na viagem, ou menos. Isso também é bom pra você nao andar com dinheiro ou com os cartoes que se usa no Brasil por causa de perda ou roubo. E quando você compra algo (nos estabelecimentos com a bandeira visa), é descontado no valor da moeda local. O cartao é simples de fazer e embora nao tenha teu nome nele, há um número de registro pessoal. Enfim. Foi bom fazê-lo. Procure mais informçaoes na Internet.

Ainda na madrugada, ao tentar ver minha conta, errei a senha e bloquei meu cartao de saque! Acho que é o síndrome da viagem. Mas logo resolvi, e por incrível que pareça, estava tranquilo.

Mas nao fiquei tranquilo no vôo. Quem me conhece sabe o medo que sinto. Eu estava do lado da asa e sentou uma moça com o bebê ao meu lado. Educamente ofereci meu lugar pra que seu espado sentasse ao seu lado. Ela me mostrou onde ele estava. Ele estava no primeiro banco. Ali senti mais medo ainda. Mas cheguei sao e salvo, Gracas a Deus.

Cheguei às 9 da manha no Tiete. Troquei alguns reais em Dólar.

DICA 2: Só troque dólares se você sabe que vai gastar em determinados lugares que só aceita dólares. Quando se compra dólares, se compra num valor a mais do que venda do mercado. No caso da América Latina, Chile, Aregentina, Uruguai há uma casa de câmbio a cada esquina. Ao trocar dólares e depois ao trocar na moeda Local, você perde duas vezes! Entao troque apenas o necessário.


13:30 Começou minha viagem. Por nao ler direito meu ticket, quase perdi o Onibus. Estava na paltaforma errada. Mas enfim a viagem comecou. Sao Paulo - Registro - Curitiba... E assim o ônibus foi parando e entrando gente. Ele encheu, mas ao meu lado, nao viajou ninguém... às 8 da noite apaguei e só acordei no dia seguinte, em Porto Alegre.

26.04 - Terça - URUGUAIANA, A FRONTEIRA DE BRASIL E ARGENTINA

Um pouco antes do almoço atravessamos o rio URUGUAI. Paramos na fronteira estivemos na ADUANA por algum tempo. Até ônibus passar, aguardamos ali. Nesse ínterim, fiz amizade no ônibus com Jonathan e Andrés, Chilenos que estavam no Rio, Nadir e Edio, um casal de senhores da Assembléia de Deus, missionários numa pequena cidade do Chile, e Daniel, instrutor de Montanhismo. Assim nossas conversas duraram toda a viagem.

Vi o Sol se por na imagem desértica da Argentina. A noite foi mágica. Olhando pela janela parecia que as etrelas tocavam o chao. Era como se elas, por algum momento, tivessem a capacidade de beijar a terra. A Lua, ciumenta, apagou o brilho das estrelas aparecendo deslumbrante iluminando o caminho dos vaijantes por aquela estrada. Logo... Adormeci outra vez, era mais uma noite que passaríamos nas maos de Deus, Cruzando o continente.

27.04 - Quarta - ENTRE MONTES E MONTANHAS - A CORDILHEIRA DOS ANDES


Sempre sonhei em ver neve, mas ainda nao foi dessa vez. Nao está em temporada de frio e as Cordilheirasa ainda mostram apenas alguns pontos brancos nos picos. Entretanto, de igual forma, foi tremendade estontetante. Cruzamos as cordilheiras na Província de Mendonza na Argentina. isso durou cerca de 3 horas. Em ambos os lados Montanhas e sua formaçao rochosa era de tirar o fôlego. Creio que tirei quase 400 fotos. Nao sabia pra onde olhar e o sono foi embora tamanha eram as maravilhas em ambos os lados. Fiquei imaginando se tivesse neve. O loco de tudo foi ver o ACONCÁGUA, o monte mais alto da América do Sul, que mesmo de longe, nao deixava de mostrar sua majestade.

Atravessamos um Túnel escuro e o Comissário de Bordo da Pluma anunciou: Estamos em Solo Chileno. Todos dentro do ônibus da PLUMA aplaudiram. Viajar com a Pluma foi muito bom.Além dos motoristas e comissário serem muito atenciosos, o ônibus estava em ótimas condiçoes. Apesar de se dizer "convencional" no bilhete, o serviço prestado e suas condiçoes estavam muito acima disso.

ADUANA

Ficamos parados duas horas na aduana. Devido a vários trâmites e outras coisas. Ali parado, conheci mais três pessoas. Alesson, Felipe e Eduardo. Très rapazes que vao passar 2 meses curtindo o Chile. Foi legal...

Conversei com várias outras pessoas no ônibus. Trocamos emails, informaçoes e votos de uma ótima viagem a todos. Cheguamos a Santiago por volta das 21:00. 57 horas de viagem!Mas nao me arrependo. Os lugares vistos, as pessoas conhecidas, a viagem em si, tudo valeu à pena. Mesmo a burocracia da Aduana! Tudo válido.

Ao chegar em Santiago, Hector, meu Couch Surfer, me esperava desde as 17:30. Hector se mostraria um grande amigo e no próximo relato falarei sobre ele. Ao chegar ele me levou pra tomar café, pagou o metrô até sua casa, e fui logo dormir... Estava realmente muito cansado...

QUE DEUS ABENÇOE CADA DETALHE DESTA VIAGEM...

Próximo Relato: SANTIAGO - UMA CIDADE MARAVILHOSA

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